Goiás realiza Conferência Estadual do Meio Ambiente

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, abriu nesta segunda-feira (10) a Conferência Estadual do Meio Ambiente, que vai discutir mais de 250 propostas sobre adaptação climática, mitigação, justiça climática e temas correlatos formuladas pelos municípios.
Para secretária, a conferência é uma “oportunidade histórica” de encontrar soluções para desafios que Goiás enfrenta.

“A emergência climática já é uma realidade. Aqui em Goiás os problemas ambientais se destacam com o desmatamento, crise hídrica e incêndios florestais. E muitas das soluções possíveis vocês já têm a resposta, eu as encontrei entre as propostas que vão ser analisadas. Então, parabéns pela qualidade do material que elaboraram. Os desafios são enormes, mas as oportunidades também são históricas”, declarou.
Meio Ambiente
Até o fim desta terça (11), os delegados da conferência terão a missão de desenvolver uma lista de 20 propostas prioritárias de enfrentamento às mudanças climáticas, organizadas em cinco eixos:
- Mitigação,
- Adaptação e Preparação para Desastres,
- Transformação Ecológica,
- Justiça Climática e Governança e
- Educação Ambiental.
Também vão ser eleitos 35 delegados estaduais – escolhidos dentre os delegados municipais – que terão a missão de apresentar e defender as 20 propostas prioritárias de Goiás na Conferência Nacional.
Antes da fase estadual, o processo teve início com as conferências municipais, iniciadas no ano passado e que terminaram em janeiro último. Oitenta e cinco cidades participaram, desenvolvendo mais de 250 propostas relacionadas ao tema. Também elegeram 350 delegados, que vão representar os municípios na etapa estadual.
Participação social
Vulcanis destacou a importância da participação coletiva e social no debate e na atuação de enfrentamento às emergências climáticas.
“É muito relevante quando a gente pode, de fato, debater e construir o meio ambiente de forma democrática, com a participação social e coletiva. Precisamos incluir o meio ambiente em todos os debates, porque sem um meio ambiente equilibrado não tem saúde, não tem educação, não tem segurança, não tem política pública, não tem nada”, afirmou a secretária.
O Ministério do Meio Ambiente, representado pela analista ambiental Camila Bastos, parabenizou o trabalho que vem sendo feito em Goiás e elogiou a qualidade das propostas levantadas pelas conferências municipais, na etapa anterior.
Bastos também afirmou que as ações de enfrentamento às mudanças climáticas e de conscientização precisam ser adotadas com urgência, com resultados a curto, médio e longo prazo.
Fonte: Governo de Goiás


ESTADO
Mundo Novo recebe autorização para exportar melancia, melão e abóbora

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), e em parceria com produtores rurais e responsáveis técnicos, conseguiu obter do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) a autorização para que Mundo Novo possa exportar cucurbitáceas, como melancia, melão e abóbora para Argentina, Paraguai e Uruguai.
A inclusão foi possível porque o município goiano foi oficialmente inserido no Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a praga Anastrepha grandis, uma espécie de mosca-das-frutas que afeta cultivos de cucurbitáceas. Com o reconhecimento, produtores locais estão aptos a exportar frutos frescos para países que impõem restrições quarentenárias a essa praga.
Localizado na Região Norte do estado, Mundo Novo é o 18º município goiano a obter essa certificação, conferida pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa e oficializada pela Portaria nº 1.251/2025, publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 28 de fevereiro de 2025.
Desde 2006, cidades de diferentes regiões do estado têm obtido o status, a começar por Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga e Jaraguá, importantes polos produtores de frutas.
Além desses, também possuem o reconhecimento:
- Rio Verde,
- Santa Helena,
- Maurilândia,
- Cristalina,
- Ipameri,
- Goianésia,
- São Miguel do Araguaia,
- Edealina,
- Luziânia,
- Nova Crixás,
- Rubiataba,
- Porangatu
- e Jussara.
“O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, tem um papel fundamental no apoio aos fruticultores, auxiliando-os no cumprimento da legislação e das normas técnicas para viabilizar a exportação de frutos frescos de cucurbitáceas”, destaca o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Segundo Caixeta Ramos, a melancia, o melão e a abóbora têm grande relevância econômica para o Estado.
Procedimentos
Para que um município seja reconhecido no SMR, o produtor interessado deve realizar levantamentos fitossanitários em cultivos de cucurbitáceas por um período mínimo e ininterrupto de seis meses.
Esse processo deve ser acompanhado por um Responsável Técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Com base nesses dados, a Agência elabora um projeto e encaminha ao Ministério da Agricultura solicitando o reconhecimento oficial.
“O trabalho da Agrodefesa abrange desde a orientação técnica, contendo os procedimentos fitossanitários necessários, até a preparação da documentação junto ao responsável técnico e elaboração de projeto, sujeitos a auditorias pelo Ministério da Agricultura para obtenção do reconhecimento no SMR, mediante publicação de portaria federal”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.
Além de apoiar os produtores nesse processo, a Agrodefesa e o Mapa promovem cursos de capacitação para engenheiros agrônomos autônomos, visando sua habilitação para a emissão da Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e da Certificação Fitossanitária de Origem Consolidada (CFOC) para a praga Anastrepha grandis em cucurbitáceas.
Melancia – Produção e exportação
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, a produção nacional de melancia foi de aproximadamente 1.781.971 toneladas. Deste total, Goiás respondeu por 204.617 toneladas, consolidando-se como o segundo maior produtor do país, ficando atrás apenas da Bahia, que liderou com 230.006 toneladas.
No ranking dos exportadores, segundo o Agrostat do Mapa, Goiás ocupou a sétima posição em 2024, exportando US$ 270,1 mil e 3.843 toneladas da fruta para mercados internacionais. Os principais destinos da melancia goiana foram Paraguai, Uruguai e Argentina.
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Fonte: Governo de Goiás
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