Artigo
A força do petróleo!
Pouca coisa no mundo é tão complexa quanto as economias tanto nacional como internacional.
Temos uma sociedade universal ainda muito dependente dos combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás natural que são os mais consumidos na coletividade e que causam um mal muito grande ao meio ambiente, natureza e, em especial, no reino animal da natureza.
Já não há mais razão para nos servirmos desses insumos, dado o número de produtos alternativos disponíveis na natureza como o lítio, considerado o petróleo do futuro, a energia solar e a eólica que existem com abundância eterna e que não nos causam mal algum.
Instituições como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo-(OPEP), mantém a sociedade, literalmente, aprisionada nas suas determinações titânicas, tornando a vida em sociedade um verdadeiro inferno, uma vez que, especialmente, no Brasil, dependemos em muito de óleo diesel para transportar o desenvolvimento e o progresso do país.
Os custos da produção do petróleo determinam o preço de todos os insumos da cadeia produtiva internacional. Como estamos atrelados a essa situação, nesse mercado, temos que respeitar as variações das cotações do mesmo em nível do combinado com todos os participantes desse conglomerado que seguem os seus propósitos, sem olhar para os lados!
Ter salário fixo, com preços variantes, como os da energia vinda dos insumos fósseis, é desestruturante para qualquer sociedade, por mais petróleo que ela disponha no seu subsolo.
No Brasil, os preços dos combustíveis não param de ser reajustados, independente das consequências intensas que a pandemia tem vindo a causar em tudo e que tem intervenção em todos os ramos da sociedade.
Hoje, as economias do mundo precisam, não só do ouro negro, como também é conhecido, como também precisamos de uma vacina que garanta vitalidade e saúde das pessoas, para que elas possam dar conta de suas ações laborativas.
Os responsáveis pela produção de petróleo sabem que a pandemia oferecida à sociedade, empobreceu, fragilizou e depauperou a todos em todos os cantos do mundo.
Continuar com essa pressão sobre o preço dos combustíveis, é mais uma forma de enfraquecer as pessoas que estão sendo levadas ao desemprego, consequentemente à desestabilização social de forma desesperadora e de difícil reversão.
Para onde estamos a caminhar? Esse é o mundo que queremos? Chamamos a isso de viver?
Professor Cícero Maia
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ARTIGO
PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.
A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.
A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.
A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.
Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.
André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).
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