Advogado acredita que seria morto pelo CV por engano

O advogado criminalista envolvido em uma ocorrência policial no último dia 27, no Setor Bueno, em Goiânia, diz acreditar que poderia ter sido morto por engano pelo Comando Vermelho (CV). O caso se refere à ocorrência que antecedeu uma ação registrada como confronto contra a Polícia Militar (PM) que terminou com a morte de Onivaldo Rodrigues da Mota (foto), de 33 anos, em seu apartamento na Avenida T-36, no referido setor. O advogado em questão pediu para não ser identificado.
Na última terça-feira (27), o advogado conta que havia acabado de chegar de uma viagem, foi à casa de um familiar na mesma região e em seguida foi ao seu escritório. No início da noite, conta ter sido procurado por um policial da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). O policial, então, disse a ele que havia prendido na região da T-63, Setor Bueno, um suspeito que alegava estar ali com o objetivo de cometer homicídio, e que junto com ele havia uma foto do carro do advogado.
O suspeito em questão que havia sido preso é Guilherme Mael Bitencourt Ribeiro, de 20 anos. A polícia diz que em patrulhamento se deparou com um veículo com três indivíduos, sendo que dois deles conseguiram correr. Conforme a PM, Guilherme estava com uma pistola e um kit rajada (que faz aumentar a frequência dos disparos).
Conforme o advogado, os militares explicaram que com o suspeito também encontraram a foto de um homem, que era Onivaldo, e da fachada do prédio onde ele vivia. “Eles me mostraram a foto do meu carro e falaram que a foto do carro estava a mão de um cara que queria matar alguém”, disse. De acordo com o advogado, os policiais teriam pesquisado o dono do veículo e viram que não era ele o homem da outra imagem, depois identificado como Onivaldo.
Em um vídeo gravado por militares, Guilherme fala que estava ali para matar “um cara num prédio porque ele estava mexendo com a mulher de um amigo”. O prédio seria onde vivia Onivaldo. No vídeo, então, Guilherme fala em um homicídio. No registro da ocorrência da PM, consta que ele e os comparsas pretendiam cometer dois assassinatos.
O advogado mostrou à reportagem a foto apreendida pela polícia que mostra um carro que seria de Onivaldo entrando na garagem do prédio do homem. Passando pelo local, no exato momento em que a foto foi tirada, estava o carro do advogado, que teve a placa identificada na fotografia. O ângulo em que a foto foi tirada deixa em evidência o veículo do advogado. “O que aconteceu foi que nas conversas entre eles, entenderam que a pessoa que deveria ser morta estava no meu carro”, disse.
O criminalista conta que chegou a se encontrar com os militares que efetuaram a prisão de Guilherme, para entender o que havia acontecido. Segundo ele, os militares perguntaram se ele possuía algum cliente envolvido com tráfico de droga, ao que o profissional explicou que não. No dia seguinte, ao falar da ocorrência, a PM dizia acreditar que o advogado de fato estava na situação por um engano.
“Para mim, está claro que é um engano. Mas como não sei se para os outros (suspeitos) há o entendimento de que era um engano, eu ainda tenho receio da situação”, disse o criminalista.
A reportagem buscou contato do advogado de Guilherme na Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás (OAB-GO), mas foi informada que o profissional não havia deixado autorização para que seu número fosse repassado. O espaço está aberto para manifestação da defesa do homem. Guilherme foi solto no dia seguinte em uma audiência de custódia. A imputação feita a ele foi de receptação e porte ilegal de arma de fogo.
Facção
Na ocorrência, policiais registraram que Onivaldo era alvo de criminosos da facção criminosa Comando Vermelho. O homem já foi condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Conforme reportagem da semana passada, homem já ficou preso na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, especificamente na ala C, local dominado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele já teria sido conhecido por ser responsável pelo tráfico de drogas em Trindade no começo da década, e atualmente teria negócios na capital.
Onivaldo foi morto em ação registrada como confronto contra a PM. A polícia alega que após avisar o advogado foi ao apartamento de Onivaldo avisá-lo que poderia ter sido alvo de uma tentativa de homicídio.
Na semana passada, a reportagem questionou o chefe da equipe envolvida no ocorrência, o tenente Vorigues Messias de Castro Júnior, que afirmou que os policiais ficaram no apartamento de Onivaldo de 30 a 40 minutos. Inicialmente, ele havia dado um relato diferente. “Como ele era um cara cheio de guerras, a gente bateu na porta, ele veio para destrancar. Quando ele abriu a porta, ele deu um passo para trás e atentou contra a vida dos policiais. Houve o revide e ele foi alvejado”, disse.
Da Redação com OP


CIDADES
Em Goiás, jogador de 14 anos morre após passar mal enquanto jogava bola com amigos
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família.

Um jogador de futebol identificado como Ezequiel Sena Neres, o Zequinha de 14 anos, morreu após passar mal enquanto jogava bola com amigos, em Goiânia. Ele treinava profissionalmente e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu, informou o pai do adolescente Dione Neres.
O caso aconteceu no último sábado (8), em um condomínio próximo da saída para Senador Canedo. Conforme Dione, o seu filho estava jogando com amigos da igreja que frequenta, quando passou mal. O pai contou que rapidamente levou o filho até um hospital pediátrico, onde foi atendido.
“Ele chegou bem fraco no hospital. Os médicos tentaram restabelecer ele, mas não conseguiram. Ele tinha todos os exames, sendo apto para a atividade”, acrescentou Dione.
Conforme informações da família, o atestado de óbito diz que a causa da morte deverá ser esclarecida por exames complementares.
Orgulho
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família. “Menino de ouro. Craque. Inteligente”, elogiou o Dione.
“Meu garoto de ouro tinha sonho de ser empresário, queria ser bem-sucedido na vida. O desejo dele era já parar de jogar esse ano e focar em estudos. Queria ir morar sozinho cedo”, descreveu o pai.
O clube lamentou a morte do atleta nas redes sociais. “É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do nosso atleta Ezequiel (conhecido como Zequinha). Que Deus te receba com sua alegria. Nossos sentimentos a toda sua família, e pedimos que Deus os conforte nesse momento tão difícil. Família G2 em luto”, disse em nota.
O corpo de Ezequiel foi sepultado nesta segunda-feira (10), no Cemitério Parque de Goiânia.
Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui
JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com
Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192
- 4 dias atrás
Em São José dos Bandeirantes, guia de pesca pega peixe de 120 quilos e com cerca de 2 metros no Rio Araguaia
- PLANTÃO POLICIAL6 dias atrás
Em Goiás, cliente é esfaqueada por manicure após reclamar de unha estragada
- PLANTÃO POLICIAL6 dias atrás
Mulher desaparece após sair de casa
- ESTADO3 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- PLANTÃO POLICIAL2 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- CIDADES6 dias atrás
Em Goiás, jovem morre após espingarda disparar enquanto ele passava por cerca de arame
- PLANTÃO POLICIAL2 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- JUDICIÁRIO6 dias atrás
Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais