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Alzheimer é o tipo de demência mais comum na população

A neuropsicologia é um contributo relevante a este nível, permitindo a distinção entre as alterações cognitivas que são normais da idade e aquelas que são percursoras de um quadro de demência.

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O último relatório da OCDE identifica Portugal como o quarto do mundo com mais casos de demência, com 19,9 casos por mil habitantes. De entre os diferentes tipos de demência, a demência de Alzheimer é a mais comum, apresentando como principal fator de risco o aumento da idade. Se considerarmos o envelhecimento populacional observado no nosso país (à semelhança do que acontece à escala mundial), percebemos que esta é uma questão de debate prioritário. Nos últimos anos têm sido realizados avanços substanciais no que respeita à intervenção na demência, disponibilizando-se terapias farmacológicas e não farmacológicas com resultados satisfatórios na gestão da sintomatologia. No entanto, existem ainda grandes carências ao nível do diagnóstico precoce, levando a que muitos casos sejam identificados tardiamente e, consequentemente, limitando a eficácia das intervenções implementadas (incluindo-se aqui o controlo dos fatores de risco como por exemplo, a hipertensão, os problemas de sono, entre outros). Ainda se espera muito pouco das pessoas mais velhas, perpetuando-se os resquícios do tradicionalismo que as vê como dependentes, à espera que a inexorabilidade da vida se concretize. E é pelo combate a este estigma que temos de começar.

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É ilusório não admitir que o envelhecimento está associado a um aumento das dificuldades na execução de algumas tarefas mais complexas (como por exemplo, na aprendizagem e recuperação de grandes quantidades de informação, na resolução rápida de problemas, na realização de tarefas simultâneas). Todavia, num processo considerado saudável/normativo, estas não condicionam a vivência autónoma e eficiente da pessoa. Quando isto acontece, isto é, quando as dificuldades cognitivas (de memória, de atenção, no planeamento e organização das atividades) interferem significativamente na capacidade de gerir os medicamentos e os pagamentos, de cozinhar, de conduzir, entre outros, deve soar um alarme e a avaliação por profissionais especializados é desejável. A neuropsicologia é um contributo relevante a este nível, permitindo a distinção entre as alterações cognitivas que são normais da idade e aquelas que são percursoras de um quadro de demência.

No dia em que a minha avó se confundiu a cozinhar, achamos que era pelos problemas de visão associados à idade. Seguiram-se os erros nos medicamentos, mas achamos que era por serem muitos. Não era, mas na altura nós sabíamos. Hoje sei e devo-lhe a ela que o maior número de pessoas saiba.

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Helena Moreira, doutorada em Psicologia

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O padrão maior

Pessoas amigas que podem trazer o verbo afirmativo e motivador, ou até mesmo os conselhos e as reflexões que nos fazem organizar melhor os nossos pensamentos e recursos pessoais. Andar com pessoas distintas nos ajuda em nosso aprimoramento, assim como o contrário é verdadeiro também. Conforme ditado popular: “Quem anda com porcos, farelo come”.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Ascender na vida tem muitas significações. Todavia, para os mais despertos, é necessário se aproximar das lições de Jesus Cristo. De viver na terra sob a sua inspiração e de praticar o bem para que a existência seja repleta de bem-aventuranças. Alegra-se mais quem doa e faz a caridade do que quem recebe, mesmo que seja perdoar as falhas alheias. A cartilha do mestre Nazareno é a da felicidade plena. Não um contentamento fugaz e transitório da ilusão da matéria, mas uma condição sustentável do espírito. Quem compreende o padrão correto de vida, consegue superar as provações e empecilhos que nos servem como lições para nossa própria grandeza.

As aprendizagens muitas vezes vêm de situações inusitadas. E assim como uma pessoa não consegue se desatolar sozinha do pântano puxando seus cabelos para cima, estória descrita pelas peripécias do Barão de Münchhausen, é vital que tenhamos boas companhias. Pessoas amigas que podem trazer o verbo afirmativo e motivador, ou até mesmo os conselhos e as reflexões que nos fazem organizar melhor os nossos pensamentos e recursos pessoais. Andar com pessoas distintas nos ajuda em nosso aprimoramento, assim como o contrário é verdadeiro também. Conforme ditado popular: “Quem anda com porcos, farelo come”.

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O padrão de uma vida digna vai muito além daquilo que aparenta e até mesmo a qualidade dos pensamentos e dos sentimentos no coração contam para se aproximar ou não de Cristo. O discípulo fiel sabe da exigência do mestre e se esforça para manter sua companhia e lealdade.

Paulo Hayashi Jr é doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp

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