Opinião

Ânimos fortes

Quem não se constrange em trabalhar e servir em prol do caminho divino não há o que se arrepender depois. A jornada com a cruz pessoal é algo que cada um deve seguir em seu próprio ritmo, mas com a certeza de que Jesus o acompanha em cada momento.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

Deus nos deu a vida para que pudéssemos realizar as nossas bem-aventuranças na terra. De termos a experiência justa e necessária para o acúmulo da aprendizagem, do desenvolvimento da inteligência e das aptidões para a perfeição do ser. Por meio do aparo das arestas e da reforma íntima, somos convocados a fazer o bem e dar a testemunha da grandiosidade da existência. Mais do que ficarmos tristes com a indiferença, a ingratidão e até mesmo a ironia daqueles que ainda não despertaram para a vida de trabalho e aprendizagem, a garra para seguirmos em frente. Nas palavras do apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2 Timóteo 1:7). Assim, somos convocados ao bom combate, de sermos hoje melhor do que ontem e de não nos acostumarmos com as nossas imperfeições.

A perfectibilidade é um projeto de longo prazo, mas que se move dia-a-dia através de nossos esforços e ações de superação. Quem não se constrange em trabalhar e servir em prol do caminho divino não há o que se arrepender depois. A jornada com a cruz pessoal é algo que cada um deve seguir em seu próprio ritmo, mas com a certeza de que Jesus o acompanha em cada momento. Olhar para dentro, fazer a transformação e o amadurecimento de dentro para fora é a trilha de desenvolvimento. Mais do que milagres, o resultado que vem com o trabalho constante, a disciplina régia, a labuta sagrada. Apenas com ânimos fortes obtemos vitórias ímpares sobre nossa própria sombra.

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Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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ARTIGO

Os cristãos da carta de Paulo aos romanos

Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Em artigo anterior, mostrei um preâmbulo da carta aos Romanos, que é um texto pastoral, e que buscava fazer uma introdução de si, quem era o apóstolo Paulo. Ficou patente que Paulo conhecia pessoas pelos nomes 28 pessoas da comunidade romana, sendo 18 homens e 10 mulheres.

A portadora da carta, Febe, não era conhecida. Logo faria parte da Igreja de Roma, elevando a 11 mulheres citadas no capítulo 16. Fica claro que Paulo dá relevância às mulheres, atitude contrária à condição da mulher naquele tempo.

Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.

Paulo repete o pensamento desenvolvido na primeira carta aos Coríntios (Rm 12,4-30) mostrando que a harmonia do corpo humano se dá pela união e pela colaboração dos diferentes membros. A mesma coisa acontece com o corpo social. É disso que a carta fala em Rm 12,3-8. E Paulo recorda sete dons diferentes que constituem a riqueza das igrejas domésticas de Roma: profecia, serviço, ensino, aconselhamento, distribuição de donativos, presidência da comunidade e exercício da misericórdia (12,6b-8).

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São as pastorais das igrejas domésticas romanas. Ao recordar sete dons, Paulo quis mostrar todos os dons (o número sete significa totalidade) que constituem ao mesmo tempo a diversidade das comunidades. Essas igrejas tinham também seus conflitos. O primeiro grande conflito entre as comunidades era a raça, ou seja, entre judeus e não judeus (chamados de gregos em Rm 10,12). Grande parte da carta é para resolver esse problema, alargando o horizonte, porque é um problema geral.

Aliás, esse foi um dos conflitos permanentes em toda a sua vida. Para ele é evidente que em Jesus Cristo acabaram-se as diferenças por causa de raça, condição social ou sexo (Gl 3,28; Rm 10,12; 1Cor 12,13; Cl 3,11). Para Paulo, os cristãos de origem e culturas diferentes não é motivo de desunião, mas de enriquecimento mútuo.

A Carta aos Romanos pode ser dividida em três partes, além da saudação inicial e da conclusão. O endereço, a saudação e a ação de graças (1,1-15). A Primeira Parte (1,16-8,39): O Evangelho é a força de Deus que salva. Tema geral (1,16-17): (a) A ira de Deus (1,18- 3,20). (b) A salvação vem pela fé (3,21-4,25). (c) Viver de modo novo (5,1-8,39). Segunda parte (9,1-11,36): Deus e Israel. Terceira parte (12,1-15,13): A vida cristã. Conclusão: Ministério de Paulo, projetos, saudações, recomendações e louvor (15,14-16,27).

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Paulo apresenta-se sozinho no início da carta, mas mostra sua identidade mediante três títulos que caracterizam sua missão (1,1): “servo de Jesus Cristo”, alguém que recebeu uma missão (“apóstolo”, do grego, enviado) do próprio Jesus que o escolheu (“escolhido”). Ele coloca-se como os profetas do Antigo Testamento, considerados: “servos” (Amós 3,7), “enviados” (Jeremias 25,4) e “escolhidos” (Jeremias 1,5).

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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