ANS: ocupação de leitos de covid-19 na rede privada aumenta em junho

A ocupação dos leitos para covid-19 informada por operadoras privadas de saúde subiu de 38,3%, em maio, para 49,2%, em junho, segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O levantamento inclui tanto leitos comuns quanto de terapia intensiva.
Os dados fazem parte da edição de julho do Boletim Covid-19 da ANS, divulgado ontem (27) pela agência reguladora.
O crescimento nas internações acompanha um período de nova alta nos casos de covid-19 no país, como mostra o painel de dados Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Após o pico de infecções no início de 2022, o Brasil teve menos de 20 mil casos da doença por dia entre a segunda quinzena de abril e o fim de maio, quando o número de casos voltou a superar esse patamar. Depois disso, as notificações continuaram a subir, até atingir os 50 mil casos diários no fim de junho.
O aumento de casos e internações também se refletiu em mais reclamações de usuários. Segundo a ANS, foram contabilizadas 422 queixas de usuários de planos de saúde relacionadas à covid-19, 66,8% a mais que as demandas registradas em maio deste ano. O levantamento mostra que 63% delas foram sobre as dificuldades de realização de exames e tratamento para a doença.
A respeito dos testes para a detecção da covid-19, a ANS dispõe apenas de dados até abril, quando o movimento ainda era de queda nos casos. Naquele mês, foram realizados 105 mil testes RT-PCR e 52 mil de antígeno, enquanto, em janeiro, os números haviam sido de 1,7 milhão e 175 mil, respectivamente.
O número de beneficiários de planos de saúde no Brasil aumentou em 300 mil pessoas em junho de 2022, chegando ao total de 49,8 milhões. O volume de usuários é o maior da série histórica da ANS e já aumentou em quase 3 milhões de pessoas desde o início da pandemia de covid-19. Em março de 2020, a ANS contabilizava 47,1 milhões de planos de saúde no Brasil.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Saúde


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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