Opinião

Atenção com as palavras

Cabe a cada um legitimar seu amor próprio e sua condição superior através das palavras, as quais se tornam dádivas para àqueles que trilham a verdade de Cristo.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

O mundo pode ser de provas e testagens do ser devido aos empecilhos, contratempos e conflitos que somos confrontados a toda hora. Todavia, estes eventos desagradáveis podem representar formas de desenvolvimento das luzes pelo discípulo de Jesus Cristo. Deste modo, por pior que sejam as experiências, é essencial que se mantenha como escudeiro fiel de Jesus. Ou nas observações de Mateus: “Não é o que entra pela boca o que torna uma pessoa impura, mas o que sai da boca, isto sim, corrompe a pessoa” (Mt 15:11).

As palavras têm poderes não apenas de comunicar os pensamentos como também de exprimir a própria situação espiritual do ser. Por meio delas, construímos o mundo em que nos adaptamos e também, expressamos nossa educação. Pessoas educadas não discutem, gritam ou agridem por meio das falas, mas criam admiração e boa vontade no próximo. Como uma maneira de melhorar a existência sem violência, mas com presteza e justiça. Se a cada um segundo as suas obras, mais vale a pena ficar calado do que cometer injustiças ou de criar lesões morais na mente e na consciência. Esta última representa o tribunal íntimo de Deus e não há saúde sem o devido equilíbrio moral. Amar o próximo como a si mesmo representa amar a si por meio dos outros. Cabe a cada um legitimar seu amor próprio e sua condição superior através das palavras, as quais se tornam dádivas para àqueles que trilham a verdade de Cristo. As palavras semeiam amor, paz e esperança, ou o contrário. Cabe a cada um escolher com sabedoria, pois aquilo que se planta, colhe.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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ARTIGO

Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

A grande questão que se coloca é a seguinte. Se não temos dinheiro para gastar num arcabouço fiscal cada vez mais inconfiável, se o governo não precisaria importar porque tem arroz suficiente para o Brasil, se nossa dívida chegou a mais de um trilhão de reais, por que importar arroz, vale dizer, queimar divisas para comprá-lo no exterior?

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Ives Gandra da Silva Martins é professor e advogado

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00). O arcabouço fiscal faz água e as previsões para cima (déficit futuro) crescem, por enquanto com a promessa de que o superávit pretendido apenas ficará menor. Roberto Campos ironizava, no passado, que as promessas dos detentores do Poder comprometiam apenas as pessoas que as ouviam. No caso, os economistas do mercado, pois são realistas, sabem que dificilmente as promessas do governo Lula sobre o arcabouço serão mantidas.

O certo é que o governo não tem merecido a confiança do empresariado brasileiro, circulando nos jornais no início do mês uma nota de repúdio das 5 mais fortes confederações de empresários (agricultura, comércio e serviços, indústria, cooperativa e transporte) à negativa de créditos legítimos que as empresas tem de PIS/Cofins para compensar a desoneração da folha de serviços negociada com o Legislativo e desrespeitada com a Medida Provisória nº 1.202/2023, que o Congresso Nacional devolveu ao Governo.

Desde o dia 12/06/2024, o dólar oscila  entre 5,40 a 5,42 reais e a Bolsa caiu quase 2 pontos percentuais. Pesou neste cenário a fala do presidente que prometeu aumento de tributação e queda de juros, o que afetaria o único instrumento atual de combate à inflação, que é a política monetária.

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Neste quadro, resolveu o Governo, com a catástrofe climática do Rio Grande do Sul importar arroz. A Confederação Nacional da Agricultura, todavia, mostrou a desnecessidade da importação, pois mais de 4/5 da safra do Rio Grande do Sul já tinha sido colhida e o risco de desabastecimento é rigorosamente nenhum.

Transcrevo trecho do livro que escrevi com Samuel Hanan, que demonstra a importância do agronegócio para o Brasil e a equivocada visão governamental:

Agrobusiness Brasileiro (2023)
A. 26 a 30% do PIB Brasil (+US$600 bilhões) (US$2.130 Bilhões);
B. 49 a 50% das exportações brasileiras (US$166,55 bilhões);
C. 150% do saldo da balança comercial (US$150 bilhões) – saldo Brasil: US$ 98,84 bilhões;
D. 30% dos empregos formais;
E. 40% da produção mundial de soja (complexo);
F. 50% da produção mundial de açúcar;
G. 30% da produção mundial de café;
H. 80% da produção mundial de suco de laranja;
1. 25% da produção mundial de carne bovina;
J. 30% da produção mundial de carne de frango.
BRASIL-POTÊNCIA MUNDIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS (BRASIL: 2,6% DA POPULAÇÃO MUNDIAL) (Brasil – Que país é esse? – Editora Valer, pg. 41)

Ora, no momento em que o Governo resolve comprar no exterior arroz que temos, à evidência prejudica empregos e empresas brasileiras que poderiam fornecer o produto.

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A reação do setor do agronegócio tem sido, pois, coerente e imediata. Explicam, à exaustão, a desnecessidade da importação, mostrando que o governo gastaria dinheiro que não tem, levando em consideração sua dívida e, por outro lado, prejudicaria empregos de produtores e comerciantes de arroz que tradicionalmente atuam no país.

O governo, todavia, fez o primeiro leilão e empresas sem nenhuma tradição no mercado e sem força econômica suficiente ganharam, o que o obrigou a cancelá-lo, sobre pairar ainda a suspeita de ilicitude no pregão.

A grande questão que se coloca é a seguinte. Se não temos dinheiro para gastar num arcabouço fiscal cada vez mais inconfiável, se o governo não precisaria importar porque tem arroz suficiente para o Brasil, se nossa dívida chegou a mais de um trilhão de reais, por que importar arroz, vale dizer, queimar divisas para comprá-lo no exterior?

Não gostaria de lembrar Shakespeare, embora pertença à Academia William Shakespeare, mas que há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal, não há dúvida de que há.

Ives Gandra da Silva Martins é professor e advogado 

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