Opinião
Autoconquista
Quem não se controla, não detém o comportamento justo de si e por isso, torna-se vítima fácil das insurgências inesperadas da vida. Há sempre fatores controláveis e outros não controláveis que merecem respeito.
Todo indivíduo traz em sua bagagem histórica, vitórias e derrotas, cultura e conhecimento, medos e virtudes. Apesar da grandeza que temos à nossa frente, devemos ser capazes de manejar com precisão e habilidade a nossa mente. Arisca e fugidia, a mente se não bem cuidada, nos faz de tolo e refém. Não por acaso, os orientais a chamam de macaco que pula de galho em galho. É essencial que se tenha condições mínimas de controle da mente para que se possa ter uma existência com potenciais de realização aumentados. Não é de estranhar então que, boa parte das tradições orientais é de pacificar a mente, ou melhor, a “não mente”. De não ficar preocupado com o que já passou e com isso, ter presença de espírito, foco e atenção no momento presente.
Somos destinados ao infinito, entretanto precisamos nos conquistar primeiro para avançar para as provas superiores. Quem não se controla, não detém o comportamento justo de si e por isso, torna-se vítima fácil das insurgências inesperadas da vida. Há sempre fatores controláveis e outros não controláveis que merecem respeito. Para estes últimos, é vital a confiança em seus valores e capacidade, bem como a certeza da bondade de Deus. Quem consegue ser senhor de si nos momentos inesperados faz da existência verdadeira jornada de superação e crescimento, sem choques, contratempos ou resultados estranhos. Assim, a vida se torna um processo de confiança e fé, esforço e trabalho. A vitória sorri para aqueles que conseguem ter esta segurança íntima. O Deus interno desperto e voltado à plenitude das boas obras.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
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ARTIGO
Nada sobre Nós sem Nós: a construção da sociedade inclusiva
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva é um desafio que exige a superação de barreiras de diferentes naturezas, com especial atenção àquelas atitudinais. Essa transformação só será possível por meio de políticas públicas eficazes, moldadas por movimentos sociais fortes e participativos, bem como pela adesão de indivíduos de todos os segmentos sociais.
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva exige a eliminação ou a equalização de barreiras que historicamente marginalizam diferentes grupos populacionais. Esse processo não se limita às pessoas com deficiência, mas abrange todos os segmentos sociais que, por razões culturais, econômicas ou estruturais, encontram-se em situação de subjugação nas relações de poder.
São esses grupos minorizados que enfrentam barreiras à sua plena inclusão social, desde obstáculos físicos e institucionais até barreiras mais sutis e insidiosas, como as atitudinais. Estas, em particular, manifestam-se em preconceitos, discriminações e no capacitismo, que perpetuam a exclusão e dificultam a participação igualitária desses indivíduos na sociedade. Nesse sentido, superar tais barreiras é uma condição indispensável para a construção de um ambiente verdadeiramente justo e democrático.
As barreiras estruturais, sejam elas físicas, comunicacionais, institucionais ou culturais, precisam ser enfrentadas de forma abrangente. Para isso, as políticas públicas desempenham um papel essencial, uma vez que são os instrumentos por meio dos quais a sociedade pode promover transformações concretas em suas bases estruturais. No entanto, essas políticas são, em grande medida, moldadas pelas práticas e demandas dos indivíduos e coletividades em seu cotidiano.
É nesse ponto que o associativismo se torna uma ferramenta fundamental. A união de indivíduos que compartilham experiências de exclusão ou que são solidários à luta por igualdade pode potencializar a influência sobre as decisões políticas. Associações e movimentos sociais são espaços de articulação e resistência, nos quais vozes plurais se fortalecem para exigir mudanças efetivas. Essa dinâmica de participação não apenas fortalece a democracia, mas também assegura que as políticas públicas reflitam as reais necessidades e demandas da população.
Entre todas as barreiras enfrentadas, a atitudinal é a mais difícil de se superar, pois está enraizada em preconceitos culturais e sociais profundos. Ela se manifesta em atitudes discriminatórias, estigmas e na falta de empatia para com aqueles que são percebidos como “diferentes”. A superação dessa barreira requer um esforço coletivo e educativo que promova a conscientização e o respeito à diversidade. Educação Inclusiva, campanhas de sensibilização e o incentivo à convivência são caminhos eficazes para desconstruir preconceitos. Além disso, a valorização das contribuições únicas de cada indivíduo para a sociedade deve ser central no discurso inclusivo, garantindo que a diversidade seja percebida como uma riqueza e não como um obstáculo.
É por isso que o slogan “Nada sobre Nós sem Nós” sintetiza a essência de uma sociedade inclusiva. Ele reforça a necessidade de que as pessoas diretamente afetadas por barreiras sociais estejam no centro das discussões e das tomadas de decisão que impactam suas vidas. No entanto, esse princípio não deve ser interpretado como uma exclusão de outros grupos solidários à causa. Pelo contrário, a construção de uma sociedade inclusiva é uma responsabilidade coletiva, que demanda a participação de todos os setores sociais.
Quando indivíduos de diferentes grupos minorizados unem-se em prol de objetivos comuns, criam-se condições para uma transformação estrutural mais ampla e significativa. A participação plural confere legitimidade às ações inclusivas e promove a solidariedade entre diferentes segmentos da população.
A construção de uma sociedade estruturalmente inclusiva é um desafio que exige a superação de barreiras de diferentes naturezas, com especial atenção àquelas atitudinais. Essa transformação só será possível por meio de políticas públicas eficazes, moldadas por movimentos sociais fortes e participativos, bem como pela adesão de indivíduos de todos os segmentos sociais.
Ao adotar o princípio de “Nada sobre Nós sem Nós” como guia, a sociedade pode assegurar que as vozes de todos sejam ouvidas e respeitadas. Somente assim é possível construir um futuro em que a igualdade, a justiça e a inclusão sejam os alicerces de uma convivência verdadeiramente humana e solidária.
André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.
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