BNDES divulga primeiro relatório sobre Letras Financeiras Verdes

O primeiro Relatório da Letra Financeira Verde, lançado nesta quinta-feira (26) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revela que a instituição ajudou a evitar o lançamento de 1,8 milhão de toneladas de gás carbônico na atmosfera com a aplicação de R$ 1 bilhão captados em outubro do ano passado no mercado doméstico, por meio da primeira emissão de Letras Financeiras Verdes (LFV) no Brasil. Os títulos emitidos têm vencimento em 2022.
De acordo com o BNDES, esse volume equivale a dois terços dos gases poluentes gerados pela frota automobilística da cidade de São Paulo em um ano.
O montante de R$ 1 bilhão foi aplicado em apoio ao Complexo Eólico de Cutia e Bento Miguel, no Rio Grande do Norte, e no Complexo Solar de Paracatu, em Minas Gerais. Juntos, esses projetos agregam ao sistema elétrico brasileiro 445 megawatts (MW) de capacidade instalada, energia suficiente para abastecer 740 mil residências.
Sustentabilidade
Segundo o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, a iniciativa está alinhada à meta da instituição de ser o banco do desenvolvimento sustentável brasileiro. “Os projetos apoiados pelo BNDES e que são lastros desta emissão ajudam o Brasil a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as metas climáticas para 2030. Isso tem como consequência a melhora da vida das pessoas”, afirmou.
A diretora de Finanças do BNDES, Bianca Nasser, destacou, por sua vez, que a Letra Financeira Verde emitida no mercado local segue a trajetória iniciada com o Green Bond lançado em 2017 no mercado internacional, combinando a estratégia de diversificação de fontes de financiamento da instituição com a missão de promover a sustentabilidade no país.
“Esta será a tendência que deveremos seguir quando acessarmos o mercado para captações”,disse Bianca.
Os recursos obtidos das Letras Financeiras Verdes devem ser destinados ao financiamento de projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental e com parecer de asseguração do destino dos recursos. Projetos de energia eólica e solar são investimentos que podem ser viabilizados pelas LFV.
Edição: Nádia Franco


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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