Brasil Expande Participação no Mercado de Café Especial do Oriente Médio

O Oriente Médio tem se consolidado como um parceiro tradicional dos cafés brasileiros, especialmente no segmento de cafés especiais, que tem ganhado cada vez mais destaque na região. Em 2024, o conjunto de países árabes importou 3,266 milhões de sacas de 60 kg do café brasileiro, resultando em uma receita de US$ 820 milhões — um crescimento de 22% em volume e 47,4% em receita em comparação com o ano anterior.
Cientes dessa crescente demanda, empresários brasileiros do setor de cafés especiais intensificaram suas ações de networking e negócios com clientes e investidores locais. Entre os dias 10 e 12 de fevereiro de 2025, 23 empresas brasileiras, participantes do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido em parceria pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), participaram da World of Coffee Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Durante o evento, foram realizados 665 contatos comerciais, sendo 444 novos, resultando em US$ 48,6 milhões em negócios presenciais. As perspectivas indicam que o valor total de transações pode alcançar até US$ 191,7 milhões até 2026.
Em comparação com a edição anterior, em 2024, quando a delegação brasileira fechou US$ 58 milhões em negócios (US$ 7,1 milhões presencialmente e US$ 50,9 milhões nos 12 meses subsequentes), o volume atual de negócios projetado reflete um aumento de 230,2%. Esse crescimento reflete o fortalecimento da presença do Brasil no mercado de cafés especiais do Oriente Médio, com a participação de importadores da região e representantes de países da Europa e Ásia.
De acordo com Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA, o aumento contínuo no consumo de cafés especiais no Oriente Médio foi identificado já em 2020, quando o Brasil participou pela primeira vez do evento em Dubai. “O crescimento é constante, e temos sido estratégicos em manter nossa presença na feira. O que nos motiva é ver os árabes consumindo cada vez mais cafés especiais brasileiros”, afirma Estrela. Ele destaca ainda que a evolução do mercado árabe tem impulsionado as ações promocionais da BSCA e ApexBrasil, garantindo que o Brasil continue sendo um dos principais fornecedores de cafés especiais para a crescente demanda local.
A BSCA observa que o Oriente Médio tem se tornado um centro de grande relevância para as principais cadeias internacionais do setor de café, com a multiplicação de cafeterias e investimentos significativos por empresas e governos na área de cafés especiais. Dubai, em particular, tem se destacado como um hub global, com multinacionais locais adquirindo café para reexportação.
Durante a World of Coffee Dubai 2025, o Brasil teve um estande exclusivo, com uma village para a exposição de cafés especiais, uma sala de cupping (degustação) com oito sessões de bebidas produzidas em diversas regiões cafeeiras do Brasil, além de uma sala de reuniões e um “brew e espresso bar”. A iniciativa “Destaques BSCA” apresentou cafés especiais com certificação de rastreabilidade e pontuação superior a 88 pontos na escala de qualidade, demonstrando o compromisso da BSCA com a excelência e a transparência na cadeia produtiva.
A feira, que ocorreu entre 10 e 12 de fevereiro de 2025, reuniu mais de 13,5 mil participantes e 1.650 marcas de mais de 50 países. A próxima edição da World of Coffee Dubai será realizada de 18 a 20 de janeiro de 2026.
“Brazil. The Coffee Nation”
O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, liderado pela BSCA em parceria com a ApexBrasil, visa promover o café especial brasileiro no mercado internacional, destacando a qualidade, diversidade e sustentabilidade dos produtos. O projeto, que segue até agosto de 2025, busca fortalecer a imagem do Brasil como produtor dos melhores cafés do mundo e apoiar iniciativas como certificações de qualidade, sustentabilidade e a promoção de cafés produzidos por mulheres, incentivando a equidade de gênero no setor.
Com foco em mercados-alvo como África do Sul, Austrália, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan, o projeto também visa fortalecer a presença do Brasil nos mercados de torrefação e moagem em países como Canadá, Chile, China e Estados Unidos.
Empresas interessadas em participar podem obter mais informações diretamente com a BSCA, por meio dos contatos disponíveis no site da entidade.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Nova Forrageira Potencializa Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária

Uma nova cultivar de ervilhaca (Vicia sativa L.) surge como uma solução inovadora para a pecuária de corte no Brasil, proporcionando produtividade e sustentabilidade aos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Desenvolvida em parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageira (Sulpasto), a cultivar URS BRS Presilha destaca-se pelo seu grande potencial tanto para pastejo quanto para cobertura do solo. A ervilhaca, sendo uma leguminosa anual de clima temperado, diferencia-se de outras forrageiras, como trevos, cornichão e alfafa, que são perenes.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, a ervilhaca foi especialmente posicionada para áreas de ILP, onde a rotatividade anual das pastagens com culturas agrícolas torna difícil o uso de forrageiras perenes. “Isso ajudou a posicionar a ervilhaca, principalmente em áreas de integração, onde os produtores ainda relutam em investir em espécies perenes”, explicou Montardo, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar.
Lançamento e Características Distintas
A URS BRS Presilha será oficialmente lançada durante a Expodireto Cotrijal 2025, a ser realizada de 10 a 14 de março, em Não-Me-Toque, RS. Considerada uma das maiores exposições agropecuárias do estado, a feira atrai anualmente mais de 300 mil visitantes e é um importante ponto de encontro para as inovações do agronegócio mundial.
A cultivar URS BRS Presilha se destaca por apresentar as maiores sementes entre as leguminosas forrageiras de clima temperado usadas no Sul do Brasil, o que facilita a semeadura, mesmo em pastagens já estabelecidas. Essa característica permite um melhor estabelecimento da pastagem, além de maior facilidade no plantio, mesmo em áreas com pastagens perenes de verão, como tifton e bermuda, e também em cultivares de menor porte, como panicum e braquiária.
O professor Miguel Dall’Agnol, da UFRGS, ressalta a versatilidade da cultivar. “Ela se encaixa em diferentes sistemas de produção, como cobertura verde durante o inverno e em áreas de rotação de culturas. Também apresenta bom desempenho em consórcio com pastagens cultivadas de inverno e pode ser introduzida no campo nativo para incrementar a produção durante o inverno e a primavera”, afirmou Dall’Agnol.
Vantagens Agronômicas e Sustentabilidade
Além de seu potencial em sistemas de ILP, a URS BRS Presilha oferece várias vantagens agronômicas, como elevada produção de forragem, boa sanidade, tolerância ao pastejo, alta capacidade de rebrote e vigor inicial. A cultivar também é adaptada a diferentes condições edafoclimáticas e se destaca pela capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico no solo, graças à simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, sendo mais adequada a solos bem drenados.
Sua habilidade competitiva permite a utilização em consórcios com outras forrageiras de inverno, como aveia e azevém. A URS BRS Presilha também desempenha papel importante em mixes de cobertura, incorporando nitrogênio e auxiliando na estruturação do solo por meio de um sistema radicular vigoroso e diversificado.
Outras vantagens incluem maior tolerância a déficits hídricos e menor propensão a causar problemas de timpanismo (acúmulo de gases) nos animais, em comparação com outras leguminosas forrageiras. Para Claudio Lopes e Cesar Grinke, presidente e membro do Conselho de Administração da Sulpasto, respectivamente, a cultivar tem demonstrado excelente produtividade e um grande potencial de aceitação no mercado.
Contribuição para a Sustentabilidade no Campo
O aumento do uso de leguminosas é um fator crucial para a sustentabilidade dos sistemas integrados de produção, criando pastagens mais diversificadas, mixes de cobertura e sistemas de rotação de culturas. Montardo enfatiza que, apesar da crescente demanda por sementes de leguminosas como a ervilhaca, ainda há poucas cultivares disponíveis no mercado. O lançamento da URS BRS Presilha, portanto, atende a uma necessidade real dos produtores, especialmente na região Sul do Brasil.
Dall’Agnol destaca a importância da colaboração entre ciência e setor produtivo, enfatizando que a nova cultivar é um reflexo da integração bem-sucedida entre a UFRGS, Embrapa e a Sulpasto. “A URS BRS Presilha, além de seu selo de qualidade, é o resultado de uma parceria estratégica que visa atender as necessidades dos produtores e contribuir para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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