Cepea aponta crescimento da demanda e elevação dos preços

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Um levantamento recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelou que a demanda por soja em grão, especialmente por parte das indústrias esmagadoras, elevou os preços internos da oleaginosa ao longo da semana passada. A alta nos preços também foi impulsionada pela retração dos sojicultores, que evitam negociar grandes volumes no mercado spot nacional.

A combinação de alta demanda industrial, retração dos produtores e a previsão de chuvas está moldando o cenário atual do mercado de soja no Brasil, com preços em níveis recordes e expectativas de uma safra 2024/25 desafiadora. Os preços da saca de 60 quilos atingiu R$ 143 no Porto de Paranaguá. Este valor é o mais alto observado este ano.

Pesquisadores do Cepea apontam que os produtores estão focados nas atividades de campo relacionadas à safra 2024/25, que estão progredindo em um ritmo mais lento do que nas últimas temporadas. Essa retração no ritmo de plantio e colheita tem contribuído para a escassez de oferta no mercado, elevando ainda mais os preços.

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Além disso, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná já estão nos maiores patamares do ano em termos nominais. Esses indicadores refletem a alta dos preços de soja em Paranaguá e Paraná, respectivamente, e são utilizados como referência para negociações no mercado de commodities.

A situação é ainda mais complexa quando consideramos as exportações de soja. Em setembro deste ano, os embarques de soja dos portos brasileiros totalizaram 6,1 milhões de toneladas, uma queda de 24% em relação a agosto. No entanto, o volume total de exportações de soja no primeiro semestre de 2024 já é um recorde, com 89,54 milhões de toneladas exportadas desde janeiro.

Com a previsão de chuvas em importantes regiões produtoras do Brasil, há uma expectativa positiva no mercado de soja. No entanto, a baixa liquidez e a cautela dos produtores em negociar grandes volumes continuam a ser um desafio para o mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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