Condições climáticas irregulares marcam o mês de novembro
O Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que o mês de novembro foi marcado por chuvas irregulares e mal distribuídas em importantes regiões produtoras do Brasil. Entre os dias 1º e 21 de novembro, a instabilidade climática provocou atrasos na semeadura e afetou o desenvolvimento inicial das lavouras de primeira safra em várias áreas agrícolas.
Apesar disso, a umidade do solo e as temperaturas máximas mais amenas criaram um cenário relativamente favorável para o avanço do plantio, especialmente nas regiões onde as precipitações se intensificaram na segunda quinzena do mês.
Centro-Oeste: chuvas irregulares, mas recuperação hídrica gradual
Na principal região produtora de grãos do país, o Centro-Oeste, as chuvas foram instáveis e desuniformes. Áreas do sudoeste de Mato Grosso, Pantanal, leste de Mato Grosso do Sul e norte e sul de Goiás apresentaram baixos níveis de umidade no solo durante boa parte do período.
Entretanto, a recuperação do armazenamento hídrico ao longo do mês permitiu o avanço da semeadura e o bom desenvolvimento das lavouras de primeira safra, especialmente em áreas com maior capacidade de retenção de água no solo.
Matopiba: avanço do plantio após intensificação das chuvas
A região do Matopiba — que abrange partes do Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins — também registrou precipitações irregulares. As chuvas se intensificaram apenas na terceira semana de novembro, o que permitiu uma melhora no armazenamento hídrico e o início do plantio em áreas onde o calendário estava atrasado.
Contudo, em porções da Bahia e do sudeste do Piauí, mesmo com as fortes precipitações registradas no fim do período, a umidade do solo não foi suficiente para impulsionar de forma significativa a semeadura das culturas de primeira safra.
Norte: instabilidade nas chuvas, mas com melhora gradual
Nos estados de Rondônia, Pará e Tocantins, a irregularidade das chuvas manteve a umidade do solo em níveis baixos em várias áreas. Ainda assim, houve uma elevação gradual do armazenamento hídrico ao longo das semanas.
Já no Amazonas, as chuvas foram frequentes e volumosas, contribuindo para manter os níveis dos rios e garantindo boas condições de umidade no solo.
Sudeste: boas condições climáticas favorecem cultivos
A região Sudeste apresentou um cenário mais equilibrado. As chuvas foram melhor distribuídas, com destaque para São Paulo e o centro-sul de Minas Gerais, onde os acumulados foram mais expressivos.
Em algumas áreas do Triângulo Mineiro, Noroeste e Norte de Minas, ainda há registros de baixa umidade no solo. No entanto, as temperaturas mais amenas ajudaram a preservar a umidade e mantiveram condições favoráveis para o manejo e desenvolvimento das lavouras.
Sul: excesso de chuvas e ventos fortes causam prejuízos pontuais
No Sul do país, o início de novembro foi marcado por chuvas intensas, especialmente no oeste do Paraná, acompanhadas de ventos fortes, tornados e granizo, o que causou danos significativos a algumas lavouras.
Nas demais áreas da região, os volumes de chuva foram menores, mantendo a umidade do solo suficiente para o desenvolvimento das culturas de primeira safra.
No caso dos cultivos de inverno, o clima foi, em geral, favorável à colheita, mesmo diante de episódios de excesso de precipitação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio










































