Ciro promete valorizar a participação do Brasil em blocos econômicos

Publicados

O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) cumpriu agenda de campanha em Brasília, nesta quinta-feira (22). O primeiro compromisso foi uma reunião com embaixadores da União Europeia, pela manhã. O encontro reuniu representantes de diversos países do bloco. 

Após a reunião, que durou cerca de uma hora, o presidenciável conversou com a imprensa e destacou que, se eleito, quer retomar o que chamou de tradição da diplomacia brasileira.  “É a ponderação por aqueles princípios de não-intervenção em assuntos de outras nações, a solução pacífica dos conflitos, a autodeterminação do povos, em direção a se construir uma ordem internacional assentada no direito, na paz e não na violência. Esse é o primeiro grupo de valores que orienta a política externa do meu plano nacional de desenvolvimento”, explicou. 

O pedetista também comentou que vai valorizar a participação do Brasil em grupos e blocos econômicos do qual o país já faz parte, como Mercosul e Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul).

Leia Também:  Falta de acordo cancela sessão do Congresso

Sobre a guerra na Ucrânia, o presidenciável criticou a postura da Rússia, por invadir o país vizinho, mas ponderou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo que reúne as maiores potências militares do Ocidente, liderada pelos Estados Unidos, não deveria ter sido expandida até as fronteiras russas.  

“A Rússia não tem direito de invadir a Ucrânia. Essa é a primeira e inequívoca posição. Entretanto, em direção àqueles outros princípios, como a solução pacífica dos conflitos, vem essa segunda opinião. Para quê? É uma pergunta que eu estou fazendo e fiz aos outros embaixadores. Para quê expandir a Otan?”, questionou.

Após o encontro com embaixadores, Ciro Gomes participou de uma sabatina para jornal Correio Braziliense. 

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Política Nacional

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

POLÍTICA NACIONAL

Câmara começa a discutir projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil

Publicados

em

O projeto de lei 2338/23, que regulamenta a inteligência artificial no Brasil, ainda nem chegou à Câmara, mas já está em discussão na Casa. O Grupo de Trabalho em Inteligência Artificial da Coalizão Direitos na Rede promoveu um debate sobre a proposta, aprovado no Senado em dezembro do ano passado, com a finalidade de aprimorar o texto quando for analisado pelos deputados.

De acordo com Paula Guedes, consultora da organização não governamental Artigo 19 Brasil e integrante da Coalização Direitos na Rede, alguns pontos precisam ser melhorados.

“Alguns pontos de proteção de direitos foram retirados; então, algumas medidas de governança, por exemplo, foram retiradas, as avaliações preliminares para definir o grau de risco foram também flexibilizadas. Agora são boas práticas, mas deveriam ser obrigatórias, para que os agentes saibam quais obrigações eles têm que cumprir ao longo da legislação”, disse.

O texto, que deve chegar à Câmara nos próximos dias, classifica os sistemas de inteligência artificial quanto aos níveis de risco para a vida humana e os direitos fundamentais. Também divide as aplicações em duas categorias – inteligência artificial e inteligência artificial generativa.

Leia Também:  Câmara pode votar na próxima semana projeto que cria a Estratégia Nacional de Saúde

Depois de o projeto passar por mudanças no Senado, apenas os sistemas de inteligência artificial generativa e de propósito geral deverão ter avaliação preliminar de risco. Para os demais casos a avaliação prévia será facultativa.

O objetivo dessa avaliação é determinar o grau de risco do sistema, que dependerá de suas finalidades e do seu impacto. A análise deve ser realizada pelos próprios desenvolvedores, fornecedores ou aplicadores do sistema antes da chegado do produto ao mercado.

Proteção a direitos fundamentais
Pela proposta, sistemas considerados de risco excessivo ficam proibidos. Entre eles estão os chamados sistemas de armas autônomas, que podem selecionar e atacar alvos sem intervenção humana. Além disso, o texto veta sistemas que tenham o objetivo de produzir e disseminar material que represente abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes. A avaliação de traços de personalidade e de comportamento para prever crimes também fica proibida.

O uso de câmeras para identificar pessoas em espaços públicos só será permitido em casos específicos, como busca de vítimas de crimes ou pessoas desaparecidas e para recapturar fugitivos. As câmeras só poderão ser utilizadas nos casos de delitos com pena de prisão superior a dois anos, com autorização do juiz e quando não houver outro meio de prova.

Leia Também:  Senado rejeita pedido de impeachment contra ministro do STF

A especialista Paula Guedes defende que essas medidas são essenciais para garantir os direitos dos cidadãos.

“Olhar para a regulação de inteligência artificial é garantir que sistemas, que não são só sistemas aplicados às plataformas e redes sociais, tenham proteção de privacidade, contra discriminação, tragam transparência, tragam maior proteção a direitos fundamentais.”

Direitos autorais
O projeto do Senado também trata de direitos autorais no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial. Pelo texto, conteúdos protegidos poderão ser utilizados livremente somente por instituições de pesquisa, de jornalismo, museus, arquivos, bibliotecas e organizações educacionais. Ainda assim, o material precisa ser obtido de forma legítima e a aplicação não pode ter fins comerciais.

Nos demais casos, o titular de direitos autorais poderá proibir o uso dos conteúdos protegidos. Caso obras sejam utilizadas no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial comerciais, o titular terá direito à remuneração.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA