Política

Com 33 irregularidades durante campanha, Wilder Morais pode ter que reembolsar Tesouro Nacional em R$ 321,8 mil

Senador eleito não apresentou documentos sobre gastos eleitorais, além de ter subfaturado contratos.

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O senador eleito por Goiás, Wilder Morais (PL), descumpriu 33 regras eleitorais durante as eleições deste ano, como a entrega de relatórios financeiros de campanha no prazo estabelecido pela legislação eleitoral. O prazo para manifestar os gastos do segundo turno, por exemplo, se encerrou no dia 19 de novembro.

Além disso, o político também deixou de apresentar os documentos fiscais que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Por conta disso, ele deverá restituir o Tesouro Nacional em R$ 321.868,01.

Omissão 

Um relatório do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), mostrou que o senador omitiu 27 despesas, como uma compra em um comércio no valor de R$ 35, no dia 04/09, e até um pagamento de R$ 252.011,50 para a empresa Facebook Serviços Online Do Brasil Ltda, realizada no dia 02/10. Ao todo, as despesas não informadas chegam a R$ 298.428,04, sendo realizadas entre os dias entre os dias 04/09 e 15/09.

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Contradições 

Já nos documentos que foram apresentados por Wilder há registros de contradições. Isso porque o TRE-GO identificou doações de outros candidatos ou partidos políticos com informações divergentes do que foi apresentado pelo senador.

O documento, ao qual o Jornal Opção teve acesso, mostra que apenas o Major Vitor Hugo (PL), que concorreu ao governo estadual este ano, realizou ao menos 37 doações. Os valores giram entre R$ 450 e R$ 27.500, totalizando R$ 240.996.

Outra divergência encontrada é referente às despesas com as fornecedoras Google Internet Ltda e Social 94 Comunicação e Gerenciamento de Marcas Ltda. Na nota explicativa, Wilder informa que pagou R$ 540 mil ao Google. No entanto, o TRE observou que a despesa foi menor, no valor de R$ 539.697,44, sendo que a empresa se comprometeu a reembolsar, aproximadamente, R$ 1.441,02.

Já a fornecedora Social 94, consta que o senador pagou R$ 12 mil pelos serviços da empresa em duas transações de R$ 6 mil. Porém, na prestação de contas, nota-se que houve 03 pagamentos. Por conta disso, a unidade técnica se manifestou pelo recolhimento ao Tesouro Nacional no valor de R$ 7.441,02, referente às despesas realizadas com a empresa.

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Subfaturamento  

O senador também alugou um imóvel no valor de R$ 60 mensalmente. O TRE-GO, no entanto, disse que o prestador de contas é administrador da pessoa jurídica proprietária da área que é locada por R$ 17 mil. Ou seja, o aluguel pago pelo parlamentar foi 252,9(R$ 43 mil) maior. O valor pago a mais, inclusive, também, deverá ser reembolsado ao Tesouro Nacional.

O TRE-GO também identificou um subfaturamento de R$ 80 mil por parte do senador em relação a locação de materiais para eventos com empresas privadas. O órgão afirmou que o pagamento superior ao valor comercializado é uma ‘irregularidade grave, que compromete a regularidade, confiabilidade e consistência das contas apresentadas’. 

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POLÍTICA

Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda.

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Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados. Foto: Cristiano Borges

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

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Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

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O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança

Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

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