Opinião

Consciência e evolução

O ser que se propõe à exploração do mundo interior percebe que a aprendizagem da maturidade é justa, pois grande é o poder de criação de Deus e a responsabilidade da manutenção do Universo também é grandiosa. Apenas os que conseguem provar-se fiéis com pouco podem ser designados a cuidar de patrimônios ainda mais elevados. A carga de trabalho e responsabilidade aumenta conforme o desenvolvimento do aprendiz.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

Despertar o espírito do longo sono da natureza animal para as possibilidades da ascensão e realização angélica representa a conscientização do ser na vida atual. A consciência como meio de trabalho e vida, existência e ação dos pensamentos, sentimentos e vontade. Somos a nossa soma das consciências, sejam elas despertas ou não, inconscientes ou não. O passado está sempre presente, ainda que o futuro constitua as vias de concretização e atualização. O pretérito é aceitação e harmonização. Já o futuro é concretizado por meio do trabalho, da disciplina, do perdão e do amor no presente.

O ser que se propõe à exploração do mundo interior percebe que a aprendizagem da maturidade é justa, pois grande é o poder de criação de Deus e a responsabilidade da manutenção do Universo também é grandiosa. Apenas os que conseguem provar-se fiéis com pouco podem ser designados a cuidar de patrimônios ainda mais elevados. A carga de trabalho e responsabilidade aumenta conforme o desenvolvimento do aprendiz.

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Para Deus, ser seu herdeiro representa a assimilação e a vivência dos valores e da vibração justa para ter condições de realização do bem comum. Viver com a caridade, a ajuda ampla, tal como a chuva ou o sol que beneficia a todos, sem distinção é o caminho natural da bondade. Ser bom, justo e belo de forma espontânea é a evolução do próprio ser. De fazer algo não por interesses, mas por ser parte de sua natureza de ajudar, servir, amar. Deus está em nossa consciência e cabe a nós despertá-la para viver de forma digna, justa e produtiva.

Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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ARTIGO

Falta erudição na política

A questão é que a política define os rumos da sociedade, decide sobre a vida da coletividade,  ou seja, por mais que se negue ou se criminalize é uma função essencial para sociedade.

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Henrique Matthiesen é formando em Direito co pós-graduação em Sociologia

Nada mais deprimente do que assistir o nível da classe política contemporânea: rasa, ignorante, parva e ignóbil, dentre outros adjetivos.

Fenômeno este que atinge todo o mundo e que demonstra o retrocesso civilizatório pelo qual passa a humanidade.

A transformação do exercício político em “espetáculo” – muitas das vezes grotesco e de baixo nível – é a decorrência da escravização dos likes e da lacração impostos pelas redes sociais à sociedade.

O vulgar, o embuste, a incultura  a desinformação,  a deserudição e a agressividade são as regras e não as exceções da ascensão meteórica de “imbecis” à arena política.

Estes lacradores são incapazes de conjugar mais de um verbo, ou simplesmente organizar um raciocínio linear coerente; projetos, então, são um verdadeiro suplício. Desprezam as experiências pretéritas, desconhecem a historicidade das instituições, debocham dos exemplos, e são soberbos de sua estupidez; porém são ligeiros na prática do parlapatão, do charlatanismo e do engodo.

Neste cenário está em extinção o grande orador, o conhecimento, o debate profícuo e respeitável, o exercício saudável do contraditório baseado em visões de sociedade.

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Substituímos o conhecimento pela ignorância, o decoro pela descompostura, a oratório pela linguagem vulgar, os princípios iluministas pelo obscurantismo, a verdade pela fake news, a  cortesia pela  boçalidade, a ideia pelo vazio, a seriedade pela molecagem.

Isso tudo sob os holofotes da imbecilização da sociedade que compartilha, aplaude e viraliza os horrores ruinosos dos lacradores.

A questão é que a política define os rumos da sociedade, decide sobre a vida da coletividade,  ou seja, por mais que se negue ou se criminalize é uma função essencial para sociedade.

O exercício da política sem o mínimo de erudição, ou simplesmente, à mercê fútil e grotesca dos likes condena irreversivelmente nosso presente e nosso futuro, afinal não podemos almejar um presente ou um futuro melhor se somos representados ou dirigidos por imbecis ignorantes, escravos dos likes e da deserudição, afinal falta erudição.

Henrique Matthiesen é formando em Direito co pós-graduação em Sociologia

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