Opinião

Consciência e evolução

O ser que se propõe à exploração do mundo interior percebe que a aprendizagem da maturidade é justa, pois grande é o poder de criação de Deus e a responsabilidade da manutenção do Universo também é grandiosa. Apenas os que conseguem provar-se fiéis com pouco podem ser designados a cuidar de patrimônios ainda mais elevados. A carga de trabalho e responsabilidade aumenta conforme o desenvolvimento do aprendiz.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

Despertar o espírito do longo sono da natureza animal para as possibilidades da ascensão e realização angélica representa a conscientização do ser na vida atual. A consciência como meio de trabalho e vida, existência e ação dos pensamentos, sentimentos e vontade. Somos a nossa soma das consciências, sejam elas despertas ou não, inconscientes ou não. O passado está sempre presente, ainda que o futuro constitua as vias de concretização e atualização. O pretérito é aceitação e harmonização. Já o futuro é concretizado por meio do trabalho, da disciplina, do perdão e do amor no presente.

O ser que se propõe à exploração do mundo interior percebe que a aprendizagem da maturidade é justa, pois grande é o poder de criação de Deus e a responsabilidade da manutenção do Universo também é grandiosa. Apenas os que conseguem provar-se fiéis com pouco podem ser designados a cuidar de patrimônios ainda mais elevados. A carga de trabalho e responsabilidade aumenta conforme o desenvolvimento do aprendiz.

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Para Deus, ser seu herdeiro representa a assimilação e a vivência dos valores e da vibração justa para ter condições de realização do bem comum. Viver com a caridade, a ajuda ampla, tal como a chuva ou o sol que beneficia a todos, sem distinção é o caminho natural da bondade. Ser bom, justo e belo de forma espontânea é a evolução do próprio ser. De fazer algo não por interesses, mas por ser parte de sua natureza de ajudar, servir, amar. Deus está em nossa consciência e cabe a nós despertá-la para viver de forma digna, justa e produtiva.

Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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ARTIGO

A política e o político sem credibilidade

Agora, estamos às vésperas das eleições municipais. No dia 6 de outubro de 2024, brasileiros que moram nos 5.570 municípios do país vão às urnas escolher novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. 

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Julio César Cardoso é servidor federal aposentado

O Brasil era para ser um país potencialmente desenvolvido, não fosse a qualidade sofrível de seus políticos, respeitadas as poucas exceções, que vão para o Parlamento, governos e cargos públicos para se locupletar de todas as formas, ou seja, tirar proveito da coisa pública, desfalcando o Erário.

Ninguém desconhece que o meio político nacional é contaminado de ladravazes da República, de trapaceiros vestidos em pele de cordeiro e prontos para abocanhar o dinheiro da nação, que muita falta faz para resolver os graves problemas sociais e bancar investimentos na produção de riquezas.

A política deveria ser exercida como meio para a sociedade ver as necessidades sociais e da nação plenamente atendidas, na forma constitucional. Mas nada disso é de fato observado pela grande maioria da casta política brasileira, que continua a prosperar, beneficiada pelo sistema arcaico do instituto do voto obrigatório, responsável pela eleição e reeleição de políticos incompetentes, corruptos, cujos objetivos não republicanos são participar do bolo podre da política nacional.

O Brasil, um país continental lindo, de riquezas naturais pujantes, onde o seu povo deveria se ufanar dele, é lamentavelmente maltratado e dilapidado pela corja política, que há muito tempo se instalou no país.

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Somente brasileiros obtusos – ou que não se importam de ser escorchados pela quantidade de impostos, arrancados de seus bolsos, para sustentar, por exemplo, a ilha da fantasia Brasília, onde reina o Congresso Nacional, repleto de chupa-sangues, montados sobre miríades de mordomias, com baixa produtividade – podem se manter inertes diante do cenário político deplorável nacional.

Enquanto os políticos desrespeitam as suas obrigações constitucionais, utilizam os mandatos para tirar proveito da coisa pública para si e cupinchas, ou para praticar politicagem, como troca de favores no toma lá, dá cá, o país continua a se ressentir de políticas públicas eficazes de investimentos maciços nas áreas que garantam o desenvolvimento da nação, bem como a erradicação da pobreza, da marginalização e reduzam as desigualdades sociais e regionais.

Agora, estamos às vésperas das eleições municipais. No dia 6 de outubro de 2024, brasileiros que moram nos 5.570 municípios do país vão às urnas escolher novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Trata-se de evento que deveria trazer esperanças positivas ao país. Mas não é o que se tem observado. A velha política dos interesses solertes continua a vicejar. Candidatos novos e outros antigos interessados na reeleição batem na porta de eleitores com promessas mirabolantes, que não são concretizadas após serem eleitos. Assim, os eleitores devem ficar atentos para não cair na lábia de candidatos sagazes. Escolher os melhores candidatos é um dever de cada eleitor.

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Infelizmente, o Brasil era para ter credibilidade política. Mas os exemplos negativos de políticos envolvidos em falcatruas ou ações não republicanas descredencia a classe, em que poucos são punidos, e outros indecorosos continuam em franca atividade, como, por exemplo, o presidente Lula, condenado em três instâncias e agraciado posteriormente com a anulação de seus processos, engendrada por magistrados parciais.

Sem olvidar, no entanto, a conduta do ex-presidente Bolsonaro, responsável pela morte de muita gente durante a pandemia da Covid-19, o qual, de forma insensível e irresponsável, vociferou sem rodeios que não era coveiro diante do quadro macabro da pandemia; interferiu para que o seu filho “rachadinha”, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) permanecesse impune pelas acusações a ele imputadas; recomendou o uso de cloroquina, contrariando a comunidade científica; insultou ministros do STF; estimulou a depredação de poderes da República, em Brasília; emaranhou-se com joias recebidas das arábias; e até agora não foi chamado à responsabilidade.

Julio César Cardoso é servidor federal aposentado

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