Conselho de Medicina cria posto para vacinar médicos do Rio

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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) realiza em sua sede, nesta e na próxima semana, a vacinação contra a covid-19 para médicos entre 50 anos e 59 anos de idade. Hoje (5), teve início a aplicação das doses em profissionais com 59 anos. A cada dia, o grupo que receberá o imunizante será um ano mais novo.

Apenas no sábado e no domingo não haverá vacinação. Dessa forma, a ação se conclui na sexta-feira, dia 16 de abril, quando os médicos de 50 anos de idade serão vacinados. 

A aplicação das doses acontece entre 10h e 15h30 na sede do Cremerj, no bairro Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Os profissionais precisam antes agendar pelo site do conselho.

A ação se desenvolve em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Cabe ao órgão administrar os critérios de vacinação e a distribuição das doses repassadas ao município, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações, coordenado pelo Ministério da Saúde. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o calendário é o mesmo para todos os profissionais de saúde entre 50 anos e 59 anos. Também estão sendo vacinados enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e os técnicos e auxiliares destas profissões.

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São mais de 250 pontos de vacinação espalhados pela cidade que funcionam de 13h às 17h. Dessa forma, o posto do Cremerj é mais uma opção, disponível para médicos que se cadastrarem pelo site.

A vacina disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde ao Cremerj é a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, centro de pesquisa biomédica vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo. Seu esquema vacinal prevê a aplicação de uma segunda dose após um intervalo de 28 dias.

De acordo com o Cremerj, um levantamento realizado no fim de fevereiro mostrou que pelo menos 22 mil médicos da cidade do Rio de Janeiro ainda aguardavam a vacinação. O conselho considera que ao imunizá-los contribui para evitar que ocorra, durante a pandemia, um eventual colapso na saúde por falta de profissionais. Além disso, avalia que a aplicação das doses traz mais segurança para os pacientes e para os demais trabalhadores de saúde que interagem com os médicos.

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Programa solidário

Para realizar a imunização dos profissionais, o Cremerj criou o programa Vacina Solidária. Os médicos estão sendo convocados para doar alimentos não perecíveis quando forem receber a vacina. Segundo o conselho, os produtos arrecadados serão repassados para instituições de caridade.

É a segunda campanha de vacinação realizada pelo Cremerj em sua sede. Entre 27 a 29 de janeiro, cerca de 2,2 mil médicos acima de 60 anos de idade receberam a vacina Covishield, desenvolvida em parceria pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica inglesa AstraZeneca. O imunizante também está sendo produzido no Brasil, devido a um acordo selado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Saúde e sediada no Rio de Janeiro.

O esquema vacinal da Covishield prevê a segunda dose após um intervalo de três meses. 

De acordo com o Cremerj, quem foi vacinado no final de janeiro poderá, em breve, fazer novo agendamento no site para a nova aplicação.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

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O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

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O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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