Cresce procura por consertos e assistência técnica
Conforme pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a procura pelos serviços de assistência técnica, cresceu cerca de 20% no Brasil. Ainda segundo o órgão, isso significa que os brasileiros estão preferindo consertar do que comprar. Com milhões de celulares e smartphones espalhados nas mãos dos brasileiros, hoje em dia quem trabalha com a manutenção e reparo destes aparelhos está faturando.
Paula Vaz é frentista, e em um descuido, deixou o aparelho celular cair. E o jeito foi mandar concertar. “Estava com ele no bolso, daí tocou. Fui atender e ao tirar do bolso deixei cair. A tela ficou preta, mas percebi que ainda funcionava por que ainda escutava os sons e sentia vibrar. O meu celular não é novo, mas a gente se apega tanto ao telefone que se cair, estragar ou perder, fica sentindo falta. Levei no técnico e até que o orçamento não ficou muito caro então mandei arrumar. Se fosse comprar outro seria mais dinheiro, talvez até perderia algumas fotos ou informações que estavam no antigo. E dinheiro ta difícil hoje em dia”, explica a jovem.
De acordo com o técnico Ulisses Carlos, é assim que vem fazendo vários goianos. Quebrou? Conserta. Estragou? Arruma, até quando o técnico conseguir concertar. Para ele, isso pode ser um reflexo da economia e de um comportamento mais consciente com as finanças e até com a natureza. Contudo, a consequência é a formação de oportunidades.
Um balanço da Associação Brasileira de Pós-venda em Eletrônicos, feito em 2019, revelou que o mercado de assistência técnica faturou quase R$ 22,5 bilhões entre 2017 e 2018. De acordo com os dados, a área atendeu mais de 44 milhões de ordens de serviço, configurando o aumento de quase 20% na procura por consertos.
O técnico Ulisses tem 24 anos e é apaixonado por tecnologia desde criança. Ainda adolescente, começou a se especializar em assistência técnica e há três anos tem uma loja de concerto em eletrônicos, no Centro de Goiânia. Segundo ele, para algumas pessoas o aparelho eletrônico vai bem mais que uma simples ferramenta. “Às vezes o que tem no aparelho, para a pessoa é muito importante. Então ela está disposta a pagar o valor que for necessário pelo conserto por mais que exceda a valor médio a se pagar, que é a metade do valor total do aparelho. Mas é relativo, tem gente que por mais que o valor não exceda os 50%, prefere não fazer, por que a compra de um aparelho novo se tornou mais fácil. O parcelamento ou até mesmo o crediário em alguma loja facilitam a compra de um novo”, explica o rapaz.
Oportunidade
Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas, revelou que hoje existem mais celulares ativos do que habitantes no país. São mais de 230 milhões de aparelhos em funcionamento, contra 207,6 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE. E quando esses aparelhos estragam, é necessário ter alguém para arrumar.
Levando em conta todos os dispositivos móveis, os números são ainda mais elevados. De acordo com a 29ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, até no final de 2018, eram mais de 306 milhões de aparelhos portáteis em uso em todo o Brasil. Nessa conta não estão apenas os smartphones, mas também notebooks e tablets, com um total de 1,5 gadget (equipamento que tem um propósito e uma função específica, prática e útil no cotidiano), por habitante.
Ranking
Segundo Ulisses, o líder no ranking da procura por consertos são os aparelhos celulares e smartphones, seguidos pelas TV´s. Em terceiro os notebooks, e em quarto os videogames. Para o técnico, a procura pela assistência se tornou a melhor saída, não apenas pelo valor, mas também pelo apego ao eletrônico.
Ainda de acordo com o técnico, o conserto de TVs se tornou lucrativo pois o valor do reparo, muitas vezes é mais vantajoso do que a própria compra de uma nova. “São poucos os reparos em uma televisão, pois a peça mais cara é a tela, e é muito difícil uma pessoa conseguir quebrar a tela de uma televisão. Quase todo mundo faz o reparo na televisão. Não tem a mesma frequência que um celular, mas geralmente as pessoas estão dispostas a pagar pelo concerto. Às vezes o dono traz para a assistência com o objetivo de fazer o orçamento e já manda arrumar”, explica.
Demanda
Ainda segundo Ulisses, o aumento na procura pelos serviços de assistência técnica, pode ser justificado pelo aumento no preço dos próprios aparelhos. Segundo o técnico, existem diversos cursos no mercado com a proposta de ensinar as pessoas a se tornarem técnicos em manutenção de eletrônicos, e o passo a passo para começar a trabalhar com uma assistência técnica legalizada.
O técnico dá a dica. “Classificados de jornais podem indicar onde fazer esse tipo de curso presencial, ou na internet, através de vídeoaulas ou cursos online. Se você procura algo para investir ou trabalhar, talvez se especializar nesse meio onde o mercado é grande pode ser uma excelente forma de gerar renda. Trabalhar com manutenção de eletrônicos, mais especificamente celulares, não requer altos investimentos e espaço físico”, explica Ulisses.
O mercado de consertos pode ser bem lucrativo
Chance de empreender, oportunidade de ensinar, fila de gente para aprender e muitas vagas para contratar. Segundo o técnico em assistência técnica Ulisses Carlos, isso deve continuar enquanto os consumidores pensarem duas vezes antes de trocar o que pode ser concertado. Para ele, o mercado está tão em alta que faltam até técnicos para atender a demanda. Uma ótima oportunidade de trabalho em tempos de desemprego.
Hoje em dia, é comum encontrar na internet vídeos de profissionais ensinando a consertar algum aparelho eletrônico estragado, ou até mesmo cursos de como começar um negócio nessa área. Uma das principais fontes de renda desse meio é o conserto dos aparelhos, ou seja, a mão de obra.
De acordo com profissionais, o lucro obtido no reparo de algum eletrônico vai de R$ 50 a R$ 600, dependo do tipo de aparelho ou serviço. Em média, se cada serviço realizado for cobrado um valor de R$ 100, executando cinco serviços por dia, o técnico terá um montante total de R$ 10 mil, no fim do mês, trabalhando apenas cinco dias por semana.
Outra forma de lucrar é na venda de acessórios e similares como películas, capas de celular, caixa de som, fones de ouvido, cabos, carregadores, pendrivers, cartões de memória e baterias. Além de ser uma segunda fonte de renda, pode ser um chamariz. Para Ulisses, a exposição desses acessórios, pode despertar a atenção de quem passa pela loja ou assistência.
“Se tratando de tecnologia, as pessoas gostam de ver as novidades, estar por dentro das atrações do mundo tecnológico. Caso você consiga vender ao menos quatro acessórios por dia, o lucro pode ser de R$ 4 mil ao fim do mês. Isso depende da qualidade dos acessórios que vende. Tem gente que quer algo mais barato, outros querem um produto barato e bom, ai já ofereço um produto um pouco melhor e com o preço mais alto. Tem outros que preferem um item de qualidade e estão dispostos pagar um valor que for preciso por ele, mas sabendo que esta comprando um produto que atende suas necessidades”, explica o técnico.
Ainda de acordo com o profissional, um técnico ganha entre R$ 50 a R$ 400 de mão de obra por serviço, de acordo com o trabalho, o aparelho e até mesmo a região em que atende. Em média, um técnico de manutenção só de celulares, pode ganhar de R$ 3 a R$ 15 mil por mês.
Revenda
Outra prática comum é a venda de aparelhos celulares, tablets ou computadores usados. Segundo o profissional, ao comprar um aparelho usado, em que o cliente deseja se desfazer ou afirma não que o produto não atende mais as suas necessidades, o técnico pode reformar o aparelho e revende-lo, aumentando ainda mais sua renda. “Por serem aparelhos já utilizados, o preço acaba sendo inferior. Entretanto, a demanda acaba sendo maior. Muitas vezes, as pessoas acabam optando por comprar um aparelho usado devido a falta de dinheiro ou para economizar”, explica.
Outra forma de atrair os clientes pode ser na venda de aparelhos novos e recém-lançados. Com a venda de um aparelho por dia, Ulisses afirma que o lucro mínimo ao fim do mês pode chegar a R$ 5 mil. Caso venda mais, a tendência do lucro é aumentar.
Mão de obra
Segundo analistas, o mercado é ainda mais lucrativo pelo interior do Brasil, onde a mão de obra qualificada é escassa. Alunos vêm de várias cidades do interior de Goiás, para a Capital, à procura de formação técnica. Muitas vezes, atraídos pelo mercado no interior do Estado, onde o preço chega a ser de 200 a 300% mais alto que em Goiânia. Nesses casos, o técnico lucra ainda mais, pois o cliente paga pela falta de assistência ou profissionais qualificados.
O curso básico para quem quer entrar na área pode sair a partir de R$ 2.180, abrangendo vários aparelhos. Em algumas instituições, ainda é possível realizar o curso gratuitamente, através de programas sociais do governo. Após o curso, o profissional da tecnologia poderá optar por abrir sua própria assistência técnica ou trabalhar para alguma.
Da Redação com O Hoje
ECONOMIA
Indústria em Aparecida de Goiânia abre 50 vagas para auxiliar de produção
O salário inicial para Auxiliar de Produção é de R$ 1.553,20, acompanhado de diversos benefícios.
A GSA Alimentos, situada no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia, está disponibilizando 50 vagas para o cargo de Auxiliar de Produção, com opções para os três turnos: manhã, tarde e noite. Essas oportunidades representam uma excelente chance de inserção no mercado de trabalho, pois não requerem experiência anterior nem escolaridade mínima.
O salário inicial para Auxiliar de Produção é de R$ 1.553,20, acompanhado de diversos benefícios. A empresa oferece vale-transporte, refeição no local, plano de saúde totalmente subsidiado pela GSA, plano odontológico, programa habitacional, creche gratuita para filhos de colaboradores entre 6 meses e 6 anos, além do Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Os interessados devem encaminhar o currículo pelo WhatsApp (62) 9 9968-8871 ou pelo e-mail curriculo@grupogsa.com.br.
Sobre a GSA | #JeitoGSAdeser
Especializada na fabricação de macarrão instantâneo, refrescos em pó, salgadinhos, mistura para sopão, pipoca para micro-ondas e misturas para bolo.
Fundada em 1984, a GSA é administrada por Sandro Marques Scodro. Neste período, a empresa cresceu e adquiriu novas marcas e produtos. A GSA é responsável pelos produtos das marcas Refreskant, Sandella, Velly, Produtos Paulista, Icebel, Yolle, Sanditos, SanChips e Dona Raiz.
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