Opinião

Da propaganda massiva à hiperpersonalização: como o e-commerce e o varejo brasileiro estão evoluindo?

Diante desse cenário promissor, como os varejistas brasileiros podem tirar proveito do crescimento acelerado do setor? A resposta está na adoção de uma estratégia omnichannel ou multicanal, que possibilite integrar todos os pontos de contato com o cliente, oferecendo uma experiência coesa e contínua, independentemente do canal utilizado.

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Eduardo Esparza é VP General Manager da Tenerity na Iberia e no Brasil. Foto: Divulgação

O comércio eletrônico, desde o seu surgimento na década de 1990, tem se caracterizado pela capacidade de constante reinvenção. A transformação contínua na forma de ofertar, vender e, principalmente, de se relacionar com os clientes tornou-se uma marca registrada desse setor. A atenção às mudanças de comportamento do mercado e a habilidade de antecipá-las são fatores decisivos para a sobrevivência e o sucesso das marcas, como já vimos em diversos casos de grandes varejistas que sucumbiram por não acompanhar as novas demandas.

Atualmente, presenciamos o fim das abordagens tradicionais, cujo objetivo era alcançar o maior número de pessoas possível, de forma generalista. Essas campanhas massivas, típicas do rádio e da TV, e posteriormente transferidas para a internet no início dos anos 2000, já não oferecem o retorno desejado. A lógica que focava no alcance em grande escala funcionava em um contexto mais limitado. Agora, o debate é outro.

O encerramento de operações de grandes redes nos últimos anos sinaliza o fim de uma era. Entramos, definitivamente, na era da hiperpersonalização, com estratégias baseadas em dados e métricas especificas, que impulsionam os principais indicadores de desempenho do mercado, como os KPIs (Key Performance Indicator) e OKRs (Objectives and Key Results). Para obter sucesso nesse cenário, é essencial conhecer detalhadamente o perfil do cliente de cada marca ou produto.

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Segundo o relatório da Confi Neotrust, divulgado pelo Fórum E-commerce Brasil, o e-commerce já representa quase 10% do faturamento total do varejo brasileiro, com picos que chegam a 15% durante a Black Friday. O primeiro semestre de 2024 registrou o melhor desempenho em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2022, alcançando R$ 153,7 bilhões em faturamento. Esse montante equivale à cerca de 75% do faturamento total previsto para o ano de 2024, estimado em R$ 204 bilhões pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Diante desse cenário promissor, como os varejistas brasileiros podem tirar proveito do crescimento acelerado do setor? A resposta está na adoção de uma estratégia omnichannel ou multicanal, que possibilite integrar todos os pontos de contato com o cliente, oferecendo uma experiência coesa e contínua, independentemente do canal utilizado.

À medida que 2024 se aproxima do fim, empresários e líderes do setor devem priorizar transformações necessárias para aprimorar a experiência do cliente e a sua presença no mundo digital. Um dos pontos essenciais é a incorporação de soluções de inteligência artificial (IA) no business intelligence (BI). A personalização preditiva – ou seja, a capacidade de compreender e antecipar as necessidades de cada consumidor com base em seu comportamento – está se tornando um fator decisivo na construção de uma vantagem competitiva.

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A partir do conhecimento desses dados sobre o cliente, uma estratégia eficaz é a implementação de programas de benefícios, que incentivam o consumidor a realizar novas compras. Quando combinados com incentivos como cashback, clubes privados de compras e recompensas exclusivas, esses programas podem aumentar o engajamento.

Já o retail media, formato de propaganda digital que tem sido considerada a terceira onda da publicidade na internet, oferece inúmeras possibilidades de personalização de anúncios. O uso inteligente de espaços em sites de varejistas, como páginas de finalização de compra, abre oportunidades para as empresas posicionarem seus produtos sem interferir na experiência de compra do consumidor.

Empresários do setor precisam, continuamente, questionar e avaliar quais inovações podem ser implementadas para aprimorar a experiência do cliente e criar oportunidades de negócios. A personalização e o uso de tecnologias baseadas no futuro do varejo irão contribuir para garantir uma participação bem-sucedida em um mercado cada vez mais competitivo.

Eduardo Esparza é VP General Manager da Tenerity na Iberia e no Brasil

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Síndrome do final do ano ou Dezembrite: Você também está sentindo?

Esta síndrome relacionada ao calendário do ano e que envolve as emoções, é o momento em que o peso de todas as metas não cumpridas aparece, o estresse aumenta com os compromissos de fim de ano. Além disso, o emocional fica “bagunçado”. Apesar de considerada como algo passageiro, se não diagnosticada e tratada corretamente, pode evoluir e se tornar um transtorno.

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Alessandra Augusto é psicóloga.

Chegamos no último mês do ano. Nessa época, é comum sentir uma mistura de cansaço, ansiedade e uma sensação de que nada foi feito ao longo do ano ou que muitas metas não foram atingidas. Nesse período, percebo com frequência pessoas com sentimento de tristeza, melancolia e frustração, levando até a casos de depressão e ansiedade. Esse fenômeno é conhecido como Síndrome do Final de Ano ou “Dezembrite”.

Enquanto para algumas pessoas o fim de ano é uma época feliz e com muitas confraternizações e presentes, para outros é visto com desânimo. Nesse momento do ano, muitos percebem que muitas metas não foram cumpridas e se sentem com o emocional confuso por este motivo. Esse sentimento pode ser algo passageiro, mas é preciso estar atento ao quanto pode estar prejudicando o indivíduo no seu dia a dia e na execução de tarefas.

Caso esse sentimento perdure, é necessário o acompanhamento com um profissional de saúde mental para que possa orientá-lo e diagnosticá-lo para que seja tratado de maneira correta, evitando assim que o sentimento vire um transtorno.

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Esta síndrome relacionada ao calendário do ano e que envolve as emoções, é o momento em que o peso de todas as metas não cumpridas aparece, o estresse aumenta com os compromissos de fim de ano. Além disso, o emocional fica “bagunçado”. Apesar de considerada como algo passageiro, se não diagnosticada e tratada corretamente, pode evoluir e se tornar um transtorno.

Alguns sintomas comuns da síndrome do final do ano são irritabilidade sem motivo aparente; sensação de culpa ou frustração; fadiga emocional e física; ansiedade para “dar conta” de tudo antes do ano acabar; insônia ou sono agitado, entre outros.

Caso esteja se sentindo assim, é hora de olhar para si e buscar ajuda. Olhe para dentro e cuide da sua saúde mental. Lembre-se que você não precisa enfrentar isso sozinho. A terapia é um espaço seguro para reorganizar os pensamentos, aliviar a pressão e entrar no novo ano mais leve.

Alessandra Augusto é Psicóloga, Palestrante, Pós-Graduada em Terapia Cognitiva Comportamental e em Neuropsicopedagogia, Mestranda em Psicologia Forense e Criminal. É a autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode ajudar?” do livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você”.

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