Déficit em transações correntes do Brasil atinge US$ 8,65 bilhões em janeiro, aponta Banco Central

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O Brasil registrou um déficit em transações correntes superior ao esperado em janeiro, enquanto os investimentos diretos no país ficaram ligeiramente abaixo das projeções, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira.

No primeiro mês do ano, o saldo negativo das transações correntes somou US$ 8,655 bilhões, elevando o déficit acumulado em 12 meses para 3,02% do Produto Interno Bruto (PIB). Analistas consultados pela Reuters projetavam um déficit menor, de US$ 8,3 bilhões, após um rombo de US$ 4,407 bilhões no mesmo período de 2024.

Os investimentos diretos no Brasil totalizaram US$ 6,501 bilhões em janeiro, ligeiramente abaixo da estimativa de US$ 6,55 bilhões apontada na pesquisa e consideravelmente inferiores aos US$ 9,080 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior.

A conta de renda primária apresentou um déficit de US$ 5,613 bilhões, uma melhora em relação aos US$ 6,697 bilhões de janeiro de 2024. Já a balança comercial registrou um superávit de US$ 1,223 bilhão, expressivamente menor que os US$ 5,563 bilhões contabilizados no primeiro mês do ano passado.

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Enquanto isso, a conta de serviços teve um déficit de US$ 4,552 bilhões em janeiro, acima dos US$ 3,531 bilhões registrados no mesmo período de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado do boi gordo mantém tendência de alta com demanda aquecida

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O mercado físico do boi gordo apresentou firmeza nos preços ao longo da última semana, refletindo o bom desempenho do escoamento da carne no atacado. Estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia registraram encurtamento das escalas de abate, o que favoreceu a valorização da arroba. A demanda consistente, tanto no mercado interno quanto no externo, tem sido o principal fator de sustentação dos preços.

As exportações seguem aquecidas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne bovina. O fluxo positivo dos embarques mantém o setor em uma posição estratégica, especialmente diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem gerar novas oportunidades para a carne brasileira. O cenário internacional reforça a competitividade do produto nacional, impulsionando a valorização da arroba no mercado interno.

No dia 13 de março, as cotações da arroba do boi gordo refletiram essa tendência de valorização. Em São Paulo, o valor manteve-se estável em R$ 310,00. Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, houve alta de 1,72%, com a arroba negociada a R$ 295,00. Em Minas Gerais, o mercado registrou queda de 3,91%, fixando o preço em R$ 295,00. Mato Grosso permaneceu com preços inalterados em R$ 300,00, enquanto em Rondônia a arroba seguiu estável em R$ 265,00.

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No mercado atacadista, a elevação nos preços reflete o desempenho positivo do consumo na primeira quinzena de março. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, apresentando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro registrou valorização de 2,72%, sendo negociado a R$ 18,50 o quilo. No entanto, a expectativa para a segunda quinzena do mês é de uma possível desaceleração no consumo, em razão da menor circulação de renda entre os consumidores.

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mantêm um ritmo expressivo de crescimento. Em março, nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques totalizaram US$ 295,515 milhões, com uma média diária de US$ 98,405 milhões. O volume exportado atingiu 60,545 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876,00 por tonelada. Na comparação com março do ano anterior, o valor médio diário das exportações cresceu 161,3%, enquanto a quantidade exportada avançou 142,7%.

A manutenção desse cenário dependerá de fatores como a continuidade da demanda externa aquecida e o comportamento do consumo doméstico. Além disso, desafios logísticos e tributários seguem impactando a cadeia produtiva, tornando essencial o planejamento estratégico do setor para garantir a competitividade do produto brasileiro no mercado global.

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Fonte: Pensar Agro

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