Dólar sobe para R$ 5,22 com indefinição sobre ICMS de energia

Em um dia marcado por dúvidas sobre a tributação das contas de luz, o dólar subiu, contrastando com o otimismo no mercado externo. Numa sessão volátil, a bolsa de valores iniciou o dia em forte queda, passou a subir, mas não sustentou a alta e fechou com leve baixa.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (11) vendido a R$ 5,221, com alta de R$ 0,025 (+0,47%). Influenciada por notícias internacionais, a cotação iniciou a manhã em queda, chegando a R$ 5,16 na mínima do dia, por volta das 9h45. A moeda, no entanto, reverteu o movimento e passou a subir no fim da manhã, até voltar a fechar acima de R$ 5,20.
A divisa acumula alta de 0,21% em agosto. Em 2021, a valorização chega a 0,62%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.056 pontos, com recuo de 0,12%. O indicador chegou a cair 1,11% por volta das 11h30. À tarde, recuperou-se e subia 0,44% por volta das 14h30. O índice, no entanto, perdeu força e voltou a ficar negativo perto do fim da sessão.
Fatores internos provocaram instabilidade no mercado hoje. Pela manhã, o dólar passou a subir após declarações do presidente Jair Bolsonaro de que o governo estuda uma medida para proibir a cobrança de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as bandeiras tarifárias de energia. O presidente deu a declaração durante a assinatura de medida provisória que autoriza a venda direta de etanol aos postos de combustíveis
As discussões em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios também afetaram o mercado. Além de poder resultar em novas despesas fora do teto de gastos, a proposta prevê mudanças na regra de ouro
O cenário interno ofuscou as notícias internacionais. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones (das empresas industriais) e S&P 500 (das 500 maiores empresas) fecharam em máximas históricas, após a divulgação de que a inflação ao consumidor norte-americano desacelerou de 0,9% em junho para 0,5% em julho. Inflação mais baixa aumenta as chances de o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) retirar os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19 apenas no fim de 2022.
* Com informações da Reuters
Edição: Aline Leal


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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