Em Goiás, 25% das cidades não têm renda para manter prefeitura

Publicados


A cada quatro municípios goianos, um não gera receita suficiente nem para manter o funcionamento da própria máquina pública, ou seja, dependem de transferências do Estado e do governo federal até mesmo para conseguir pagar o salário do prefeito, vereadores e respectivas estruturas administrativas.

Os dados são de pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Dos 248 municípios goianos, 62 não arrecadam o suficiente para manter a estrutura pública municipal, ou seja, 25,2% das cidades goianas. No Brasil, o problema atinge 1.872 cidades, ou seja, 33,6% dos 5.570 municípios existentes.

O desequilíbrio entre o volume de despesas e a geração de receita própria é mais crítico em municípios menores. Todas as cidades em Goiás que entram nessa estatística têm menos de 6 mil habitantes.

Em Moiporá, cidade com 1.684 habitantes, o que a prefeitura arrecada representa apenas 10,37% do necessário para custear a máquina. “Aqui praticamente a única fonte de emprego é a prefeitura. Temos de ser muito vigilantes com a receita que, infelizmente, só dá para pagar fornecedores e funcionários e isso graças aos recursos federais e estaduais. Para investimento em melhorias e manutenção não sobra nada ou quase nada”, diz o prefeito Wolnei Moreira (PSB).

Leia Também:  Informe de rendimentos para o IR deve ser entregue até 28 de fevereiro

Dados da Firjan, referentes ao ano de 2016, mostram que o município de Campos Verdes era o pior em Goiás na relação receita/despesa com máquina pública. Tudo que a prefeitura arrecadava em impostos representava apenas 7,85% do necessário para manter a estrutura pública da cidade.

Desde 2017, porém, a prefeitura do município de 3.360 habitantes passou a cobrar Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), em uma tentativa de melhorar a arrecadação. De acordo com o prefeito Haroldo Naves (MDB), porém, a situação ainda é crítica.

“Historicamente, o município não cobrava o IPTU, mas passamos a cobrar no ano passado, o que melhorou um pouco. Também temos incentivado o comércio local, mas não se pode aumentar a arrecadação de uma hora para outra”, disse. Segundo o prefeito, os resultados das ações são sentidos apenas a médio e longo prazo.

Na análise do presidente da Associação Goiana dos Municípios, Sérgio Paulo (PSDB), a situação das cidades menores é mais crítica. “As contrapartidas estaduais e federais são defasadas e os municípios menores sofrem mais. Grande parte dos prefeitos trabalha sempre com déficit. Hoje, quem consegue certo equilíbrio nas contas e pagar a folha em dia já está fazendo uma grande gestão”, disse.

Leia Também:  Índice Nacional de Custo da Construção sobe 0,64% em janeiro

O estudo sobre a falta de autonomia financeira de muitas cidades foi publicado em face da tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 137/15 que pode viabilizar a criação de 400 novos municípios no Brasil.

A matéria prevê plebiscito e estudos de viabilidade municipal para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, além de colocar regras de mínimo populacional para as novas cidades.

Para a Firjan, a o debate deveria ser direcionado apenas à incorporação e fusão das cidades já existentes. “Muitos municípios que já existem sequer se enquadrariam nos critérios do projeto. Os movimentos de emancipações criam uma máquina pública inchada, mas nem sempre significa bem estar para a população”, argumentou Nayara Freire, analista de estudos econômicos da federação.

Recursos

Da Redação com OP

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ECONOMIA

Indústria em Aparecida de Goiânia abre 50 vagas para auxiliar de produção

O salário inicial para Auxiliar de Produção é de R$ 1.553,20, acompanhado de diversos benefícios.

Publicados

em

GSA Alimentos, situada no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia. Foto: Divulgação

A GSA Alimentos, situada no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia, está disponibilizando 50 vagas para o cargo de Auxiliar de Produção, com opções para os três turnos: manhã, tarde e noite. Essas oportunidades representam uma excelente chance de inserção no mercado de trabalho, pois não requerem experiência anterior nem escolaridade mínima.

O salário inicial para Auxiliar de Produção é de R$ 1.553,20, acompanhado de diversos benefícios. A empresa oferece vale-transporte, refeição no local, plano de saúde totalmente subsidiado pela GSA, plano odontológico, programa habitacional, creche gratuita para filhos de colaboradores entre 6 meses e 6 anos, além do Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Os interessados devem encaminhar o currículo pelo WhatsApp (62) 9 9968-8871 ou pelo e-mail curriculo@grupogsa.com.br.

Sobre a GSA | #JeitoGSAdeser

Especializada na fabricação de macarrão instantâneo, refrescos em pó, salgadinhos, mistura para sopão, pipoca para micro-ondas e misturas para bolo.

Fundada em 1984, a GSA é administrada por Sandro Marques Scodro. Neste período, a empresa cresceu e adquiriu novas marcas e produtos. A GSA é responsável pelos produtos das marcas Refreskant, Sandella, Velly, Produtos Paulista, Icebel, Yolle, Sanditos, SanChips e Dona Raiz.

Leia Também:  Boletim Regional mostra acomodação da economia no quarto trimestre

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA