Em Goiás, família denuncia que jovem foi agredido por PMs na frente dos filhos e esposa

Os familiares denunciam que Marcos Antônio da Rocha Cesário Araújo, de 18 anos, foi agredido por dois policiais militares na frente da esposa e do filho de dois anos e uma recém-nascida de dois dias, dentro de casa, no Condomínio das Esmeraldas, em Goiânia. O fato, que teria acontecido na noite do último sábado (3), foi registrado na 20ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia e na Corregedoria da Polícia Militar.
Conforme Michele da Rocha Cesário Araújo, mãe de Marcos Antônio, o jovem havia alugado a casa há dois dias para morar com a esposa e os dois filhos pequenos. Ela diz que os policiais militares aguardaram Marcos Antônio chegar em casa, o algemaram, levaram até um quarto e começaram a bater com capacetes em sua cabeça. Ele está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
“Ele teve traumatismo craniano, fez cirurgia e estava usando um dreno para retirar os coágulos de sangue no cérebro. Ele não conversa, não fala nada. Os médicos falam em recuperação lenta, porque ele levou muitas pancadas na cabeça”, diz Andressa Araújo, irmã do jovem.
A assessoria da Polícia Militar de Goiás informou “que a Corregedoria já instaurou procedimento para apurar o fato denunciado e tomará todas as providências legais cabíveis para identificar os responsáveis” (veja nota na íntegra ao final da reportagem).
Segundo Andressa Araújo, os policiais não paravam de perguntar por um homem com o apelido de “gordinho”. A família do jovem acredita que os PMs procuravam pelo antigo morador da casa e agrediram o jovem por engano.
“Ele tinha alugado a casa há dois dias, estava arrumando as coisas da mudança ainda. A mulher dele tinha acabado de sair do hospital, depois de dar luz. Quando ele chegou em casa, os policiais já estavam esperando e começaram a bater nele perguntando cadê fulano”, afirma.
Andressa Araújo diz que os policiais só pararam de bater em Marco Antônio quando o filho dele de dois anos foi correndo até o pai, chorando sem parar.
“O menino agora está traumatizado. Fica olhando para o nada e começa a chamar pelo pai, chora o tempo todo”, conta.
Ainda segundo Andressa, os vizinhos ouviram os gritos da esposa do jovem e da criança. Ela afirma que alguns moradores do bairro também viram uma viatura da Polícia Militar parada em frente à residência de Marco Antônio.
Na terça-feira (6), a esposa de Marco Antônio da Rocha registrou uma reclamação na Corregedoria da Polícia Militar. No documento, ela afirma que os policiais estavam com seu celular durante a ação, impedindo que ela pedisse ajuda para o esposo. Ainda segundo a mulher, após Marco Antônio desmaiar, os policiais devolveram o celular e deixaram a casa sem prestar ajuda.
Nota da Polícia Militar
“A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar informa que a Corregedoria já instaurou procedimento para apurar o fato denunciado e tomará todas as providências legais cabíveis para identificar os responsáveis”.


CIDADES
Em Goiás, jogador de 14 anos morre após passar mal enquanto jogava bola com amigos
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família.

Um jogador de futebol identificado como Ezequiel Sena Neres, o Zequinha de 14 anos, morreu após passar mal enquanto jogava bola com amigos, em Goiânia. Ele treinava profissionalmente e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu, informou o pai do adolescente Dione Neres.
O caso aconteceu no último sábado (8), em um condomínio próximo da saída para Senador Canedo. Conforme Dione, o seu filho estava jogando com amigos da igreja que frequenta, quando passou mal. O pai contou que rapidamente levou o filho até um hospital pediátrico, onde foi atendido.
“Ele chegou bem fraco no hospital. Os médicos tentaram restabelecer ele, mas não conseguiram. Ele tinha todos os exames, sendo apto para a atividade”, acrescentou Dione.
Conforme informações da família, o atestado de óbito diz que a causa da morte deverá ser esclarecida por exames complementares.
Orgulho
Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família. “Menino de ouro. Craque. Inteligente”, elogiou o Dione.
“Meu garoto de ouro tinha sonho de ser empresário, queria ser bem-sucedido na vida. O desejo dele era já parar de jogar esse ano e focar em estudos. Queria ir morar sozinho cedo”, descreveu o pai.
O clube lamentou a morte do atleta nas redes sociais. “É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do nosso atleta Ezequiel (conhecido como Zequinha). Que Deus te receba com sua alegria. Nossos sentimentos a toda sua família, e pedimos que Deus os conforte nesse momento tão difícil. Família G2 em luto”, disse em nota.
O corpo de Ezequiel foi sepultado nesta segunda-feira (10), no Cemitério Parque de Goiânia.
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