Em Goiás, instituições de ensino particulares vão à Justiça por retorno das aulas

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As instituições de ensino privadas vão entrar na Justiça para conseguir a permissão de realizar atividades presenciais em Goiás. Proprietários de escolas não querem esperar os critérios da Saúde Estadual para o retorno (diminuição de média de mortes pela Covid-19 em 15% e ocupação de leitos críticos de coronavírus em 75%), que ainda não foram alcançados. Uma decisão liminar proferida pelo Poder Judiciário nesta terça-feira (22) que permitiu o retorno de oito creches e berçários deu força ao grupo. O próprio sindicato das escolas privadas de Goiânia entrará com ação judicial pela reabertura, caso os filiados deliberam em assembleia. A rede estadual só deve voltar obedecendo aos critérios da Saúde.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), Flávio Roberto de Castro, diz que há um movimento forte por parte de diretores de colégios privados de judicializar a definição da data de retorno das aulas presenciais. Ele relata que vários proprietários de todas as fases de ensino decidiram entrar com ação no Poder Judiciário e estão pressionando para que o sindicato também entre.

Conforme o representante da entidade, há uma insatisfação do setor com a permissão da retomada de outras atividades, como bares e comércios, e a falta de previsão para o retorno da Educação. As aulas presenciais em Goiás foram suspensas entre 15 e 18 de março.

“Se a escola manifestar que tem condições de voltar e a família tiver disponibilidade de voltar o aluno, por que não pode?”, questiona o presidente do Sepe. As condições de como voltar com as atividades presenciais estão definidas em um documento de 44 páginas intitulado “Protocolo de Biossegurança para Retorno das Atividades Presenciais nas Instituições de Ensino do Estado de Goiás”, publicado no início de setembro.

Representantes da Educação, entre eles Roberto de Castro, participaram da reunião online do Centro de Operações de Emergência (COE) estadual de combate à Covid-19, no dia 19 de agosto, que definiu o retorno das aulas após a diminuição na média de óbitos e ocupação hospitalar.

A redução da média de óbitos por Covid-19 até a penúltima semana, segundo formato do cálculo da Vigilância Epidemiológica de Goiás, foi de apenas 1,8%, sendo que o índice definido para o retorno das aulas foi de no mínimo 15%. O número pode variar um pouco com a notificação atrasada de óbitos. Já a ocupação de leitos de UTI de perfil Covid-19 estava em 84,42%, sendo que, para atender ao critério, deve ser de 75% durante 28 dias (4 semanas) seguidos.

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“Me estranha a posição (de reabertura). O sindicato participou conosco na decisão dos critérios e protocolos”, alega Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás. Ela diz que houve um consenso sobre quando e como retornar às aulas, com participação de membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, além de representantes do ensino público e privado.

“Tem cidades e Estados que virou uma verdadeira batalha judicial. O que a gente optou: trabalhar de forma consensuada, todos participaram destas discussões e foram aprovados os indicadores”, relata a superintendente. Segundo Flúvia, a possibilidade de retorno das aulas das instituições privadas não chegou a ser pauta do COE. Sobre os critérios de retorno, ela explica que isto já foi deliberado, mas que pode ser revisto se surgir alguma informação técnica nova sobre as escolas. “Até agora não temos isso”.

As prefeituras têm autonomia para fazer seu próprio decreto de retorno das aulas presenciais, mas até o momento, as instâncias municipais estão agindo em conjunto com o Estado neste quesito. A próxima reunião do COE está marcada para a tarde desta quarta-feira (23) e as pautas não haviam sido definidas até o fechamento desta edição.

 

Em entrevista

O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, explicou que a suspensão das aulas ajudava a diminuir internações pela Covid-19. “Há equilíbrio no sistema de saúde e não tem faltado assistência, mas é um equilíbrio com um platô alto. Por isso não dá para voltar aula presencial ainda, pois quebraria este equilíbrio e poderia ter desassistência e colapso do sistema privado e público”, enfatizou.

 

Seduc

A titular da Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc), Fátima Gavioli, diz que a rede pública estadual ainda não tem previsão para retomada das atividades de ensino, mas que respeita a rede privada se eles entenderem que estão prontos para a volta. 

“Em todos os Estados, a rede privada tem retornado antes que a pública e isso se deve ao número de alunos atendidos e a maior possibilidade de monitoramento. A rede pública tem 532 mil (estudantes em Goiás). Uma escola privada se organiza com menos alunos”, afirma a secretária. 

As aulas remotas da rede estadual estão previstas para encerrar em 18 de dezembro e o ano letivo deve ser retomado em 18 de janeiro. Segundo Fátima, o calendário deve continuar sem alteração, mesmo se houver o retorno das aulas presenciais. 
Em reunião do gabinete de crise da Seduc desta terça-feira (22) foi ventilada a possibilidade de que, quando houver a volta das atividades presenciais, o limite de estudantes por escola seja de 30%. O tema ainda está em discussão. 

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O retorno das aulas presenciais será gradativo. A secretária acredita que até o fim deste ano as escolas não devem funcionar com sua capacidade máxima, tanto na rede pública, como na privada. 

A volta às aulas na rede pública estadual deve seguir as deliberações tomadas pela Saúde. Reunião do COE definiu critérios de ocupação de leitos e óbitos para o retorno das atividades presenciais. Os critérios foram seguidos por nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Um grupo de trabalho, GT, formado por integrantes do COE está estudando quais as fases da Educação que devem voltar primeiro, quando o retorno ocorrer para uma futura deliberação. 

 

Divisão na categoria

Flávio Roberto de Castro, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino em Goiânia (Sepe), também é presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), órgão autônomo responsável por fiscalizar instituições de ensino, definir normas e sugerir melhorias. As duas entidades têm voto no COE estadual de combate ao coronavírus. 

Ao ser questionado sobre qual seria o voto de cada entidade em uma deliberação sobre o retorno antecipado das aulas presenciais de colégios privados, Roberto de Castro ponderou que o Sepe seria a favor, mas que pelo CEE-GO não poderia dizer, já que o conselho é colegiado, em que os membros têm poderes iguais. 

“Não posso responder sozinho. Está tudo muito dividido. Não há uma opinião unânime. Tem gente que acha que não precisa seguir protocolos, outros acham que precisa. Estou sofrendo muita pressão. É difícil dar opinião, mas há muita insatisfação, porque outros (setores) foram liberados. Ainda mais com a liminar de abertura dos berçários. Vários outros querem o direito”. Com OP

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PC participa de apresentação da redução dos índices criminais em Goiás

A apresentação foi conduzida pelo governador Ronaldo Caiado; acompanhado pelo vice-governador Daniel Vilela, pela primeira dama Gracinha Caiado, pelo secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, e demais chefes das forças de segurança pública.

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PC participa de apresentação da redução dos índices criminais em Goiás. Fotos: Divulgação

PC participa de apresentação da redução dos índices criminais em Goiá

A Polícia Civil (PC), representada pelo Delegado-Geral André Ganga, participou, na tarde desta segunda-feira (14), da apresentação da nova redução em todos os índices de criminalidade em Goiás, a partir de dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO). A queda chega a até 97,31%, no caso de roubo de carga, de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano de 2018. Os homicídios dolosos recuaram 56,07%, o roubo de veículos caiu 93,18% e o roubo a instituições financeiras teve queda de 100%, no período mencionado.
A PC apontou como as investigações criminais foram fundamentais para redução da estatística dos crimes no estado. No comparativo de janeiro a setembro de 2023 e neste mesmo período de 2024, houve um aumento de 13,18% no número de inquéritos policiais remetidos ao Judiciário com autoria; a quantidade de operações saltou, no mesmo período, para 43,57%; e o aumento do número prisões foi de 45,67%. A PCGO também aumentou em 37,2% a quantidade de carteiras de identidades emitidas no período mencionado.
A apresentação foi conduzida pelo governador Ronaldo Caiado; acompanhado pelo vice-governador Daniel Vilela, pela primeira dama Gracinha Caiado, pelo secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, e demais chefes das forças de segurança pública.

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