Agronegócio

Exportações de açúcar crescem 13,2% em setembro, apesar de adversidades

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Apesar das queimadas e prolongada estiagem que afetaram importantes regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil, o setor açucareiro segue registrando crescimento nas exportações. Em setembro, o Brasil exportou 2,79 milhões de toneladas de açúcar, gerando uma receita de R$ 6,77 bilhões. O volume diário de embarques teve um aumento de 13,2% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo uma média de 180,613 mil toneladas por dia.

Entretanto, o preço médio do açúcar no mercado internacional apresentou queda de 10,4%, passando de R$ 2.787,37 por tonelada em setembro de 2023 para R$ 2.497,98 neste ano. Essa redução reflete a volatilidade da commodity, com as cotações influenciadas tanto pelas condições climáticas adversas quanto pela demanda global e políticas de subsídios de outros países produtores.

Impactos – A estiagem prolongada e os incêndios têm impactado fortemente as lavouras de cana-de-açúcar, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), cerca de 263 mil hectares de cana foram queimados no estado de São Paulo até o final de setembro, o que representa milhões de toneladas de cana perdida. Minas Gerais também foi duramente afetado, com 61 mil hectares de cana queimados, comprometendo ainda mais a produção.

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Esses fatores climáticos, combinados com o aumento das exportações e a queda no preço médio, elevam as preocupações sobre o equilíbrio entre oferta e demanda, além de pressionar os custos de produção para os agricultores e usinas.

Apesar das adversidades, o setor tem aproveitado a forte demanda internacional para manter as exportações em alta. No entanto, os desafios logísticos seguem como um obstáculo. O Brasil, sendo um país continental, enfrenta dificuldades no escoamento da produção até os portos, elevando os custos e afetando a competitividade do açúcar brasileiro no mercado global.

Além disso, as tarifas protecionistas impostas por alguns países importadores exigem negociações bilaterais para garantir melhores condições de exportação, evitando que o açúcar brasileiro enfrente barreiras comerciais que dificultem a entrada em mercados estratégicos.

A volatilidade do mercado de açúcar exige que o setor continue a adotar estratégias para mitigar riscos, como o uso de hedge e contratos futuros. Embora o cenário atual seja desafiador, o Brasil, como maior produtor e exportador mundial de açúcar, ainda tem a oportunidade de fortalecer sua posição no mercado global, desde que supere os desafios climáticos, logísticos e comerciais.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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