Família doa acervo de pesquisador ao Museu de Astronomia

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A família do pesquisador brasileiro Eduardo Tadao Takahashi formalizou hoje (12) a doação de seu acervo pessoal ao Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), no Rio de Janeiro. Engenheiro da computação e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Takahashi é considerado uma figura central no processo de criação e montagem da internet brasileira.

Entre suas principais contribuições está a fundação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em 1989, entidade que organizou a infraestrutura nacional de rede de internet no âmbito acadêmico e ainda hoje reúne universidades, institutos educacionais e culturais, agências de pesquisa, hospitais de ensino, parques e polos tecnológicos.

Com a doação recebida hoje, o Mast passa a ser o responsável pela guarda, processamento técnico e acesso de pesquisadores ao acervo de Takahashi, que passará por um processo de organização antes de ser disponibilizado. O arquivo pessoal conta com 240 caixas, com conteúdo que equivale a cerca de 50 metros lineares de papel.

‘Pai da internet’

Morto em abril deste ano, Takahashi foi também o primeiro dirigente da RNP, período em que foi um dos líderes na coordenação de outras redes acadêmicas nacionais, que estabeleceram uma espinha dorsal para o que se tornaria a internet brasileira. Sua atuação também se deu em âmbito internacional, ajudando a moldar políticas públicas sobre iniciativas de tecnologia da informação e comunicação das Nações Unidas, Comissão Europeia e Fórum Econômico Mundial.

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Em 2017, o pesquisador foi o segundo brasileiro nomeado pela Internet Society para o Hall da Fama da Internet, depois do diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getshcko (2014).

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, participou da cerimônia de doação e disse que Takahashi é o “pai” da internet no Brasil.

Segundo Alvim, deve-se a Takahashi muito do que se tem hoje de internet, principalmente na área de educação, ciência e tecnologia. “Ele era um empreendedor, ele fazia acontecer”, disse o ministro. “Não tenho dúvida de que logo teremos uma exposição das contribuições do Tadao”, acrescentou.

O diretor do Mast, Marcio Rangel, também destacou que Tadao Takahashi foi fundamental para a criação das redes no país e disse que, com a doação, o museu reforça seu papel de instituição que reúne acervos pessoais de importantes cientistas brasileiros, somando já mais de 60, além de ter outros em negociação para serem doados.

“Aqueles que fizeram a história da física brasileira estão aqui com a gente. Nós temos acervo relevante de mulheres na ciência também. Então, são vários campos que essa casa, ao longo dos anos, ajuda a consolidar”, disse Rangel, que adiantou que o Mast também fará uma disponibilização digital do acervo.

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A diretora-presidente do Instituto Tadao Takahashi e irmã do cientista, Laura Takahashi, agradeceu à articulação para que o acervo fosse doado ao museu e disse que o instituto tem trabalhado para realizar um desejo do pesquisador de oferecer formação em tecnologia para jovens de comunidades carentes. 

“O instituto começou há alguns meses, mas todos esperamos que prospere e que seja de muita utilidade para pessoas que não tiveram e não têm  oportunidades nessa sociedade atual.”

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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GERAL

Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos

Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.

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Deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil). Foto: Divulgação

Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo  alimentos, sem restrições ou constrangimentos.

O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.

Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.

Diabetes

Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.

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São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.

Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.

Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.

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Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.

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