Governadores promoverão diálogo entre os três Poderes

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Os governadores que participaram hoje (23) da reunião do Fórum Nacional de Governadores atuarão diretamente na melhora da relação entre os chefes dos três Poderes. A decisão, segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi unânime entre os 25 governadores presentes no encontro.

Entre os temas debatidos na reunião desta segunda-feira está a necessidade de estabelecer harmonia entre os poderes; a reforma tributária e a governança climática.

Só não participaram da nona edição do fórum os governadores de Tocantins e do Amazonas, segundo o governador do Piauí, Wellington Dias. No entanto, segundo o governo do DF, todas unidades federativas vão pedir essa semana audiência presencial com os líderes do Executivo, Judiciário e Legislativo. Como a agenda de demandas varia em função de cada Poder, as reuniões serão feitas em separado, e os governadores entregarão para cada chefe de Poder uma carta.

“Nossa decisão é de ir além de uma carta. Apresentamos um caminho, onde 27 governadores de diferentes partidos se colocam à disposição não só para o diálogo, mas para, a partir do encontro, possamos tratar não só da necessidade de pacificação e serenidade, mas para criarmos um ambiente de segurança. O país, nessa situação, está fazendo investidores colocarem pé atrás, quando o que se precisa é gerar empregos. O Brasil não pode ficar nessa guerra entre autoridades”, disse Dias.

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A expectativa é de que as reuniões – em separado com os presidentes da República, Jair Bolsonaro; do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; do Senado, Rodrigo Pacheco; e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira – ocorra na próxima semana. “Queremos poder gastar as energias das autoridades com a pauta do povo brasileiro. Esse é o ponto principal”, disse o governador do Piauí.

Segundo Ibaneis, todos os governadores sabem que é necessário fortalecer os laços da democracia no Brasil. “O interesse manifestado por todos foi nesse sentido. Por isso vamos, a partir de hoje, encaminhar documentos cartas e ofícios aos presidentes dos três Poderes, para que nos reunamos na próxima semana para lidar com esse problema de instabilidade politica. Queremos levar essa fala dos 27 governadores”, disse.

Fundo Brasil Verde

Na reunião de hoje, os chefes dos estados sugeriram a criação de um “fundo público ambiental” chamado Brasil Verde, por meio do qual seriam captados recursos para ajudar nas ações em favor do meio ambiente. De acordo com Wellington Dias, foi aprovada também a criação de um consórcio das 27 unidades federativas que terá, como fim específico, a gestão de uma carteira de projetos, levando em conta todos os biomas do Brasil.

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“A ideia é buscar formas de investimentos em áreas com a de tratamento de resíduos sólidos, universalização de água, e cuidados com hidrovias e esgotamento. O objetivo é ter uma gestão capaz de trabalhar captação de recursos no estado, no Brasil e fora do Brasil, além do setor privado, para que possamos ter um plano efetivo para a mitigação dos efeitos climáticos”, disse.

Edição: Fábio Massalli

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POLÍTICA NACIONAL

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

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Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

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Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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