Opinião
Guerra, a diferença entre neutralidade e indiferença!
A posição do Estado brasileiro, dentro das Nações Unidas, foi a de preservar o respeito que temos pelo regimento interno daquela Organização que é a de respeito aos Estados membros.
A incauta imprensa brasileira criticou muito intensamente a posição do presidente brasileiro de, pessoalmente, se manter calado perante a complexa situação do confronto bélico que existe, hoje, entre a Rússia e a Ucrânia, sem vociferar opinião que confira razão a este ou àquele lado, dado que as razões que levaram a este momento são particulares deles sem que ninguém, fora desse espaço geográfico tenha qualquer tipo de autoridade para expressar o seu ponto de vista sem considerar a vista do ponto nesse momento de conflito entre esses dois Estados europeus!
Sua Excelência se absteve de emitir qualquer juízo de valor sobre o difícil momento de conflagração de guerra entre aquelas duas nações europeias, porém, em momento algum, se absteve de manifestar a sua solidariedade à população sofrida que não tem como intervir nas decisões políticas, sociais e governamentais entre essas duas nações e nesse momento, muitos deles se encontram em condições de refugiados, quase apátridas, sem terem para onde ir e estabelecer as suas vidas sociais.
A posição do Estado brasileiro, dentro das Nações Unidas, foi a de preservar o respeito que temos pelo regimento interno daquela Organização que é a de respeito aos Estados membros.
O Presidente brasileiro ao se manter calado, agiu de acordo com o citado na Constituição brasileira de 1988, em seu Artigo 4° em todos os seus princípios.
A posição, pessoal, tomada pelo mandatário nacional de se manter neutro não quis significar que o mesmo tenha agido de forma “indiferente” ao conflito. Muito pelo contrário, já enviou para a Ucrânia uma aeronave da Força Aérea Brasileira-FAB, carregada com onze toneladas em auxílio humanitário para os prejudicados pelo conflito.
As portas do Brasil estão abertas para todas as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade patriótica! Temos recebido pessoas de todas as nações dentre elas, como é do conhecimento de todos, venezuelanos, sírios, congoleses e agora ucranianos que não escondem as suas alegrias em se encontrarem em segurança social, jurídica e em paz, podendo andar pelas ruas com a certeza de que não lhes vai cair uma bomba em suas cabeças ou em suas moradas!
Como é bom poder proporcionar tranquilidade, paz e, em especial, perspectiva de vida a quem perdeu tudo em seus países. O Brasil não é um paraíso, mas estamos, seguramente, muito longe do inferno que querem fazer!
Cícero Carlos Maia é professor – artigosbsb@gmail.com
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ARTIGO
Tem arame na sua cerveja
O cultivo requer condições específicas, como clima temperado com verão ameno, inverno frio, conjugado com luz solar adequada, solo bem drenado e água de boa qualidade. Embora isso seja realidade no Sul do Brasil, o clima tropical predominante no país pode representar desafios.
Fique calmo! O título deste artigo não é um alerta ou um motivo de preocupação: sua saúde não está em risco, tampouco a qualidade da bebida. Muito pelo contrário. O uso de arames é fundamental para a plantação de lúpulo (Humulus lupulus), planta trepadeira, cujos cones florais são essenciais na produção de cerveja. Esses cones contêm resinas e óleos voláteis que contribuem para dar o famoso sabor amargo e aromático do líquido alcoólico, além de proporcionar estabilidade à espuma e ajudar sua conservação.
Como o lúpulo é uma trepadeira, isso significa que ela cresce verticalmente. Por isso, os arames são instalados em fileiras ao longo de toda a área de cultivo para fornecer suporte às plantas, conforme elas crescem. Os brotos se enrolam em torno dos arames, permitindo que as plantas alcancem alturas significativas. Mais do que isso, manter a planta afastada do chão reduz o risco de doenças e pragas, melhora a circulação de ar – favorecendo a prevenção de mofo e fungos, por exemplo – e facilita a colheita, seja esta manual ou mecânica.
A produção desse cultivo ainda é um território a ser explorado no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), em 2023, 88 toneladas foram colhidas no país. Isso representou crescimento de 203% em comparação à safra de 2022. Apesar do avanço, o volume produzido ainda é baixo. Afinal, bem mais de 3 mil toneladas são importadas por ano, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Para comparação, nos Estados Unidos, maiores produtores globais, a produção supera 50 mil toneladas ao ano.
O cultivo requer condições específicas, como clima temperado com verão ameno, inverno frio, conjugado com luz solar adequada, solo bem drenado e água de boa qualidade. Embora isso seja realidade no Sul do Brasil, o clima tropical predominante no país pode representar desafios. No entanto, com pesquisa científica, desenvolvimento de variedades adaptadas e técnicas de cultivo adequadas, pode-se perfeitamente explorar o potencial econômico-financeiro do lúpulo.
Um estudo conduzido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que os lúpulos desenvolvidos em solo nacional possuem qualidade equiparável aos importados. Nesse cenário, investir no cultivo de lúpulo tornou-se algo bastante atrativo e interessante. Contudo, é preciso estar atento às características específicas da trepadeira, que, assim como a uva, requer cuidados especiais. Para se desenvolver em qualidade e quantidade exige-se arames em seu cultivo, de forma a mitigar riscos, incluindo quedas da planta sofridas por ventanias ou ainda chuvas fortes. E, nesse sentido, voltamos ao título deste texto.
Para ter sucesso na plantação de lúpulo, dois tipos de arames são fundamentais. A interligação dos postes exige cordoalhas resistentes e duráveis. Esse tipo de produto, como Belgo Cordaço®, ajuda a reduzir o uso de madeira em 60% da área de cultivo. Já para a sustentação das trepadeiras, é preciso utilizar tecnologias com alta resistência à tração contra o desgaste causado por agentes corrosivos comumente utilizados no manejo agrícola. Para este caso, Belgo Frutifio® oferece três vezes mais zinco em sua composição, suportando até 500kgf de impacto. Com esses dois produtos, a parreira de lúpulo terá duração e resistência de acordo com as expectativas do produtor e da produtora.
A Belgo Arames, líder no mercado brasileiro de arames de aço, tem se dedicado a atender os produtores com soluções para ampliar o mercado de lúpulo, reduzindo a dependência externa e maximizando a oferta do ingrediente local na indústria de bebidas. Arames de qualidade também contribuem para a cerveja de qualidade. Um brinde!
Guilherme Vianna, doutor em medicina veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e gerente de negócios.
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