Inscrições para certificação de municípios na eliminação da transmissão vertical de infecções estão abertas

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O Ministério da Saúde divulgou o cronograma do processo de certificação para a eliminação da transmissão vertical de infecções em 2025. A transmissão vertical ocorre quando infecções passam da mãe para o bebê, durante a gestação, o parto ou a amamentação. Estados brasileiros têm até 10 de abril para informar quais municípios com 100 mil ou mais habitantes desejam solicitar a certificação ou os Selos de Boas Práticas na prevenção da transmissão vertical de HIV, HTLV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas. A iniciativa é coordenada pelo Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA)

Para solicitar a certificação, os municípios devem preencher o relatório de acordo com o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical e o Suplemento do Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis, Hepatite B e Doença de Chagas e encaminhar  para a Comissão Estadual de Validação (CEV). A CVE fará a análise da documentação e encaminhará ao ministério. De junho a setembro, a Equipe Nacional de Validação (ENV) fará visitas aos municípios solicitantes da certificação. 

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É necessário que os municípios elegíveis cumpram os critérios mínimos de avaliação, alcancem as metas de impacto e de processo para o tipo de certificação de interesse (eliminação, selo ouro, selo prata ou selo bronze) previstas no Guia, além de manterem suas bases de dados qualificadas, seguras e confiáveis, principalmente do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A pasta disponibiliza um Painel de Indicadores da Transmissão Vertical com dados nacionais, estaduais e municipais atualizados. 

Para a coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Pâmela Gaspar, os esforços brasileiros têm gerado resultados significativos: “A certificação fortalece as ações tripartite e visa fomentar, apoiar e reconhecer os esforços de estados e municípios para a eliminação da transmissão vertical. Ano a ano, temos mais estados e municípios aderindo ao processo e se certificando, e com isso o Brasil vem avançando cada vez mais no alcance das metas de eliminação”, afirma. 

Certificação subnacional

Iniciada em 2017, atualmente a certificação faz parte do Programa Brasil Saudável, que visa a eliminação de onze doenças e outras cinco infecções de transmissão vertical enquanto problemas de saúde pública no Brasil até 2030. O Ministério da Saúde já concedeu algum tipo de certificação para 151 municípios (todos com 100mil ou mais habitantes) e 7 estados. Como um mesmo local pode se certificar para mais de uma infecção ou doença, há 228 certificações vigentes até o momento, sendo elas: 139 para HIV, 71 para sífilis e 18 para hepatite B. O processo de certificação para a eliminação ou selo de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical de doença de Chagas está em fase piloto. Ainda este ano o HTLV será incluído no Guia de Certificação, com definição de metas de processo e de impacto para eliminação da transmissão vertical.  

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Os municípios podem solicitar a Certificação da Eliminação e/ou Selos de Boas Práticas (Ouro, Prata e Bronze) de acordo com as seguintes condições:

  • Certificação dupla e/ou tripla eliminação (HIV, sífilis e hepatite B);
  • Selo duplo e/ou triplo de boas práticas;
  • Certificação pela eliminação de um e/ou duas infecções e doenças e selo de boas práticas para outras infecções e doenças;
  • Certificação pela eliminação (ou selo de boas práticas) de apenas uma infecção ou doença. 

Swelen Botaro
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Ministro Alexandre Padilha recebe familiares de vítimas da Covid-19

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Nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu em seu gabinete representantes de associações e familiares de vítimas que entraram para as estatísticas de milhares de vidas perdidas durante a pandemia de Covid-19. “Resiliência é a palavra que utilizo para resumir este encontro hoje. O enfrentamento à Covid-19, seja dos trabalhadores ou das famílias, é uma prova enorme de resiliência. Resiliência do SUS, do povo brasileiro, da ciência”, afirmou o ministro, reforçando que articula a criação de um Grupo de Trabalho – coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – para propor um modelo de estrutura para que cada estado possa enfrentar melhor situações de surtos, epidemias, endemias e os impactos das mudanças climáticas. 

Há exatos cinco anos, o diretor da OMS, Tedros Adhanom, declarou que os países deveriam adotar uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto da pandemia. Na época, o Brasil não adotou os mecanismos sugeridos pela OMS, vindo o país a registrar mais de 700 mil óbitos. 

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Na reunião com o ministro Padilha, participaram a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), a Associação de Vítimas da Covid-19 (Avico); a Associação Vida e Justiça; o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); a Coalização Nacional Orfandade e Direitos; a Fiocruz; o Instituto Questão de Ciência; a atual presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano e o presidente do CNS durante a pandemia, Fernando Pigatto. “É importante que a gente tenha, no Brasil, uma política de estado mais estável”, defendeu a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão. 

O dia 11 de março é doloroso para Izabela Lopes Jamar, que perdeu a mãe para a Covid-19. “Quero justiça e que pessoas sejam responsabilizadas pelos crimes de saúde pública e pela divulgação de fake news que cometeram”, afirmou. 

Kátia Castilho perdeu a mãe e o pai por Covid-19. A mãe, segundo ela, foi vítima de uma empresa acusada de promover tratamentos para a doença sem eficácia comprovada. “Março e abril foram os meses que perdi meus pais. A gente precisa que o Ministério da Saúde olhe mais para nós. Não podemos ser esquecidos”, declarou. 

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A advogada Bruna Morato depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “O que me traz aqui são dois sentimentos: esperança e indignação. A minha resistência está relacionada à rede apoio a esses parentes e associações”, disse, solicitando ao Ministério da Saúde ampliação do apoio na assistência aos familiares das vítimas. 

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares da Covid-19, Paola Falceta, defendeu a criação de uma política de saúde mental com linha de cuidado para familiares órfãos como método de preparo para os sistemas de saúde em caso de novas pandemias. “Grande parte da população utiliza o SUS e, provavelmente, teremos outras pandemias. Quanto antes tivermos protocolos, melhor”, defendeu. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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