Agronegócio

Inteligência artificial impulsiona inovação e produtividade na cultura da cana-de-açúcar

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A cultura da cana-de-açúcar, presente no Brasil desde 1500, é um dos pilares do agronegócio nacional, consolidando o país como o maior produtor mundial. Com impacto significativo no Produto Interno Bruto (PIB), a cultura registrou, até 1º de janeiro da safra 2024/25, uma moagem de 613,6 milhões de toneladas na região Centro-Sul, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Neste cenário, a inteligência artificial (IA) tem se consolidado como uma ferramenta estratégica, possibilitando o monitoramento detalhado das lavouras e a identificação rápida de desafios como ervas daninhas, pragas e doenças.

No início de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que as condições climáticas adversas, como baixas precipitações e altas temperaturas, impactaram especialmente a região Centro-Sul, que responde por 91% da produção nacional. Além disso, queimadas em canaviais comprometeram o rendimento das plantações. Apesar desses desafios, a área colhida cresceu 4,3%, atingindo 8,7 milhões de hectares.

A produção de etanol também apresentou avanço de 3,43% em relação à safra anterior, enquanto as exportações de açúcar superaram 23,1 milhões de toneladas, um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ciclo anterior. Mesmo diante das adversidades, o Brasil deve consolidar sua liderança global no comércio de açúcar em 2025, impulsionado pelos preços favoráveis no mercado interno e externo, segundo projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP).

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Para a safra 2025/26, com início em abril, o Cepea prevê impactos persistentes das condições climáticas e dos incêndios de 2024, especialmente na região Centro-Sul. A moagem de cana deverá oscilar entre 581 milhões e 620 milhões de toneladas, volume inferior ao do ciclo anterior. Contudo, o setor deve se beneficiar de novos investimentos, incluindo a inauguração de unidades “greenfield” no Centro-Oeste, reforçando o protagonismo do Brasil na transição energética e na diversificação de produtos.

Outro fator de impacto para o setor é a nova legislação que poderá aumentar o percentual de etanol misturado à gasolina, de 27,5% para até 35%, caso a viabilidade técnica seja confirmada. A medida fortalece a importância estratégica do Brasil na produção de biocombustíveis.

Adoção de IA impulsiona avanços tecnológicos no setor

Apesar das adversidades enfrentadas em 2024, a queda na safra incentivou produtores a investirem em soluções tecnológicas para otimizar a produtividade. Com cinco anos de atuação no Brasil, a Taranis tem se destacado ao oferecer uma tecnologia específica para o monitoramento da cana-de-açúcar.

“Nosso foco está na pesquisa e desenvolvimento de equipamentos capazes de identificar espécies de plantas daninhas que afetam a produtividade, não só da cana-de-açúcar, mas também de outras culturas”, afirma Fábio Franco, gerente-geral da empresa.

A tecnologia da Taranis emprega câmeras de alta resolução acopladas a drones e aeronaves Cessna 172, capazes de mapear até 2.000 hectares por dia. Cada aeronave captura entre 2 e 8 amostras por hectare, identificando até 100 espécies de ervas daninhas, além de doenças e deficiências nutricionais.

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Os resultados são disponibilizados na plataforma da empresa em até 72 horas, enquanto uma análise mais aprofundada leva até 7 dias. A frota da Taranis tem capacidade para monitorar cerca de um milhão de hectares anualmente. “Nosso diferencial é oferecer um serviço completo ao produtor, que apenas precisa indicar a área a ser monitorada”, destaca Franco.

Diagnóstico de lavouras com precisão avançada

A identificação de ameaças nas lavouras ocorre por meio de um sistema de IA que analisa imagens de alta precisão, indicando as áreas afetadas, a natureza do problema e a porcentagem de impacto nas plantações. O sistema também detecta geadas, queimadas e outros eventos adversos.

A metodologia exclusiva da Taranis permite o armazenamento de histórico de informações, oferecendo uma visão ampla do desenvolvimento das lavouras ao longo do tempo. Dessa forma, os produtores conseguem monitorar a evolução das plantas daninhas, revisar práticas agrícolas e receber recomendações precisas sobre o uso de herbicidas e suas dosagens.

Atualmente, a empresa já identifica as principais ferrugens da cana-de-açúcar e está aprimorando sua tecnologia para reconhecer e quantificar doenças foliares, além de aprimorar a detecção de deficiências de fósforo e potássio. Com esses avanços, a inteligência artificial se consolida como uma ferramenta essencial para elevar a eficiência e a sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Mercado do boi gordo mantém tendência de alta com demanda aquecida

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O mercado físico do boi gordo apresentou firmeza nos preços ao longo da última semana, refletindo o bom desempenho do escoamento da carne no atacado. Estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia registraram encurtamento das escalas de abate, o que favoreceu a valorização da arroba. A demanda consistente, tanto no mercado interno quanto no externo, tem sido o principal fator de sustentação dos preços.

As exportações seguem aquecidas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne bovina. O fluxo positivo dos embarques mantém o setor em uma posição estratégica, especialmente diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem gerar novas oportunidades para a carne brasileira. O cenário internacional reforça a competitividade do produto nacional, impulsionando a valorização da arroba no mercado interno.

No dia 13 de março, as cotações da arroba do boi gordo refletiram essa tendência de valorização. Em São Paulo, o valor manteve-se estável em R$ 310,00. Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, houve alta de 1,72%, com a arroba negociada a R$ 295,00. Em Minas Gerais, o mercado registrou queda de 3,91%, fixando o preço em R$ 295,00. Mato Grosso permaneceu com preços inalterados em R$ 300,00, enquanto em Rondônia a arroba seguiu estável em R$ 265,00.

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No mercado atacadista, a elevação nos preços reflete o desempenho positivo do consumo na primeira quinzena de março. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, apresentando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro registrou valorização de 2,72%, sendo negociado a R$ 18,50 o quilo. No entanto, a expectativa para a segunda quinzena do mês é de uma possível desaceleração no consumo, em razão da menor circulação de renda entre os consumidores.

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mantêm um ritmo expressivo de crescimento. Em março, nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques totalizaram US$ 295,515 milhões, com uma média diária de US$ 98,405 milhões. O volume exportado atingiu 60,545 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876,00 por tonelada. Na comparação com março do ano anterior, o valor médio diário das exportações cresceu 161,3%, enquanto a quantidade exportada avançou 142,7%.

A manutenção desse cenário dependerá de fatores como a continuidade da demanda externa aquecida e o comportamento do consumo doméstico. Além disso, desafios logísticos e tributários seguem impactando a cadeia produtiva, tornando essencial o planejamento estratégico do setor para garantir a competitividade do produto brasileiro no mercado global.

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Fonte: Pensar Agro

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