Isan Rezende entrevista o dr. José de Arimatéia Barbosa

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No Podcast Pensar Agro desta semana, Isan Rezende entrevista o dr. José de Arimatéia Barbosa, vice-presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib) e tabelião do Cartório de Registro de Imóveis em Campo Novo dos Parecis (400 km da capital, Cuiabá).

Ele destaca a importância do cadastro territorial e do registro jurídico no Brasil e explica a diferença entre terras privadas, públicas e devolutas, destacando um grave problema: enquanto o governo impõe rigorosos requisitos para a regularização de terras privadas, há uma negligência significativa em relação às terras públicas da União, que muitas vezes permanecem sem registro e georreferenciamento. Essa situação de desorganização afeta diretamente a governança territorial e fomenta conflitos tanto no campo quanto nas áreas urbanas.

O vice-presidente do IRIB também mencionou uma medida provisória que obriga o governo federal a realizar o georreferenciamento e o registro jurídico de áreas de até quatro módulos. No entanto, essa obrigação não tem sido cumprida, o que agrava ainda mais os problemas de regularização fundiária no país.

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Para enfrentar essa lacuna, José de Arimatéia desenvolveu o projeto “Conheça o seu Município pelo Registro Cadastral” em Campo Novo dos Parecis/MT. A iniciativa resultou na criação de um banco de dados cartográfico detalhado, com áreas georreferenciadas e registradas, inclusive a reserva indígena dos Parecis. Esse projeto pode servir de modelo para uma base cadastral nacional, fornecendo dados essenciais para a formulação de políticas públicas.

A entrevista completa você clicando no link a seguir:

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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