Juíza determina a transferência de mais de 800 presos da CPP

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O governo do Estado tem seis meses para realizar a transferência ou remoção de presos da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia até que a unidade chegue ao limite máximo de 1.460 detentos. A quantidade estipulada é mais que o dobro da capacidade para a qual a unidade foi projetada, 710 presos na ala masculina. 

Atualmente, o número de presos mantidos no local chega a 2.300. A decisão foi proferida na última quarta-feira (21) pela juíza Telma Aparecida Alves, da 1ª Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios. Para o caso de descumprimento, ela determinou multa diária de R$ 30 mil até que o limite seja restabelecido.

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) declarou, por nota, que “vai adotar as medidas necessárias para cumprimento da determinação judicial”. Prazos, quantidade, perfil dos presos que devem ser transferidos ou os locais para onde devem ser encaminhados ainda não foram acertados. 

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“O planejamento estratégico para a situação está em desenvolvimento”. A DGAP também frisou que duas unidades foram inauguradas em 2018 – o Presídio Estadual de Formosa, no dia 9 de fevereiro, e o Presídio Estadual de Anápolis, no dia 16 do mesmo mês – e outras três devem ser inauguradas até o fim do ano. 

 

Determinação

A determinação da juíza teve como base um pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). No documento, ela lembra que inúmeras rebeliões e mortes provocadas pelo conflito entre organizações criminosas que disputam o poder entre si ocorreram nos últimos anos. Essa situação ainda é agravada, diz ela, pela “dificuldade de remoção de presos entre unidades prisionais do Estado pela negativa dos Juízes de recebê-los nas Comarcas, também superlotadas”.

A juíza cita como exemplo a rebelião do dia 1º de janeiro deste ano na Colônia Agroindustrial, onde ficam os presos do regime semiaberto. Na ocasião, nove presos morreram e 14 ficaram feridos. De acordo com a juíza, o fato “chocou pela brutalidade e violência, com atos medievais de decapitação de presos, tudo filmado pelos próprios agressores e divulgado na rede”.

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Superlotação

Conforme Telma, “agora a situação se volta para a superlotação e falta de infraestrutura da Casa de Prisão Provisória”. Ela destaca que a unidade foi projetada para acolher aproximadamente 700 presos, mas hoje chega a quase 2.500 detentos em regime provisório. Os dados da DGAP apontam 2.300 presos atualmente na unidade.

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Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais

Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.

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Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais. Foto: Gláucio Dettmar/CNJ

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em uma ação conjunta com a Vigilância Sanitária Municipal de Rio Verde, realizou, na última sexta-feira (28), uma inspeção surpresa na empresa Soluções Serviços, responsável pelo fornecimento de alimentação para os presos das unidades prisionais de Jataí, Rio Verde, Quirinópolis, Acreúna e Santa Helena de Goiás. A ação foi em decorrência do recebimento de diversas reclamações sobre a qualidade das refeições fornecidas.

De acordo com o promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti, titular da 12ª Promotoria de Rio Verde, durante a inspeção os fiscais da Vigilância Sanitária identificaram diversas irregularidades no local, o que levou à lavratura de um auto de infração. Na ocasião, foram constatados diversos problemas estruturais, de limpeza, na qualificação da equipe e na organização dos fluxos operacionais da empresa, tendo as inconformidades documentadas através meio de registros fotográficos.

O promotor esclareceu também, que em decorrência da gravidade dos problemas encontrados, os proprietários da empresa serão intimados a adotar providências imediatas para sanar as irregularidades encontradas e caso as exigências não sejam cumpridas, há risco de interdição do estabelecimento, que se encontra com alvará sanitário vencido.

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A Vigilância Sanitária está dando prosseguimento ao auto de infração e novas visitas surpresa serão realizadas para fiscalizar o cumprimento das determinações.

Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.

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