La Niña pode impactar safras na América do Sul em 2025

As condições climáticas continuam exercendo forte influência sobre a produção de grãos na América do Sul. De acordo com Luiz Fernando Roque, Coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, o retorno do La Niña em 2025, mesmo que com intensidade moderada, pode trazer desafios para as safras de soja e milho, afetando a produtividade e o mercado global.
“A atuação do La Niña reduz a umidade na Argentina, Uruguai, Sul do Brasil e Paraguai, ao mesmo tempo em que favorece chuvas no Centro-Norte brasileiro. Esse padrão climático impacta diretamente a produção agrícola nessas regiões”, explica Roque.
Em anos anteriores, o fenômeno já provocou prejuízos expressivos. “Na safra 2021/22, as perdas na produção de soja brasileira foram significativas, com impacto severo no Rio Grande do Sul e Paraná, onde até 50% do potencial produtivo foi comprometido. Já em 2022/23, mesmo com a persistência do La Niña, o Brasil colheu um volume recorde, enquanto a Argentina sofreu perdas consideráveis”, destaca o especialista.
Efeitos do La Niña: calor intenso e chuvas irregulares
Para 2025, a expectativa é de um La Niña menos severo, mas ainda com riscos para a agricultura. “A baixa umidade e as altas temperaturas podem afetar as lavouras, especialmente no Sul do Brasil e na Argentina. Já o excesso de chuvas, por enquanto, não representa uma ameaça relevante, mas pode causar desafios logísticos na colheita”, analisa Roque.
Mercado climático e oscilações nos preços das commodities
A influência do clima entre setembro e março impacta diretamente as cotações das commodities agrícolas. “O chamado ‘mercado climático sul-americano’ pode gerar volatilidade nos contratos futuros em Chicago. No ciclo 2021/22, por exemplo, a quebra da safra na América do Sul elevou os preços da soja a níveis recordes”, observa o coordenador da Hedgepoint.
Para a safra atual, a expectativa é de uma produção de soja superior à do ano anterior. “O Brasil deve colher um novo recorde, o que pode compensar eventuais perdas na Argentina e minimizar impactos no mercado global. No entanto, oscilações especulativas ainda podem ocorrer ao longo da temporada”, avalia Roque.
Já para o milho, o desempenho da segunda safra brasileira será determinante para a formação de preços. “A maior parte do plantio ocorrerá no fim do La Niña e no início de um padrão climático neutro. Caso ocorram perdas produtivas relevantes, podemos ver movimentações especulativas nos contratos futuros”, conclui o especialista.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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