Mais de 2,2 milhões de eleitores vão às urnas no DF

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O Distrito Federal conta com 2.203.045 eleitores aptos a votar nas 6.748 urnas eletrônicas distribuídas por 610 locais, entre escolas e faculdades da capital do país.

O total de eleitores que participarão do pleito de 2022 é 5,7% maior do que o eleitorado habilitado em 2018, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF). Deste total, 1.192.539 são mulheres e 1.013.057, homens.

A faixa etária que agrega o maior número de eleitores é a que vai dos 36 aos 45 anos. São 503.920 pessoas, o que corresponde a 23% do total. Já a faixa etária com menos eleitores é a dos jovens de 18 anos, com 32.437 eleitores (1,47% do eleitorado total).

Entre os 187.420 eleitores (8,5% do total) que não são obrigados a votar, 37.620 são menores, com idade entre 16 e 17 anos; e 149.800 têm mais de 70 anos. Os números, referentes ao mês de junho, foram divulgados no início de setembro pelo TRE.

Com relação à escolaridade, a maioria tem ensino médio completo (667.851), seguido dos que possuem nível superior completo (508.196). O total de inscritos como analfabetos é de 17.620 eleitores; e 72.284 declararam saber apenas ler e escrever.

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A exemplo da eleição anterior, o maior colégio eleitoral do DF continua sendo o de Águas Claras, que tem 160.658 eleitores; e a cidade com maior número de eleitores (368.423) é Ceilândia, onde há três zonas eleitorais. A 11ª Zona Eleitoral – que compreende Cruzeiro Novo e Velho, Octogonal, Sudoeste, Setor de Indústrias Gráficas, Setor Militar Urbano e o Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte – é a que tem o menor número de eleitores: 74.595.

Mobilização

Diante dos números, o TRE-DF teve que se preparar para lidar com o alto número de votantes da capital federal, uma mobilização que envolve a entrega de diversos kits usados durante o processo eleitoral em 610 locais diferentes de votação, bem como a preparação de equipes.

Segundo o presidente do tribunal, desembargador Roberval Belinati, foram entregues, nesses locais, “kits com material de expediente, impressos e materiais de limpeza para uso, máscaras e álcool, conforme protocolo definido pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral], e mesas e cadeiras como forma de guarnecer os locais com o material adequado”. Foram também distribuídos 1.622 coletes de identificação.

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O desembargador acrescentou que, na sexta-feira (30), foram entregues outros kits contendo formulários e documentos que serão usados para o registro das eleições. Segundo o TRE, esses novos kits acompanham as 6.748 urnas eletrônicas, que foram distribuídas nos locais de votação até as 17 horas de sexta-feira, pelos 41 caminhões contratados para fazer o transporte das urnas.

Presidentes de seções e mesários

Na manhã de sábado (1º de outubro), os mesários presidentes das seções eleitorais compareceram aos locais de votação para preparar as salas para as eleições; e hoje (2) 34 mil mesários chegaram aos locais de votação.

Belinati garante que o planejamento feito pela Justiça Eleitoral para as eleições “está rigorosamente em dia”, e que a expectativa é de que o pleito eleitoral “transcorra em clima de absoluta segurança e paz”.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Política Nacional

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POLÍTICA NACIONAL

Exposição alerta sobre feminicídio e homenageia vítimas de violência

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O Senado recebe até a sexta-feira (14) a exposição Sapatos Vermelhos — os passos que elas deixaram de dar, uma instalação artística que denuncia o feminicídio e dá visibilidade à luta contra a violência de gênero. São 120 pares de sapatos vermelhos de cerâmica, cada um simbolizando uma mulher vítima de feminicídio. Os sapatos, de diferentes formatos e tamanhos, trazem os nomes e idades das mulheres lembradas. A exposição está no espaço Senado Galeria, no Anexo 1.

A instalação é organizada pela Associação Arte de Vênus, de Santana de Parnaíba (SP), que produziu todas as peças. Ela veio para Brasília a convite da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), que a visitou em São Paulo durante diálogos sobre a Lei do Feminicídio (Lei 13.104, de 2015).

— Geralmente, o que falamos sobre o assunto é de nós para nós mesmas. Trazer a exposição para dentro do Senado é importante para que todos que passam por aqui ou pela Câmara [dos Deputados] vejam e sintam o impacto. Estamos aqui presentes mas, infelizmente, para falar de ausências — afirmou Buzetti durante a abertura da exposição, na terça-feira (11).

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que chefia a Procuradoria Especial da Mulher (Promul), destacou a importância da aprovação de leis que não apenas punam os agressores, mas que também possam prevenir a violência contra as mulheres. A senadora também defendeu o empoderamento feminino através da independência econômica.

— É no orçamento que deve haver recursos para educação pública de qualidade em tempo integral, para que nossas crianças aprendam sobre a Lei Maria da Penha. Não é possível mais nos calarmos sabendo que mulheres estão sendo assassinadas apenas pelo fato de serem mulheres. Precisamos empoderá-las com emprego decente. Somos uma bancada de 16 senadoras e sobre este assunto nós não divergimos, nós unimos forças — enfatizou.

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A líder da Bancada Feminina do Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF), lembrou em seu discurso que no domingo (9) o Brasil completou dez anos da Lei do Feminicídio, mas o aumento dos crimes cometidos contra as mulheres desde 2015 é “assustador” — foram 111% feminicídios a mais. Ela exaltou os avanços “significativos” alcançados pela Bancada Feminina do Senado e também pontuou a união entre as parlamentares.

Dados

De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil e, de cada dez brasileiras, três já foram sofreram algum tipo de violência doméstica.

Marcio Tancredi, diretor-executivo de Gestão do Senado, participou da cerimônia de abertura da exposição representando a diretora-geral, Ilana Trombka. Em seu discurso, ele reforçou o compromisso da Casa na luta pela equidade.

— Em 2024, o Brasil registrou 1.467 casos de feminicídio, o maior desde a tipificação deste crime em 2015, representando 3,85% do total de homicídios no país. Diante deste cenário, o Senado reafirma o compromisso com a proteção e os direitos das mulheres. A nossa ação institucional está pautada na ação da nossa Bancada Feminina, na Procuradoria Especial da Mulher e no Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, que este ano completa dez anos.

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O secretário-geral da Mesa, Danilo Aguiar, também participou da cerimônia  e afirmou que o Senado “não pode se calar” diante da realidade que atinge diariamente tantas mulheres.

— Esta exposição traz uma mensagem poderosa para dentro do Parlamento. Desejo que cada um de nós, ao observar estes sapatos, possa se comprometer e ser um agente de transformação. Precisamos honrar a memória das mulheres vítimas e garantir um futuro em que nenhuma mulher precise temer por sua vida.

A cerimônia de abertura da exposição também contou com a presença da primeira-secretária do Senado, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB); das senadoras Augusta Brito (PT-CE) e Dra. Eudócia (PL-AL); do senador Marcos Rogério (PL-RO); da vice-presidente do Tribunal Regional da 1ª Região (TRF1), Gilda Sigmaringa Seixas; e da presidente da Associação Arte de Vênus, Soraia Vieira.

Exposição

A Associação Arte de Vênus é um projeto social sem fins lucrativos que conta com oficinas de cerâmica e objetos de decoração produzidos por mulheres. Os sapatos da exposição, por exemplo, são todos feitos manualmente para representar vítimas de feminicídio. A mostra foi organizada com o apoio do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça (Coprig), da liderança da Bancada Feminina e do Senado Federal.

Sapatos Vermelhos — os passos que elas deixaram de dar
De 11 a 14 de março, na Senado Galeria

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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