Menina de 11 anos grávida recebe alta após ficar na UTI com suspeita de H1N1

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O Hospital Estadual Materno Infantil (HMI) informou que deu alta no último domingo (22) à garota de 11 anos que está grávida e foi internada por suspeita de H1N1. A menina foi recebida na unidade de saúde no dia 14, com febre alta e falta de ar, e chegou a ser levada para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). De acordo com o hospital, ela foi liberada após equipe multiprofissional “verificar que a paciente apresentava boas condições clínicas”.

A menina deu entrada no hospital com 28 semanas de gestação. O pai do bebê é namorado dela e tem 17 anos. A Polícia Civil informou que já concluiu o inquérito, que corre em segredo de Justiça, e que acompanha o caso.

O HMI informou que o exame para a confirmação ou descarte da suspeita de Influenza foi realizado em Ceres, cidade onde a paciente recebeu os primeiros cuidados e de onde foi encaminhada.O resultado, portanto, será repassado à família pelo município.

O pai da garota de 11 anos afirmou que sempre foi contra o relacionamento, justamente pela idade da filha, e revela que ainda não sabe como proceder em relação ao assunto. “Uma criança com outra criança, né. O que eu vou fazer?”, desabafou.

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A família vive em Goianésia, na região central de Goiás. O pai disse que não autorizou o namoro, mas alega que não teve como impedir a relação dos dois, apesar da pouca idade.

“Quando ele falou para mim que ia namorar minha filha, [eu disse] mas ela é menininha, novinha demais. Não deixei, mas aí eu não posso ficar junto direto, nem no colégio buscando”, afirmou.

Ao saber da gestação, o pai procurou o Conselho Tutelar, que acionou a Polícia Civil. A investigação estava a cargo da delegada Poliana Bergamo, que já concluiu o procedimento e o encaminhou ao Ministério Público.

Segundo ela, o adolescente afirmou, em depoimento, que o os dois já namoram há um ano e que ele não sabia que manter relações sexuais com menores de 14 anos é considerado crime, mesmo quando há o consentimento.

“Mesmo se ela namora, mantém um relacionamento consentido ou se já teve experiência sexuais anteriores, é irrelevante o consentimento dela. Há uma presunção absoluta de violência nesses casos”, pontua.

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Por isso, ele pode cumprir medida socioeducativa por ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável. Se for condenado, o prazo máximo de internação é de 3 anos.

O Ministério Público de Goiás informou que está acompanhando o caso e já se manifestou junto ao Poder Judiciário. Porém, todas as informações estão em segredo de Justiça.

O juiz da Infância e Juventude de Goianésia, André Reis Lacerda, explicou que é preciso conscientizar os menores não só sobre os riscos de uma gravidez com idade tão baixa, mas também sobre o período após o nascimento do bebê.

“Às vezes a gente tem que considerar que eles sabem o que está sendo feito. A diferença é que eles não sabem das consequências disso. Por isso a lei presume essa vulnerabilidade e a gente tem que agir para proteger o máximo possível essas crianças e adolescentes”, destaca.

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SAÚDE

“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

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No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha. 

Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro. 

A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita. 

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A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali. 

Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar. 

“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP). 

A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou. 

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O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou. 

Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou. 

Edjalma Borges
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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