Morte de Cristiano Araújo e da namorada chocou o país há 1 ano
Era madrugada de uma quarta-feira quando a notícia do acidente de carro envolvendo o cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, comoveu fãs de todo o país. A namorada do músico, Allana Moraes, de 19, morreu na hora. No início da manhã do dia 24 de junho de 2015, veio a confirmação de que um dos mais carismáticos ídolos sertanejos também tinha morrido.
A morte do jovem casal ganhou repercussão nacional e até mesmo na Europa, onde Cristiano Araújo começava a trilhar sua carreira internacional. Um ano depois da tragédia, o cantor continua com fã-clubes ativos e tem a admiração de muitos artistas. O pai do sertanejo, João Reis de Araújo, afirma que o número de pessoas que declaram amor ao filho dele ajuda a família a seguir em frente:
“Isto tem um significado importantíssimo, nunca deixaram de amar o Cristiano e nunca vão deixar de amar. Não tem nada que pague isto, é a melhor coisa que poderia acontecer. Eles que dão força para gente continuar na caminhada e é como eu sempre falo, o Cristiano está sempre junto com a gente, não deixou de estar o tempo todo do nosso lado”, afirmou João Reis.
O acidente ocorreu na BR-153, em Morrinhos, quando o sertanejo voltava para Goiânia após um show em Itumbiara, no sul do estado. Além do casal, também estavam no veículo o motorista, Ronaldo Miranda, e o empresário Victor Leonardo. Os dois últimos ficaram feridos, mas deixaram o hospital dias depois.
Victor Leonardo conta que, antes do acidente, o clima no carro era de alegria. “A gente estava escutando as músicas, pois planejávamos a gravação de um DVD. Ele [Cristiano] estava super tranquilo, beijava a Allana toda hora. Eles estavam super apaixonados e, de repente, não vi mais nada. Sumiu tudo e não o vi mais depois”, recorda emocionado.
Cristiano Araújo estava no auge de sua carreira. Ele deixou dois filhos, João Gabriel e Bernardo. Segundo o pai do cantor, os netos que o filho lhe deu são uma forma dele continuar vivo, além da música. “São presentes, a gente olha pra eles e vê o Cristiano”, afirma.
Fãs
A paixão dos fãs pelo artista é tão grande, que levou uma recepcionista Eliane Brandão a deixar o emprego em Brasília e se mudar para Goiânia só para poder visitar o túmulo do ídolo todos os dias. Ela faz parte dos milhares admiradores que Cristiano Araújo deixou no país e no mundo.
“Para mim ele era único, um jeito, um carisma, tudo muito especial. Eu não tenho palavras pra descrever o amor que sinto por ele, é algo além da vida”, afirma a fã.
Durante a missa de 1 ano da morte do músico, a mãe dele, Zenaide Melo, declarou que o apoio dos fãs a ajuda a suportar a ausência do filho. “O carinho dos fãs faz uma corrente forte, se não fosse isso eu nem sei como estaria. A dor não passa, é como se fosse hoje a perda do meu filho, mas as mensagens me fortalecem, me sinto mais aliviada”, disse.
São muitas as histórias de pessoas que viram em Cristiano Araújo carisma e talento. A empresária Gerusa Carvalho, de 39 anos, disse que já era fã do cantor pelas músicas dele, mas que, após a morte dele, descobriu os detalhes da vida pessoal dele que ela não conhecia e ficou ‘fascinada’.
“Eu já era fã pelo talento dele, mas posso dizer que virei fã mesmo, de ter ele como ídolo depois que ele morreu, que a gente viu que a vida dele era tão linda, tão bonita, quanto a história da carreira dele. Um menino simples, cativante e talentoso que vai ter pra sempre a minha admiração”, contou Gerusa.
Ela e a amiga de fã-clube, a dona de casa Cida Silva, viajaram para Goiânia só para participar das homenagens e visitar o túmulo do cantor um ano após sua morte. Gerusa que é de Fortaleza, e Cida, de São Paulo, disseram que estar no lugar onde Cristiano morava as fazem se sentir mais próximas do ídolo.
“Para mim ele nunca vai morrer. Estar aqui, no lugar onde ele nasceu e viveu, é uma energia que não tem tamanho. Eu sinto ele sempre perto da gente e para sempre vou mobilizar mais e mais fãs para que a história dele não tenha fim. Aliás, todo mundo que conhece a música e a história dele viram fãs”, afirmou Cida.
Acidente
Segundo o Corpo de Bombeiros, o sertanejo voltava de um show em Itumbiara, no sul do estado, por volta das 3h30, quando o veículo em que ele estava, um Range Rover, saiu da pista e capotou.
O cantor chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal de Morrinhos. Depois, foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel até a capital, Goiânia. Em seguida, foi de helicóptero até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu.
Na parte da frente do carro, estavam um dos empresários do cantor, Vitor Leonardo, e o motorista Ronaldo Miranda. Segundo os bombeiros, eles sofreram ferimentos leves e também foram encaminhados a um hospital na capital.
O motorista foi indiciado pela Policia Civil e, em seguida, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por duplo homicídio culposo. O processo segue em andamento na Comarca de Morrinhos, na região central de Goiás.
O delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, disse na época do indiciamento que o motorista foi negligente e imprudente. “Houve o crime de trânsito, ele agiu com negligência no momento que transitou com as rodas não originais, com danos, e imprudente por dirigir em excesso de velocidade”, disse.
Para o delegado, a soma de vários fatores levaram à morte do casal, como a troca das rodas do veículo, um Range Rover Sport 2015. “O conjunto excesso de velocidade, danos da roda e a falta do uso de cinto segurança foram determinantes para o resultado trágico”, destacou Jacomelis.
Cultura
Abertas inscrições para Conferência Goiás de Preservação Audiovisual
Evento é gratuito e será realizado em setembro, na Vila Cultural Cora Coralina, com a participação de cineastas e pesquisadores convidados de Goiás, Distrito Federal, Ceará e Rio de Janeiro.
A 1ª Conferência Goiás de Preservação Audiovisual será realizada na Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), nos dias 11 e 12 de setembro, na Sala Multimídias João Bennio – com capacidade para 50 pessoas. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas já podem ser feitas pelo link https://abre.go.gov.br/eeb5bd0.
Com o objetivo principal de debater a importância da preservação de filmes e obras em vídeo que fazem parte do patrimônio cultural do estado de Goiás, o projeto conta com apoio financeiro da Lei Federal Paulo Gustavo, operacionalizada pelo Governo de Goiás, via Secult Goiás, e pelo município de Goiânia.
Serão dois dias de programação, nos quais o público terá acesso a filmes dos anos 2000 que passaram pelo processo de digitalização, como “Watáu”, de Débora Torres; “Espreita”, de Eládio Garcia; “Anjo Alecrim”, de Viviane Louise; e o “O Filme que nunca existiu”, de Sérgio Valério.
Além destas obras e seus diretores, também foram convidados profissionais, estudiosos e técnicos em preservação audiovisual de vários estados brasileiros, que falarão sobre preservação do patrimônio audiovisual nacional, incluindo os diversos suportes de preservação e a necessidade e possibilidade de formação de profissionais habilitados para este trabalho. Realizadores, produtores, diretores, docentes e pesquisadores também estarão presentes, para compartilhar conhecimentos e experiências sobre o tema.
As mesas e debates tratarão conteúdos tanto no plano teórico quanto no plano técnico. Um dos organizadores da conferência e integrante da Comissão Científica do evento, Lucas dos Reis comenta que a expectativa é que nesta 1ª edição, se inicie debate em torno da temática que dá nome à iniciativa e que seja promovida a preservação dos documentos e da memória goiana. “A preservação audiovisual é fundamental para conservar a memória e a cultura de um estado. Para pensar a produção fílmica do estado de Goiás e compreender melhor os modos de vida que deram origem ao que somos hoje, manter os filmes circulando é fundamental. Dessa maneira, surge a Conferência Goiás de Preservação Audiovisual”, reforça.
Uma parte da Conferência também será reservada para uma reunião da Rede Universitária de Acervos Audiovisuais – RUAAv, um espaço de troca e discussão sobre preservação audiovisual no âmbito das universidades, particularmente dos cursos de cinema, artes e comunicação.
Palestrantes de GO, DF, CE e RJ
Os palestrantes são profissionais e estudiosos como:
Pedro Augusto Diniz, cineasta documentarista, professor de cinema do IFG e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás;
Lucius Fabius Ben Jah Jacob Gomes, historiador que em seu doutorado pesquisa a história urbana e cotidiana da periferia de Goiânia;
Joice Scavone, doutora em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora na Universidade de Fortaleza, que já foi consultora do Brazilian Film and Video Preservation Project;
Fábio Vellozo, que é pesquisador, documentarista e preservador audiovisual, formado em Engenharia Química pela UFRJ, e ex-Coordenador de Pesquisa e Documentação da Cinemateca do MAM-RJ;
Rafael de Luna Freire, professor e coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da UFF;
Pablo Gonçalo, professor da UnB e autor de livros sobre a história dos roteiros no cinema.
Comissão organizadora
Geórgia Cynara, além de jornalista, Geórgia é pós-doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). A professora e pesquisadora integra o Conselho Deliberativo (2023-2025) da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), tendo sido uma das coordenadoras (2020-2022) do Seminário Temático Estilo e Som no Audiovisual da mesma entidade;
Lucas dos Reis Tiago Pereira é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense e graduado em Cinema – Licenciatura pela mesma instituição. Atualmente é membro do coletivo Aeroplano de educação audiovisual. Foi tutor do curso de Cinema – Licenciatura entre 2019-2021 e professor de História do Cinema Brasileiro no COART/UERJ, além de ter atuado como professor na Escola SESC de Ensino Médio nas disciplinas de Cineclube e Produção Fílmica;
Heloísa Esser dos Reis é arquivista graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestra em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). Diretora da Arquiviva – Gestão, Cultura e Arquivo, consultora para arquivos públicos e privados. Presidenta da Associação de Arquivologia do Estado de Goiás. Participa do FNArq e do FEDPCB;
Zenia Souza e Silva, acadêmica de Arquivologia pela Uniasselvi. Atua como primeira secretária na Associação de Arquivologia de Goiás e colabora com o Arquivo Lésbico Brasileiro.
Serviço:
Conferência Goiás de Preservação Audiovisual
Data: Quarta e quinta-feira (11 e 12/09/2024)
Horários:
11/09 – das 18h30 às 22h
12/09 – das 8h30 às 19h
Local: Vila Cultural Cora Coralina – Auditório João Bennio (Rua 23 c/ Rua 03, Quadra 67, Setor Central)
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