MPF recorre ao TRF1 para disponibilidade de medicamentos para tratamento precoce da Covid-19, em Goiás

O Ministério Público Federal (MPF) impetrou, perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), um agravo de instrumento com o objetivo de reformar uma decisão da Justiça Federal (JF) de Goiânia.
A ideia por trás da ação é que o Tribunal determine à União, ao Estado de Goiás e ao Município de Goiânia que garantam aos pacientes da Covid-19 tratamento ambulatorial precoce, mediante disponibilização de medicamentos — inclusive cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e adjuvantes.
Vale lembrar que em 1º de julho, o MPF ajuizou uma ação civil pública com pedido de antecipação de tutela de urgência para que os entes envolvidos disponibilizassem esses medicamentos. No entanto, ao apreciar a ação, a Justiça Federal indeferiu o pedido liminar.
Diante da decisão, o MPF ingressou com um recurso com o objetivo de que os entes cumprissem a orientação expedida pelo Ministério da Saúde — especialmente no que diz respeito à disponibilização dos fármacos.
Conforme o MPF, o tratamento farmacológico precoce da infecção causada pela Covid-19 é uma estratégia sanitária de vital importância para a preservação do maior número possível de vidas.
“Devem-se utilizar todas as possibilidades farmacológicas, com o objetivo de oferecer o tratamento precoce para mitigar o agravamento da doença e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde, enquanto não existe tratamento especificamente desenvolvido”, defende.
Para o procurador da República Ailton Benedito, autor do Agravo de Instrumento, todas as alternativas farmacológicas seguras que apresentem resultados satisfatórios no combate à Covid-19 devem ser consideradas pelas autoridades sanitárias.
As orientações do Ministério da Saúde, órgão central da estratégia de enfrentamento nacional à pandemia, possuem fundamento em diversas pesquisas e estudos publicados. Enfrentar as doenças causadas pela covid-19 utilizando um único pilar de atenção à saúde, o terciário, por meio de aquisição de respiradores mecânicos e construção de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que são voltados para procedimentos de média e alta complexidade, não é coerente com o Sistema Único de Saúde (SUS), entende o procurador.
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JUDICIÁRIO
Após ação do MP, Vigilância Sanitária autua empresa responsável por alimentar presos em unidades prisionais
Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em uma ação conjunta com a Vigilância Sanitária Municipal de Rio Verde, realizou, na última sexta-feira (28), uma inspeção surpresa na empresa Soluções Serviços, responsável pelo fornecimento de alimentação para os presos das unidades prisionais de Jataí, Rio Verde, Quirinópolis, Acreúna e Santa Helena de Goiás. A ação foi em decorrência do recebimento de diversas reclamações sobre a qualidade das refeições fornecidas.
De acordo com o promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti, titular da 12ª Promotoria de Rio Verde, durante a inspeção os fiscais da Vigilância Sanitária identificaram diversas irregularidades no local, o que levou à lavratura de um auto de infração. Na ocasião, foram constatados diversos problemas estruturais, de limpeza, na qualificação da equipe e na organização dos fluxos operacionais da empresa, tendo as inconformidades documentadas através meio de registros fotográficos.
O promotor esclareceu também, que em decorrência da gravidade dos problemas encontrados, os proprietários da empresa serão intimados a adotar providências imediatas para sanar as irregularidades encontradas e caso as exigências não sejam cumpridas, há risco de interdição do estabelecimento, que se encontra com alvará sanitário vencido.
A Vigilância Sanitária está dando prosseguimento ao auto de infração e novas visitas surpresa serão realizadas para fiscalizar o cumprimento das determinações.
Através de nota, o MP-GO reforçou seu compromisso com a segurança alimentar e a garantia de condições dignas para os internos das unidades prisionais, adotando todas as medidas necessárias para a resolução das irregularidades identificadas.
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