Opinião

Namoro entre funcionários pode levar à demissão?

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É cada vez mais comum empregados da mesma empresa se relacionarem já que passamos cada vez mais tempo no trabalho, sem grandes oportunidades de conhecer pessoas fora desse círculo social.

Algumas empresas proíbem expressamente o relacionamento entre empregados, acarretando em demissões, algumas vezes por justa causa, mas a Justiça do Trabalho vem construindo entendimento jurisprudencial de que a demissão não pode ser fundamentada unicamente nesse motivo e, até o momento, não há legislação específica sobre o tema.

A Constituição Federal, no artigo 5º, que versa sobre os direitos fundamentais, prevê que a intimidade, a honra e a vida privada são invioláveis, razão pela qual não cabe ao empregador interferir na vida privada dos empregados, quando não há implicações no ambiente de trabalho

Diante disso, não é adequado inserir no código de conduta a proibição de namoros entre funcionários, contudo é possível prever regras de convivência para evitar brigas, beijos, abraços ou condutas constrangedoras no ambiente de trabalho e, caso haja excessos, pode-se prever sanções administrativas como advertência ou suspensão.

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Cabe ressaltar que embora a proibição da dispensa em razão do relacionamento entre colegas possa ser caracterizada como discriminatória, caso haja demonstração de afeto exagerado por parte do casal, não impede a aplicação de justa causa por incontinência de conduta, por exemplo.

Em algumas companhias, proíbe-se apenas o relacionamento quando é situação de hierarquia, por exemplo, gerente e seu subordinado(a), já a imparcialidade pode ser fator determinante numa situação de promoção ou necessidade de aplicação de punição, ou ainda evitar que haja assédio moral ou sexual.

De todo modo, o objetivo da empresa em disciplinar as relações no ambiente de trabalho é manter a produtividade dos empregados, além de garantir a qualidade na prestação de serviços e um ambiente de trabalho saudável a todos, já que demonstrações amorosas impróprias podem constranger e incomodar os demais colegas.

Se de um lado a empresa pode ter o dever de indenizar o empregado por dano moral caso haja dispensa discriminatória em virtude de relacionamento entre funcionários, cabe ao empregado manter o profissionalismo, a ética e a discrição, preservando o trabalho e separando-o da vida privada.

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Em suma, não seria proibido que a política interna da empresa exigisse que os empregados declarem que estão em um relacionamento com outro colega, desde que tal declaração não seja usada como motivo de demissão, cabendo sempre o bom senso e a transparência nas relações.

Por fim, é possível conciliar amor e carreira, desde que todos os envolvidos ajam com razoabilidade, proporcionalidade, boa-fé e empatia, necessários para o bem estar de qualquer relação.

Milena Messias é advogada

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ARTIGO

Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados

De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.

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Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão.

Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.

E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.

Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.

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De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.

Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.

Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.

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A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.

Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão

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