Opinião

O dessalinizador do MIT

Os pesquisadores estimam que, se o sistema for ampliado até o tamanho de uma pequena mala, ele poderá produzir cerca de 4 a 6 litros de água potável por hora e durar vários anos antes de exigir peças de reposição. Nessa escala e desempenho, o sistema pode produzir água potável a um preço mais barato do que a água da torneira.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade Jiao Tong de Xangai, na China, divulgaram um projeto mais eficiente de dessalinização que recebe água salgada como do mar e que utiliza a luz solar como fonte de energia. Um artigo sobre o projeto tecnológico foi publicado na revista Joule.

O dispositivo criado permite que a água circule em redemoinhos de forma semelhante à circulação termoalina, que é a circulação das águas dos oceanos do nosso planeta que é movida pelas diferenças de densidade entre as massas de água no oceano e que ocorrem em função de pequenas variações na temperatura ou na salinidade (halina) da água.

Esta circulação, combinada com o calor do sol, leva a água a evaporar, deixando o sal para trás. O vapor de água resultante pode então ser condensado e coletado como água pura e potável. Enquanto o sal restante continua a circular através e para fora do dispositivo, em vez de acumular e causar entupimento do dispositivo.

O novo sistema tem uma taxa de produção de água mais alta e uma taxa de rejeição de sal maior do que todos os outros sistemas passivos de dessalinização solar que estão sendo testados atualmente.

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Os pesquisadores estimam que, se o sistema for ampliado até o tamanho de uma pequena mala, ele poderá produzir cerca de 4 a 6 litros de água potável por hora e durar vários anos antes de exigir peças de reposição. Nessa escala e desempenho, o sistema pode produzir água potável a um preço mais barato do que a água da torneira.

O primeiro equipamento que a equipe produziu dessalinava em estágios, sendo que cada estágio continha um evaporador e um condensador que usava calor do sol para separar passivamente o sal da água que entrava. Esse projeto, que a equipe testou no telhado de um prédio do MIT, converteu eficientemente a energia do sol para evaporar a água, que foi então condensada em água potável. Mas o sal que sobrou rapidamente se acumulou como cristais que obstruíram o sistema depois de alguns dias.

Então, eles criaram uma solução com camadas semelhantes, desta vez com um recurso adicional que ajudou a circular a água de entrada, bem como qualquer sobra de sal. Embora esse projeto tenha impedido que o sal se instalasse e se acumulasse no dispositivo, ele dessalinou a uma taxa relativamente baixa.

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Na última tentativa, a equipe chegou a um projeto que atinge uma alta taxa de produção de água e alta rejeição de sal, o que significa que o sistema pode produzir água potável de forma rápida e confiável por um período prolongado sem manutenção. Combinou seus dois conceitos anteriores: um sistema de evaporadores e condensadores em vários estágios, que também é configurado para aumentar a circulação de água e sal dentro de cada estágio.

A equipe prevê que um dispositivo um pouco maior poderia produzir passivamente água potável suficiente para atender às necessidades diárias de uma pequena família. O sistema também pode atender as comunidades costeiras fora da rede de água, onde a água do mar é facilmente acessível.

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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ARTIGO

Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados

De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.

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Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão.

Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.

E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.

Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.

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De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.

Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.

Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.

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A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.

Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão

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