Opinião
O inconveniente lucro das estatais!
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social-BNDES, também vem apresentando lucros financeiros astronômicos quando ele nasceu para promover o Desenvolvimento Econômico e Social do país. Portanto, não deveria estar no mercado como um banco de fomento econômico comercial particular que tem no lucro financeiro o seu objetivo maior. O sucesso dos seus resultados vem, naturalmente da cobrança de altos juros de quem precisa se valer desses recursos que estão disponíveis para a promoção do nosso Desenvolvimento.
No Brasil temos várias circunstancias, vindas de Instituições do Governo Federal que existem para estruturar melhores condições de vida para a nossa população e que publicam lucros financeiros exorbitantes como se elas existissem para cumprir esta finalidade.
Este é o caso do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobrás que existem para prestar serviços às comunidades do país, cujo lucro não deveria ser financeiro, mas sim dar um lucro Social e Bem-estar à população.
Vamos ver cada caso a começar pela nossa grandiosa Petrobras que, recentemente, divulgou um lucro financeiro da ordem de Biliões de reais como se ela existisse para buscar ampliar gananciosamente os seus ativos pecuniários e com isso fazer parte de um tipo de riqueza em nível dos países do Oriente Médio que vivem para explorar o mundo pelas condições de serem os proprietários do Petróleo do planeta. Sabemos que o segmento do Petróleo faz parte de uma Organização que determina as regras de funcionamento do comercio internacional do Petróleo e que se chama Organização dos Países Exportadores de Petróleo-OPEP e que se comporta como se fosse cega, surda e muda ou seja não vê, não ouve e não se pronuncia perante as carências das necessidades do mundo não se importando com a dependência que o Desenvolvimento Econômico de todos os países, sejam ricos ou pobres, têm deste produto mas os preços continuam os mesmos para o mundo todo. Mesmo com essas considerações a Petrobrás precisa manter o preço do litro da gasolina nos níveis em que temos hoje? Com os preços praticados nesse nível os lucros não poderiam ser outros. O tamanho do lucro indica quantas pessoas deixam de consumir o produto.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social-BNDES, também vem apresentando lucros financeiros astronômicos quando ele nasceu para promover o Desenvolvimento Econômico e Social do país. Portanto, não deveria estar no mercado como um banco de fomento econômico comercial particular que tem no lucro financeiro o seu objetivo maior. O sucesso dos seus resultados vem, naturalmente da cobrança de altos juros de quem precisa se valer desses recursos que estão disponíveis para a promoção do nosso Desenvolvimento.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal apresentam também resultados financeiros, simplesmente, pecaminosos vindo dos altos juros que os clientes são obrigados a pagar.
Cícero Carlos Maia é professor
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ARTIGO
PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.
A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.
A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.
A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.
Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.
André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).
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