Opinião

Os inimigos da Teoria da Evolução

Entre os brasileiros, 12% dos estudantes declararam não seguir nenhuma religião, 56% de católicos, 21% pentecostais, 10% evangélicos missionários (6% de batistas e 2% de adventistas do sétimo dia. O número de cristãos ortodoxos, luteranos e anglicanos totalizou menos de 1%.

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Foi publicado um interessante estudo que mostra que não é a religião que é contra a Teoria da Evolução. O estudo “Acceptance of evolution by high school students: Is religion the key factor?” foi liderado pela pesquisadora Graciela da Silva Oliveira e publicado no Plus One de setembro.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no Brasil, e da Universidade de Trento, na Itália e procurou avaliar a influência na compreensão e aceitação da Teoria da Evolução por alunos do ensino médio, de 14 a 16 anos, brasileiros e italianos, de diversos fatores sociais e culturais como religião, nacionalidade, percepções de ciência e renda familiar. O estudo envolveu 5.500 estudantes.

Os cientistas avaliaram as respostas às afirmações: 1) A formação do nosso planeta ocorreu há cerca de 4,5 bilhões de anos; 2) Fósseis são evidências de seres vivos que viveram no passado; 3) As espécies atuais de animais e plantas originaram-se de outras espécies do passado; 4) A evolução ocorre tanto em plantas quanto em animais; 5) Os humanos são descendentes de outras espécies de primatas; 6) A espécie humana habitou o planeta Terra nos últimos 100.000 anos; 7) Diferentes organismos podem ter um ancestral comum; e 8) Os primeiros humanos foram presas de dinossauros carnívoros.

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Entre os brasileiros, 12% dos estudantes declararam não seguir nenhuma religião, 56% de católicos, 21% pentecostais, 10% evangélicos missionários (6% de batistas e 2% de adventistas do sétimo dia. O número de cristãos ortodoxos, luteranos e anglicanos totalizou menos de 1%.

Entre os italianos, 67% dos alunos eram católicos e 22% não seguem nenhuma religião ou filosofia transcendentem 3% eram outros cristãos e 3,5% de outras religiões. Portanto, o número total de católicos em nossa amostra dos dois países foi muito alto, chegando a mais de 3.000 casos válidos.

Entre os católicos romanos, “humanos descendem de outras espécies” teve alta aceitação (84,7%) e baixa rejeição (5,9%) entre os italianos, enquanto no Brasil, a aceitação foi de 48,5% e rejeição de 21,5%, mais próximos das outras denominações cristãs.

A compreensão do tempo geológico também foi muito diferente entre católicos italianos e brasileiros, que é pior e no mesmo nível das denominações cristãs no Brasil. Os católicos italianos tiveram maior aceitação e maior compreensão da evolução do que os brasileiros. Outras pesquisas já haviam mostrado que universitários brasileiros católicos e evangélicos tinham baixos níveis de conhecimento sobre a evolução. Em outras palavras, precisamos de melhores professores de Ciência na escola pública e particular.

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Não custa lembrar que a (1) Igreja Católica não é criacionista e permite aceitar a Teoria da Evolução desde 1950 quando o Papa Pio XII escreveu a Encíclica Humani Generis, para combater as falsas ideias que ameaçavam a Igreja; (2) o Evolucionismo só ganhou força quando foram descobertos os estudos com as ervilhas do frade Gregory Mendel; (3) a Teoria do Big Bang foi formulada por um padre católico e ganhador de um Nobel, Georges Lemaitre.

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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ARTIGO

O caminhão do futuro

A indústria global de mineração opera cerca de 28.000 caminhões de mineração de grande porte. Veja-se a Volvo, membro fundador da FMC, fechou um acordo com a Holcim para o maior pedido comercial de caminhões pesados elétricos a bateria. Até 2030, a Holcim, maior fornecedora mundial de soluções de construção, colocará para trabalhar 1.000 caminhões de emissão zero da Volvo em suas operações, para substituir os movidos a diesel da mesma marca.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

As mudanças climáticas impõem à humanidade uma mudança radical, acabar com o uso de combustíveis fósseis urgentemente. Um dos grandes consumidores desse combustível é o transporte feito por caminhões de médio e grande porte, cerca de 1,8 gigatoneladas de emissões de CO2 por ano, e a demanda por transporte de caminhões deve mais que dobrar até 2050.

Atualmente, há mais de 300 modelos de caminhões elétricos a bateria e a célula de combustível disponíveis no mercado e muitos mais são esperados nos próximos anos. No entanto, a implantação desses veículos não é suficiente para conter o aquecimento global de 1,5°C. Na União Europeia, apenas 0,6% dos caminhões vendidos hoje são elétricos, contra 96,6% a diesel.

Hoje, o consumo global de combustíveis fósseis é de 81% do total, o mesmo percentual de 30 anos atrás. E os maiores países consumidores, como EUA, China, Índia e Rússia, não estão se preparando para a transição necessária. Os 10 países que mais se preparam respondem por apenas 2,6% das emissões anuais globais.

A Coalizão dos Primeiros a Agir (First Movers Coalition, FMC), com mais de 90 empresas e um valor total de mercado de mais de US$ 8,5 trilhões em cinco continentes, formam agora a coalizão para fortalecer o mercado de tecnologias de carbono zero tornando-os comercialmente viáveis em mercados globais. Trabalham para agregar as principais indústrias de sete setores difíceis de reduzir emissões: Alumínio, Aço, Aviação, Cimento e Concreto, Transporte Marítimo, Transporte Rodoviário e Remoção de Dióxido de Carbono.

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Os membros da FMC assinaram um compromisso para garantir que 100% de suas compras ou contratos de novos caminhões de médio porte e 30% dos pesados sejam de emissão zero até 2030. Se os atuais 15 membros cumprirem esse compromisso de transporte, espera-se que eles reduzam 0,6 milhão de toneladas de emissões de CO2 por ano até 2030. Além disso, esses compromissos e ações ajudarão a ampliar e comercializar as tecnologias que serão essenciais para descarbonizar o setor de transporte de caminhões como um todo.

A indústria global de mineração opera cerca de 28.000 caminhões de mineração de grande porte. Veja-se a Volvo, membro fundador da FMC, fechou um acordo com a Holcim para o maior pedido comercial de caminhões pesados elétricos a bateria. Até 2030, a Holcim, maior fornecedora mundial de soluções de construção, colocará para trabalhar 1.000 caminhões de emissão zero da Volvo em suas operações, para substituir os movidos a diesel da mesma marca.

Da mesma forma, a Volvo está trabalhando com a Heidelberg Materials para descarbonizar a construção com uma mistura de caminhões elétricos e soluções de construção e serviços de produtividade. Até 2030, a Volvo pretende ter 50% de suas vendas de caminhões elétricas.

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A PepsiCo Beverages North America investiu em uma frota de Tesla Semis em Sacramento para uma mistura de entrega e viagens de até 520 milhas, e também instalou quatro carregadores Tesla de 750 kW em sua instalação em Sacramento para apoiar as operações. E quando veremos as indústrias brasileiras tendo iniciativas semelhantes?

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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