PC crê que advogado mandou matar colega de profissão por rixas e disputa de clientes em Aruanã

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A Polícia Civil (PC) repassou, nesta quinta-feira (27), detalhes sobre a investigação que levou à prisão do advogado Adelúcio Lima Melo, suspeito de matar o também advogado Hans Brasiel da Silva Chaves, 31, em Aruanã. A polícia apontou que os dois tinham uma rixa antiga, motivada principalmente pela disputa de clientes na cidade.

As investigações apontaram ainda que a desavença entre eles já havia culminado em uma tentativa de homicídio contra a vítima ainda em 2018. O investigado foi indiciado à época, mas nega ter ordenado a execução do colega de profissão.

“Existem informações nos autos que dão conta que vítima e mandante seriam, supostamente, advogados inimigos na comarca. Depoimentos dão conta de rixas passadas, intrigas e desavenças, […] dentre outras possibilidades que envolvem a vida pessoal de ambos”, disse o delegado Rilmo Braga, coordenador da força-tarefa criada para apurar o caso.

O advogado de Adelúcio, Rogério Silva, disse que só vai se pronunciar sobre o caso após falar com seu cliente.

Hans foi assassinado a tiros dentro de seu escritório no último dia 6. No dia seguinte, um homem foi preso e um menor apreendido, ambos suspeitos do crime. Segundo Braga, o maior disse que receberia R$ 7 mil para executar a vítima e chamou o menor para participar do crime.

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Após investigações, a PC conseguiu localizar e realizar a prisão de Anderlúcio nesta quarta-feira (26).

 

A força-tarefa

Cinco delegados e 17 agentes atuaram na investigação. Braga afirmou que o inquérito tem provas robustas contra o suspeito. Uma delas relacionada a uma moto usada pela dupla no crime.

“A moto usada no crime foi apreendida e periciada. Temos elementos que vinculam essa moto usada pelos executores ao mandante, que foi visto com ela dias antes”, afirma.

 

Tentativa de homicídio

A rixa antiga entre eles, relatada pela polícia, já foi escancarada em agosto de 2018, quando Hans já tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio. Segundo a polícia, Adelúcio também ordenou esse crime.

“Existe um inquérito policial em que o atual preso foi indiciado por tentativa de homicídio contra a vítima no ano passado. Inquérito que já foi concluído com autoria definida e indiciamento”.

A esposa de Hans, Luara Adelino de Almeida Brasiel, que está grávida do advogado, se lembra dessa situação. Ela afirmou que dois dias antes, o marido foi intimidado por Adelúcio. 

Luara Adelino de Almeida Brasiel, esposa de Hans, que foi assassinado em Aruanã — Foto: Sílvio Túlio/G1

“Eles discutiram é o Adelúcio falou: ‘ou você se afasta da advocacia criminal em Aruanã, ou vai ter uma tragédia’. Antes da chegada do Hans na cidade, ele pegava todos os casos”, afirmou.

Indignada com a morte de Hans, Luara pede por justiça e lamenta a morte do marido. A mulher disse que eles realizariam o sonho de ter filhos. Segundo ela, há um ano o casal tentava engravidar e ela só descobriu que estava gestante após o assassinato da vítima.

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“Foi uma notícia feliz, porque a gente queria ter filho, mas também triste, porque meu filho não vai poder conhecer o pai”, disse, emocionada.

 

OAB pode suspender preso

Conforme Edemundo Dias, presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Adelúcio pode ter suspenso ou extinto seu direito de advogar devido às acusações.

“Está em processo e, provavelmente, esse advogado vai ter sua carteira suspensa até o desfecho desse caso. Se condenado, com certeza perderá. A OAB tinha conhecimento dessas divergências. Não se poderia supor que isso traria um desfecho dessa forma”, destaca.

Ele afirmou que Adelúcio já tinha sido denunciado à OAB por Hans devido à tentativa de homicídio e que, durante sua vida profissional, foram detectadas várias “controvérsias”.

“Informações dão conta que o suposto acusado tem um tipo de atuação que ele queria monopolizar o exercício da atividade criminal, inclusive em relação à clientes. O Hans, novo e voluntarista, começou a provocar desconforto e, segundo informações, esse advogado chegasse ao cúmulo de promover essa execução”.

Advogado Adelúcio, suspeito de mandar matar o também advogado Hans — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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Grávida é morta com um tiro pelo namorado; Suspeito é preso em Barro Alto

Conforme a PM-GO, ao chegar na propriedade rural, o dono confirmou que o suspeito estava em um quarto de visitas e permitiu a entrada da equipe. Ao ser preso, Paulo César disse que entregou a arma do crime para o seu irmão, em Santo Antônio do Descoberto.

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A vítima Andressa Martins da Silva de 24 anos, estava grávida de 4 meses e foi morta na casa dos pais. Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma mulher grávida de quatro meses foi morta pelo namorado em Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal. Conforme o 52º Batalhão da Polícia Militar (PM-GO), após o crime, o suspeito fugiu para o distrito de Souzalândia, município de Barro Alto no Vale do São Patrício, onde a mãe do mesmo reside. O suspeito identificado como Paulo César Gonçalves de 38 anos, foi encontrado pela polícia e preso.

A Força Tática da PM-GO de Santo Antônio do Descoberto informou que Andressa Martins da Silva de 24 anos, morreu imediatamente. Na ocasião da prisão, de acordo com a PM-GO, o suspeito confessou o crime e alegou que a namorada deixou a arma engatilhada embaixo do travesseiro. De acordo com ele, quando ele pegou no revólver, a arma disparou e ele atirou nela sem intenção.

Segundo a PM-GO, Paulo disse que, no momento do disparo, percebeu que a mão dele tinha sido atingida, mas não viu que a namorado havia sido baleada. Em seguida, ele teria ficado em choque com a morte de Andressa e colocado a jaqueta dele por cima do corpo dela antes de fugir para a casa da mãe.

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Feminicídio

A PM-GO relatou que Andressa Martins estava na casa dos pais, onde morava, quando foi baleada pelo namorado. Os familiares só perceberam o assassinato no dia seguinte, quando o pai foi chamar ela para almoçar. Ao encontrar a porta fechada, o pai olhou pela janela e viu o chão cheio de sangue e a filha morta. Segundo a polícia, além de feminicídio, o suspeito pode responder por porte ilegal de arma de fogo, já que ele não tinha registro de posse do revólver.

A fuga

A Força Tática relatou que as equipes de inteligência confirmaram o local onde o suspeito se escondia e, ao abordar a mãe do suspeito, ela tentou enganar os militares. No entanto, uma mulher irmã do suspeito revelou que ele estava escondido em uma propriedade rural a cerca de 10 Kms de Souzalândia, e se ofereceu para levar a equipe até o local.

Conforme a PM-GO, ao chegar na propriedade rural, o dono confirmou que o suspeito estava em um quarto de visitas e permitiu a entrada da equipe. Ao ser preso, Paulo César disse que entregou a arma do crime para o seu irmão, em Santo Antônio do Descoberto.

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