operação da polícia contra golpes

PC realiza prisão de agropecuarista investigado por golpes na compra e venda de imóveis que causou mais de R$ 100 milhões de prejuízo

Conforme a PC, Thiago da Matta Fagundes é investigado por lavagem de dinheiro, estelionatos, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e associação criminosa.

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Thiago da Matta Fagundes de 40 anos, é alvo de uma operação da polícia contra golpes na compra e venda de imóveis milionários. Fotos: PC

Um agropecuarista identificado como Thiago da Matta Fagundes de 40 anos, é alvo de uma operação da polícia contra golpes na compra e venda de imóveis milionários. Ele foi preso na terça-feira (29), quando foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Goiânia, Porangatu e Pindamonhangaba (SP). Para a Polícia Civil (PC), ele é suspeito de ser parte de um esquema de lavagem de dinheiro que gerou prejuízo de cerca de R$ 100 milhões para pessoas físicas e bancos.

De acordo com a PC, são cinco denúncias principais contra Thiago. Ele teria usado informações falsas e garantias inválidas para conseguir financiamentos milionários, além de “laranjas” para formalizar contratos, fazer empréstimos, viabilizar a movimentação de dinheiro e fazer a distribuição dos montantes. Assim, conseguia ocultar sua participação direta no esquema, informou a PC.

Picape Ford Ranger apreendida na operação.

A PC apreendeu documentos, dispositivos eletrônicos e registros bancários, além de uma picape Ford Ranger. Para ocultar a origem da camionete, ele apresentou à polícia um contrato de locação. As pessoas que ele usava de “laranjas” – por conta das restrições que tem no próprio nome – também foram alvos de busca e apreensão. Ainda foi localizada uma arma de fogo ilegal em posse do suspeito, o que permitiu a prisão em flagrante. O suspeito é investigado por lavagem de dinheiro, estelionatos, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e associação criminosa.

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A nossa reportagem não conseguiu localizar o advogado que defende o suspeito até a publicação desta matéria.

Denúncia em 2023

A primeira vítima realizou uma denúncia em novembro de 2023, mas o crime aconteceu em 2022. De acordo com  a PC, ela comprou uma fazenda de Thiago, que fica em Porangatu. Esta propriedade servia de garantia para credores, por isso, a vítima adiantou o pagamento de parte do valor para que Thiago pudesse quitar dívidas relacionadas ao imóvel. Além de não quitar as dívidas, ele fez novos empréstimos de R$ 16 milhões com o banco Sicoob, utilizando a fazenda já vendida como garantia. Para a PC, ele cometeu estelionato.

Com isso, a vítima não conseguiu registrar a escritura da fazenda e recorreu ao Poder Judiciário para ter posse da propriedade que comprou. A polícia informou que a vítima estaria impedida de acessar a fazenda porque Thiago mantém pessoas armadas vigiando o local, que teriam a ameaçado.

Mais vítimas

Outra vítima, um proprietário de fazenda no Tocantins, teve o imóvel arrendado e utilizado como garantia para financiamentos que não foram pagos, de acordo com a PC. O prejuízo da vítima é de R$ 2,5 milhões que foram apropriados por Thiago – que usou de laranjas e empresas falsas para isso – e ainda R$ 3 milhões pelo arrendamento não pago. A fazenda é avaliada em cerca de R$ 15 milhões e está em risco de execução.

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Três vítimas perderam milhões em vendas de gado para Thiago. Um produtor rural vendeu mil cabeças de gado por cerca de R$ 5,7 milhões, mas o suspeito pagou com cheques que foram sustados – pagamento invalidado -, enviou o gado para o abate e ficou com todo o dinheiro do abate, informou a PC. Os outros dois perderam R$ 2,3 milhões e R$ 4,2 milhões em vendas de gado para Thiago, também com cheques que foram sustados.

Uma empresa de investimentos é também considerada uma vítima pela PC por ter perdido R$ 10,2 milhões ao aceitar como garantia um imóvel que teve a certidão de matrícula adulterada pelo suspeito. Thiago e a associação criminosa, segundo a PC, falsificaram uma escritura pública de compra e venda da fazenda avaliada em mais de R$100 milhões e a alienou no banco em quase R$50 milhões. Desse dinheiro, conseguiu sacar R$10 milhões.

A operação

A operação foi conduzida pela 4ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia, com o apoio da GPO, da Delegacia Regional de Porangatu e da Polícia Civil do Estado de São Paulo. A PC continua investigando o caso. O nome e foto dele foram divulgados pelas autoridades na tentativa de encontrar novas vítimas.

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Em Goiás, PF investiga fraude de mais de R$ 20 milhões em farmácias

As investigações apontaram para esquema criminoso em estabelecimentos ligados ao programa Farmácia Popular.

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Em Goiás, PF investiga fraude de mais de R$ 20 milhões em farmácias.

A Polícia Federal (PF) cumpriu na sexta-feira (06), dois mandados de busca e apreensão no município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).

A operação tem como alvo um esquema que teria desviado mais de R$ 20 milhões do programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde.

Conforme as investigações, a principal cabeça por trás das fraudes seria uma empresária, que adquiria farmácias e as utilizava como fachada sob nomes de laranjas.

Com os estabelecimentos, a mulher realizava simulações de vendas de medicamentos, gerando créditos que eram pagos pelo próprio Ministério da Saúde.

De acordo com os dados da pasta, mais de 53 farmácias de Luziânia — onde ocorreram as investigações — são cadastradas para receber o benefício do Governo Federal, sendo mais de 1.790 cadastradas em todo o estado de Goiás.

Ao todo, o esquema teria gerado um prejuízo que ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões para o programa Farmácia Popular.

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