Hamilton Ramos será destaque no Congresso Internacional de Cítricos
O pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador de cinco programas estratégicos na área de defensivos agrícolas, terá duas apresentações no Congresso Internacional de Cítricos 2025, que acontece entre 29 e 31 de outubro, na cidade de Güémez, México.
Nos dias 30 e 31, Ramos falará sobre Tecnologia de Aplicação e Uso de Adjuvantes Agrícolas nos citros, respectivamente. O evento é patrocinado, entre outros, pela Jacto, multinacional brasileira de máquinas e soluções agrícolas.
O congresso reúne universidades mexicanas e empresas do setor agroindustrial, abordando desafios técnicos da citricultura, incluindo mudanças climáticas e eficiência no manejo de defensivos.
Experiência de sucesso em citricultura
Um dos destaques das palestras de Ramos será o trabalho desenvolvido em parceria com o Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura ao longo de 20 anos. O estudo permitiu reduzir volumes de calda de agroquímicos de mais de 15 mil litros por hectare para 2 a 4 mil litros, mesmo com aumento da densidade de plantas de 200 para 600 por hectare.
“O método passou a calcular volumes por metro cúbico de copa, e não mais por hectare ou planta. Isso tornou a citricultura economicamente viável, mesmo com aumento das pulverizações e incidência do ‘greening’”, explica Ramos.
Programas estratégicos em defensivos agrícolas
Ramos é diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), em Jundiaí (SP), e coordena cinco programas voltados para o uso seguro e eficiente de defensivos agrícolas:
- Adjuvantes da Pulverização: certifica funcionalidade de produtos agrícolas, com mais de 100 empresas nacionais e internacionais participantes;
- Aplique Bem: promove treinamentos sobre uso correto de defensivos em pequenas, médias e grandes propriedades, beneficiando mais de 75 mil agricultores em 1.000 municípios, com mais de 1 milhão de quilômetros percorridos;
- Drones SP: leva tecnologia de aplicação por drones a propriedades de todos os portes;
- IAC-Quepia de Qualidade de Vestimentas Protetivas: melhora a qualidade de EPIs agrícolas, reduzindo o índice de reprovação de 80% para menos de 20% em dez anos;
- Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos: capacita instrutores para disseminar boas práticas agrícolas no manuseio de defensivos.
Segundo Ramos, todos os programas são financiados com recursos privados e alguns, como o Aplique Bem, já foram implementados em oito países, incluindo África do Sul, Colômbia, Índia e México.
Tecnologia e inovação como pilares do setor
O pesquisador reforça que a união entre pesquisa, treinamento e tecnologia garante mais eficiência, segurança e sustentabilidade na citricultura. “A experiência acumulada nos permite reduzir insumos, aumentar produtividade e proteger tanto o trabalhador quanto o meio ambiente”, afirma.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio










































