Petrobras reavalia funcionamento do Projeto Rota 3 em Itaboraí

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A Petrobras informou que reavalia a data de início de operação do Projeto Integrado Rota 3, previsto para o segundo semestre de 2022. O motivo, segundo a companhia, é a desmobilização do quadro de empregados da empresa SPE Kerui-Método, responsável pelas obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Polo Gaslub, antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

De acordo com a petroleira, as demissões ocorreram nas últimas semanas por decisão unilateral da empresa SPE Kerui-Método e Montagem (KM), uma sociedade de propósito específico (SPE) formada pela chinesa Kerui Petroleum e a empresa brasileira de engenharia Método Potencial.

“Por este motivo, a obra está paralisada, sendo realizadas apenas atividades de preservação dos equipamentos e das instalações. Adicionalmente, a Petrobras reforça que está em dia com todos os seus compromissos com a referida empresa”, contou em nota.

A companhia acrescentou que tentou evitar a paralisação e analisa uma forma de reduzir o impacto para o término das obras. “A Petrobras empenhou todos os esforços para evitar a paralisação e está avaliando ações para minimizar os impactos à conclusão das obras”, assegurou.

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A data para a nova previsão do início do funcionamento do Projeto Integrado Rota 3 ainda será definida. “A nova data estimada para entrada em operação do ativo será divulgada após conclusão das avaliações pertinentes”, finalizou.

O Projeto Integrado Rota 3, destinado ao escoamento da produção de gás natural de campos do pré-sal da Bacia de Santos, inclui o gasoduto Rota 3 e a UPGN do Polo Gastub, como também, outras estruturas para manter a operação. Conforme a Petrobras, o Rota 3 terá capacidade para escoar e processar diariamente 21 milhões de metros cúbicos de gás do pré-sal. A previsão de vazão de escoamento do gasoduto é de aproximadamente 18 milhões de  metros cúbicos (m³) de gás por dia.

O contrato entre a Petrobras e a SPE formada pela chinesa Shandong Kerui Petroleum e pela brasileira Método Potencial para a construção da UPGN, foi assinado no dia 28 de março de 2018, com o valor aproximado de R$ 1,95 bilhão.

Rota 3

Segundo a Petrobras, o projeto Rota 3 foi criado para “ampliar o escoamento de gás natural dos projetos em operação na área do pré-sal da Bacia de Santos com a disponibilização da terceira rota de escoamento”. O planejamento prevê que o gasoduto terá aproximadamente 355 quilômetros (km) de extensão total, sendo 307 km de trecho marítimo, já construído, e 48 km de trecho terrestre.

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Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Economia

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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