PGPAF: Lista de março inclui cinco novos produtos com bônus

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta segunda-feira (10), no Diário Oficial da União, a relação dos produtos contemplados pelo bônus do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) no mês de março. O programa tem como objetivo apoiar produtores rurais cujos preços de comercialização ficaram abaixo do valor de garantia, concedendo descontos nas parcelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Nesta edição, foram incluídos cinco novos produtos na lista: banana (Santa Catarina), feijão (Mato Grosso do Sul), mel de abelha (Sergipe) e raiz de mandioca (Rio de Janeiro). Em contrapartida, deixaram de receber o benefício a raiz de mandioca (Ceará), a banana (Espírito Santo), a batata (Goiás), a castanha de caju (Maranhão e Pernambuco) e a manga (São Paulo).

A portaria que estabelece os valores do bônus mensal é publicada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Para março, o benefício será válido de 10 de março a 9 de abril de 2025. A relação completa, com os preços de garantia e os percentuais de bônus por estado, pode ser consultada na Portaria SAF/MDA Nº 318, de 7 de março de 2025.

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Confira aqui o link da portaria

Fonte: Portal do Agronegócio

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Brasil Avalia Estratégias Comerciais Diante de Discurso Protecionista de Trump

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O recente discurso do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu preocupações sobre o futuro do comércio exterior brasileiro. Com um tom cada vez mais protecionista, Trump reafirmou a intenção de revisar acordos comerciais e impor tarifas mais elevadas a países que, em sua visão, não oferecem condições justas ao mercado americano. Diante desse cenário, especialistas defendem que o Brasil adote uma postura estratégica para minimizar possíveis impactos nas exportações e preservar suas relações comerciais com os Estados Unidos, um de seus principais parceiros econômicos.

Impacto nas exportações brasileiras

Caso as políticas tarifárias dos Estados Unidos sejam endurecidas, setores como agronegócio e siderurgia podem ser os mais afetados, uma vez que dependem significativamente do mercado norte-americano. Dados do Banco Mundial indicam que a tarifa média ponderada aplicada pelo Brasil é de 7,26%, enquanto produtos que entram nos EUA enfrentam uma taxa média de apenas 1,54%. Esse descompasso tarifário pode colocar o Brasil em desvantagem caso Washington adote uma política de reciprocidade, elevando as taxas de importação sobre mercadorias brasileiras.

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Para Thiago Oliveira, CEO da Saygo, empresa especializada em comércio exterior, além dos riscos econômicos, o momento exige uma articulação diplomática cuidadosa. “O governo brasileiro já está em tratativas para evitar que novas tarifas prejudiquem o fluxo comercial bilateral, considerando revisões em acordos e incentivos fiscais para setores mais vulneráveis. O cenário demanda um monitoramento constante das oportunidades de exportação e uma estratégia sólida de internacionalização”, avalia Oliveira.

Diversificação de mercados como alternativa

Diante da instabilidade global, especialistas recomendam que o Brasil busque diversificar seus mercados de exportação. Países da Ásia e da Europa despontam como alternativas viáveis, principalmente para produtos do agronegócio e da siderurgia. “Essa diversificação reduz a dependência do mercado norte-americano e abre novas oportunidades para o Brasil consolidar sua presença no comércio global”, destaca Oliveira.

Outro ponto defendido pelos analistas é a necessidade de revisar políticas comerciais internas, garantindo incentivos para exportadores e fortalecendo parcerias com nações que oferecem condições tarifárias mais vantajosas. “A redução da burocracia e a ampliação de acordos comerciais podem ser diferenciais importantes para manter a competitividade brasileira no mercado externo”, acrescenta o CEO da Saygo.

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Adaptação e resiliência do setor exportador

Além das iniciativas governamentais, as empresas brasileiras precisam se adaptar rapidamente ao novo cenário global. A revisão de contratos internacionais, a busca por novos parceiros comerciais e o fortalecimento das cadeias logísticas para redução de custos operacionais são algumas das estratégias recomendadas. “A resiliência do setor exportador será testada pela capacidade de identificar nichos de mercado menos impactados pelo protecionismo americano e de adotar medidas preventivas para mitigar riscos”, analisa Oliveira.

Mesmo diante dos desafios impostos por mudanças na política comercial dos EUA, especialistas acreditam que o Brasil pode adotar uma abordagem propositiva e inteligente. “O equilíbrio entre uma diplomacia comercial eficiente e ações de apoio ao setor privado pode ser a chave para superar incertezas e garantir a estabilidade das exportações brasileiras”, conclui Oliveira.

Fonte: Portal do Agronegócio

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