Opinião
Por que o Ministro Favaro é tóxico para a Recuperação Judicial?
A situação se torna ainda mais irônica ao lembrarmos que Fávaro já foi beneficiado por decisões judiciais quando assumiu temporariamente uma vaga no Senado após a cassação da ex-juíza Selma Arruda. Se ele próprio se beneficiou do sistema judiciário para assumir uma posição de destaque, por que agora ele questiona um instituto tão fundamental quanto a Recuperação Judicial?
Em uma ação que beira à perplexidade, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, parece estar determinado a minar a Recuperação Judicial, um instituto jurídico essencial, particularmente para os produtores rurais em tempos de crise. Tal atitude é ainda mais absurda considerando que Fávaro, além de ocupar o cargo de Ministro, é ele próprio um produtor rural. Essa contradição flagrante levanta a questão: por que um produtor rural iria se opor a uma ferramenta jurídica que poderia beneficiá-lo diretamente em momentos de dificuldade?
A situação se torna ainda mais irônica ao lembrarmos que Fávaro já foi beneficiado por decisões judiciais quando assumiu temporariamente uma vaga no Senado após a cassação da ex-juíza Selma Arruda. Se ele próprio se beneficiou do sistema judiciário para assumir uma posição de destaque, por que agora ele questiona um instituto tão fundamental quanto a Recuperação Judicial?
A intervenção do Ministro Fávaro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para questionar a Recuperação Judicial é não apenas surpreendente, mas também preocupante. Sua ação demonstra uma falta de confiança no Poder Judiciário e uma tentativa de minar uma legislação que já foi regulamentada e consolidada pelo próprio sistema jurídico.
Fávaro parece ter esquecido completamente de sua função pública como Ministro da Agricultura, cuja missão é promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, e se aventura em terrenos que claramente ultrapassam sua competência.
Além de questionável, a postura do Ministro Fávaro parece estar em desacordo com a função pública que ele ocupa no Ministério da Agricultura. Afinal, a missão do Ministério é promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, enquanto sua visão é ser reconhecido pela excelência na formulação e implementação de políticas públicas. No entanto, ao se aventurar em questões jurídicas que fogem de sua alçada e desconsiderar os pareceres do Judiciário, Fávaro parece ter se esquecido dessas premissas básicas.
Seu comportamento levanta dúvidas sobre seu compromisso com os valores de integridade, ética e transparência que deveriam nortear sua atuação como Ministro. Em vez de buscar contornar um instituto legal já consolidado, ele deveria se ater ao cumprimento de sua função pública e trabalhar para promover políticas que verdadeiramente beneficiem o setor agrícola e o país como um todo. Seu comportamento é tóxico para a recuperação judicial e para os produtores rurais.
O setor, senhor Ministro, aguarda medidas concretas para salvar a agricultura e não tentativas descabidas de barrar produtores que buscam a recuperação judicial. Não sei a quem este tipo de postura serve, mas com certeza não é aos milhares de homens e mulheres que, de sol a sol, produzem a riqueza deste país.
Marco Aurélio Mestre Medeiros é advogado especializado em recuperação judicial
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ARTIGO
Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.
E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.
Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.
Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.
A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.
Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão
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