Preços da Cesta Básica Sobem em Dezembro em Diversas Capitais; Rio de Janeiro Mantém Maior Custo

Em dezembro de 2024, o Rio de Janeiro manteve a liderança como a capital com a cesta básica mais cara do país, seguida por São Paulo e Fortaleza. A pesquisa da plataforma Cesta de Consumo Neogrid & FGV IBRE, que acompanha o preço mensal de 18 itens alimentícios, apontou que o preço médio da cesta básica aumentou em cinco das oito capitais analisadas. Brasília e Manaus foram as cidades que registraram os maiores aumentos, com variações de 6,5% e 4,9%, respectivamente. Por outro lado, Salvador e Fortaleza apresentaram as maiores quedas, com variações negativas de –3,7% e –1,3%, respectivamente.
A cesta básica mais cara foi observada no Rio de Janeiro, com um custo médio de R$ 1.033,34, seguida por São Paulo, com R$ 984,07, e Fortaleza, com R$ 841,14. As capitais com menor custo foram Belo Horizonte (R$ 686,43), Curitiba (R$ 738,23) e Manaus (R$ 816,77).
Entre os itens que mais contribuíram para o aumento dos preços, destacaram-se a margarina e o óleo de soja, cujos custos subiram em todas as capitais pesquisadas. Anna Carolina Veiga Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid, explicou que o aumento desses produtos é impulsionado pela demanda interna, especialmente pela indústria alimentícia, que compete pela matéria-prima com os biocombustíveis. Além disso, os efeitos climáticos têm prejudicado a safra nacional de soja, reduzindo a oferta de óleo no mercado e elevando os preços.
Além desses fatores, o aumento nos preços dos combustíveis, que impacta o custo do frete, a desvalorização cambial, que torna as exportações mais competitivas, a queda da taxa de desemprego, que aumenta a demanda por bens e serviços, e a sazonalidade das festas de fim de ano, também influenciaram o cenário de alta da cesta básica.
Queda em Alguns Produtos
Em contrapartida, alguns produtos registraram queda nos preços. Legumes e leite UHT destacaram-se entre os itens com redução de preços em várias capitais. A variação acumulada nos últimos seis meses indicou um aumento nos preços da cesta básica em todas as oito capitais, com o Rio de Janeiro registrando a maior alta, de 13,3%.
Cesta Ampliada: Aumento Geral
Quando se considerou a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza além dos alimentos, houve aumento no preço médio em sete das oito capitais analisadas, com variações entre 0,6% e 10,7%. O Rio de Janeiro e São Paulo mantiveram os preços mais elevados da cesta ampliada, com custos de R$ 2.328,85 e R$ 2.258,32, respectivamente. Curitiba e Manaus apresentaram os preços mais baixos, com R$ 1.809,07 e R$ 1.853,95, respectivamente.
Dentro da cesta ampliada, itens como creme dental e chocolate apresentaram aumentos de preço médio em todas as capitais analisadas, enquanto produtos como azeite de oliva, iogurte, leite condensado, verduras e linguiça destacaram-se pela queda nos preços em diversas capitais.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado do boi gordo mantém tendência de alta com demanda aquecida

O mercado físico do boi gordo apresentou firmeza nos preços ao longo da última semana, refletindo o bom desempenho do escoamento da carne no atacado. Estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia registraram encurtamento das escalas de abate, o que favoreceu a valorização da arroba. A demanda consistente, tanto no mercado interno quanto no externo, tem sido o principal fator de sustentação dos preços.
As exportações seguem aquecidas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne bovina. O fluxo positivo dos embarques mantém o setor em uma posição estratégica, especialmente diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem gerar novas oportunidades para a carne brasileira. O cenário internacional reforça a competitividade do produto nacional, impulsionando a valorização da arroba no mercado interno.
No dia 13 de março, as cotações da arroba do boi gordo refletiram essa tendência de valorização. Em São Paulo, o valor manteve-se estável em R$ 310,00. Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, houve alta de 1,72%, com a arroba negociada a R$ 295,00. Em Minas Gerais, o mercado registrou queda de 3,91%, fixando o preço em R$ 295,00. Mato Grosso permaneceu com preços inalterados em R$ 300,00, enquanto em Rondônia a arroba seguiu estável em R$ 265,00.
No mercado atacadista, a elevação nos preços reflete o desempenho positivo do consumo na primeira quinzena de março. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, apresentando alta de 2,04% na comparação semanal. O quarto dianteiro registrou valorização de 2,72%, sendo negociado a R$ 18,50 o quilo. No entanto, a expectativa para a segunda quinzena do mês é de uma possível desaceleração no consumo, em razão da menor circulação de renda entre os consumidores.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mantêm um ritmo expressivo de crescimento. Em março, nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques totalizaram US$ 295,515 milhões, com uma média diária de US$ 98,405 milhões. O volume exportado atingiu 60,545 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876,00 por tonelada. Na comparação com março do ano anterior, o valor médio diário das exportações cresceu 161,3%, enquanto a quantidade exportada avançou 142,7%.
A manutenção desse cenário dependerá de fatores como a continuidade da demanda externa aquecida e o comportamento do consumo doméstico. Além disso, desafios logísticos e tributários seguem impactando a cadeia produtiva, tornando essencial o planejamento estratégico do setor para garantir a competitividade do produto brasileiro no mercado global.
Fonte: Pensar Agro
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