Opinião

Pressa consciente

A humildade é a chave que permite ultrapassar certos limites e de juntar experiências cada vez mais tocantes nas emoções e na razão para que não se caia nas armadilhas da existência. A vida é uma grande escola e as preciosas lições vem muitas vezes disfarçadas e, nem sempre ganhar no mundo material significa a vitória na provação espiritual.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

A pressa pode ser inimiga da perfeição. Mas, por outro lado, não se pode esquecer de que a mesma também é contrária a zona de conforto, ao comodismo e a inação. Ter vontade de terminar a tarefa ou acelerar o processo de aprendizagem representa disciplina com suas próprias virtudes e espírito de luta para ser cada dia melhor. A pessoa que não se conforma com os seus defeitos reflete nos outros e no mundo sua melhor versão. É estar de bem consigo mesmo, pois está em constante transformação para uma condição superior. Todavia, a humildade deve ser qualidade intrínseca, pois nada pior do que pessoas vaidosas destituídas de autoavaliação crítica e de sensibilidade ao próximo.

A humildade é a chave que permite ultrapassar certos limites e de juntar experiências cada vez mais tocantes nas emoções e na razão para que não se caia nas armadilhas da existência. A vida é uma grande escola e as preciosas lições vem muitas vezes disfarçadas e, nem sempre ganhar no mundo material significa a vitória na provação espiritual. Não raro, quem sabe perder com dignidade representa o sucesso em provações complexas, aonde nem sempre as informações são claras ou completas. Mais do que a racionalidade aguda que separa, o amor tocante que junta e conforta. O amor cósmico que ultrapassa o ego ou as barreiras pessoais para adentrar em um mar de conquistas e possibilidades. Não seria a imensidão do universo testemunha de que o mundo tem pressa e aqueles que sabem o porquê vieram, conhece seus esforços, destinos e mestres também se apressam para se juntar à luz de Cristo?

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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ARTIGO

Independência ou morte

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Carlos Nina é advogado e jornalista

São decorridos, neste setembro de 2024, 202 anos do “brado retumbante” ao qual se referiu Joaquim Osório Duque-Estrada nos versos que se consolidaram como o Hino Nacional e que estão na primeira estrofe: Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante / E o Sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Mas a imagem que nos vem à mente é a tela do pintor paraibano de Areia, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, produziu Independência ou Morte!, tela  que deveria corresponder ao grito do príncipe Pedro, às margens do Ipiranga.

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Pintura à parte, o que representou aquele rompimento de Pedro, que viria a ser o primeiro Imperador do Brasil?

É relevante para essa reflexão que se saiba que o príncipe fora instado a deixar o Brasil e ir para Portugal. Foi convencido a ficar por D. Leopoldina, então esposa de Pedro, que “via a conjuntura política com clarividência maior.” (CALÓGERAS, 1966, p. 89). Afinal, assinala o historiador, como pensamento íntimo de Pedro: “Com ele ou sem ele, o país se tornaria independente por qualquer forma”.

Daí a história do Fico, ocorrido dia 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe-regente, contrariando as ordens de Portugal, teria declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico.”

Essa história de bem de todos e felicidade geral da Nação, portanto, é antiga. E as constituições brasileiras a repetiriam em seus preâmbulos. A primeira, de 1824, não se refere explicitamente à motivação expressa na célebre declaração de Pedro, mas, ao dissolver a Assembleia Constituinte, o já Imperador, em Manifesto de 16 de novembro de 1823, anuncia o quanto está “empenhado em promover a felicidade e a tranquilidade nacional” e almeja “paz, tranquilidade e prosperidade que a Constituição afiança e assegura.”

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Sete Constituições depois (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967/1969), a de 1988 proclama a intenção dos Constituintes: “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus.”

É o que temos?

Carlos Nina é advogado e jornalista

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