Queda nos preços da carne bovina é impulsionada pelo aumento na oferta de fêmeas no início do ano

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O mercado físico do boi gordo registrou uma queda generalizada nos preços da arroba ao longo da última semana, com variações dependendo da região do país. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o aumento na oferta de fêmeas entre janeiro e fevereiro foi o principal fator que exerceu pressão baixista sobre os preços. As indústrias, por sua vez, conseguiram posicionar suas escalas de abate de forma confortável, e a expectativa é que os preços da carne bovina possam atingir patamares ainda mais baixos no curto prazo.

“Com o aumento da oferta de fêmeas, a pressão sobre os preços se intensificou. As indústrias estão bem posicionadas em suas escalas de abate, e esperamos que os preços da arroba do boi gordo sejam testados em níveis mais baixos em breve”, afirmou Iglesias.

Embora o mercado doméstico mostre sinais de enfraquecimento, especialmente na segunda quinzena do mês, as exportações seguem em bom nível e representam uma importante variável de suporte. Iglesias destaca que, apesar da queda nas cotações no mercado interno, algumas carnes de maior valor agregado, como a alcatra, contrafilé e picanha, já apresentam sinais de retração.

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Preços da arroba nas principais praças do Brasil

No dia 14 de fevereiro, os preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização apresentavam as seguintes variações:

  • São Paulo (Capital): R$ 315,00, uma queda de 4,45% em relação aos R$ 330,00 registrados na semana anterior.
  • Goiás (Goiânia): R$ 300,00, com queda de 1,64% frente aos R$ 305,00 da semana passada.
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 305,00, retração de 3,17% em comparação aos R$ 315,00 da semana anterior.
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 310,00, queda de 1,59% frente aos R$ 315,00 registrados na última semana.
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 320,00, redução de 1,54% frente aos R$ 325,00 da semana passada.
  • Rondônia (Vilhena): R$ 280,00, desvalorização de 0,71% em relação aos R$ 282,00 registrados na semana anterior.
Análise do mercado atacadista

No atacado, o ambiente de negócios também indica uma tendência de queda das cotações no curto prazo. Segundo Iglesias, o enfraquecimento da demanda, principalmente na segunda quinzena de fevereiro, reflete diretamente nas variações de preço, com maior acentuação nas carnes de maior valor agregado. Cortes como picanha, alcatra e contrafilé sofreram maiores quedas de preços, uma vez que os consumidores estão optando por proteínas mais acessíveis no início do ano.

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No dia 14 de fevereiro, os preços no atacado eram os seguintes:

  • Quarto dianteiro do boi: R$ 17,00 o quilo, com queda de 4,49% em relação aos R$ 17,80 registrados na semana anterior.
  • Quarto traseiro do boi: R$ 25,00 o quilo, com alta de 2,04% em relação aos R$ 24,50 do fechamento da semana passada.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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