Regulamentação do mercado de carbono pode gerar novas receitas para o agronegócio

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Empresários e executivos de diversos setores estão mobilizados para apoiar o projeto de lei nº 182/2024, que visa criar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que tramita no Senado.

O agronegócio brasileiro é um dos pilares fundamentais da economia nacional. Em 2023, a atividade agropecuária cresceu 15,1%, registrando um recorde e impulsionando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, o setor enfrenta o desafio de se tornar um parceiro estratégico na construção de um futuro sustentável. Ao mesmo tempo, precisa aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento populacional, o que exige esforços para mitigar os impactos ambientais.

O sistema SBCE permitirá que o Brasil entre no mercado de créditos de carbono, criando novas oportunidades, especialmente para o agronegócio, um setor que tem potencial para se beneficiar com práticas sustentáveis.

Fábio Barbosa, CEO da Natura e um dos líderes do movimento, destaca que a aprovação do projeto é importante para o Brasil assumir um papel de liderança nas discussões climáticas globais, como na próxima COP 29, que acontecerá em novembro, no Azerbaijão.

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Para ele, o país tem uma oportunidade única de atrair investidores interessados em créditos de carbono, que estão em busca de projetos de reflorestamento e regeneração de áreas, atividades já comuns no agro brasileiro.

Pedro de Camargo Neto, pecuarista e membro do conselho da BRF, reforça que o Brasil tem grande capacidade de sequestro de carbono, e que os recursos para financiar essas atividades já estão disponíveis, mas falta a regulamentação para que o país possa se beneficiar plenamente. Segundo ele, o agronegócio pode liderar esse movimento com projetos que capturam carbono e geram receita para o setor.

Imagem: assessoria

Para Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA), o projeto de lei nº 182/2024 traz uma enorme oportunidade para o setor. “Ao regulamentar o mercado de créditos de carbono, estamos abrindo caminho para que o setor, que já é referência em produtividade, também se torne uma liderança global em práticas sustentáveis”.

“O agro tem um papel fundamental no sequestro de carbono, especialmente por meio de iniciativas de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Com essa regulamentação, poderemos transformar essas práticas em receitas adicionais para os produtores, ao mesmo tempo em que colaboramos com a preservação do meio ambiente”, salienta Isan.

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“A expectativa é que, com a aprovação desse projeto, o Brasil não apenas atraia mais investidores internacionais interessados nos créditos de carbono, mas também mostre ao mundo que o nosso agronegócio pode ser um dos mais sustentáveis do planeta. Estar preparado para a COP 29 e a futura COP 30, que será sediada no Brasil, significa que estaremos na vanguarda das discussões globais sobre o clima, oferecendo soluções que unem desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, continua o presidente do IA.

“Com a aprovação do projeto, reforçamos o compromisso com as práticas ambientais sustentáveis que já são amplamente praticadas pelos nossos produtores e precisam ser demonstradas ao mundo”, completou Rezende

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Abiove mantém de produção de 15 milhões de toneladas e receita de R$ 302,96 em 2024 milhões

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A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou sua atualização mensal sobre o complexo brasileiro da soja, trazendo novas informações sobre a produção, processamento e comércio exterior do grão. A previsão para o fechamento do ciclo de 2023/2024 mantém-se estável, com a expectativa de produção de soja em grão em 153 milhões de toneladas e um esmagamento de 54,5 milhões de toneladas.

Embora a estimativa de produção de soja tenha sofrido uma leve redução de 200 mil toneladas em relação à previsão anterior, isso se deve à reavaliação da produtividade com base nos dados fornecidos pelas associadas da Abiove.

No que diz respeito ao comércio exterior, as exportações de soja em grão foram mantidas em 97,8 milhões de toneladas, enquanto a exportação de farelo foi ajustada para 22 milhões de toneladas, um aumento de 200 mil toneladas em relação ao levantamento anterior. A receita estimada com as exportações do complexo soja para 2024 é de US$ 52,1 bilhões.

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A Abiove também revisou a estimativa de importação da soja em grão, que passou de 800 mil toneladas para 930 mil toneladas. Essa alteração reflete a necessidade de atender a uma maior demanda para esmagamento e exportações.

A projeção de receitas com exportações dos produtos do complexo soja foi ajustada para cerca de R$ 300 bilhões em 2024, refletindo um cenário de leve crescimento no comércio internacional. Essa evolução é crucial para os produtores, que enfrentam desafios relacionados a clima e mercado, mas ainda vislumbram oportunidades de crescimento e valorização de seus produtos.

Com a soja desempenhando um papel vital na economia brasileira, o setor continua a se adaptar às demandas do mercado, buscando otimizar a produção e garantir a competitividade no comércio global. A manutenção das expectativas de produção e o ajuste nas exportações são indicadores positivos para o futuro do complexo da soja no Brasil, que se consolida como um dos principais players no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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